Há vida inteligente além dos 140 caracteres

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Durante os anos de faculdade, só o que se ouvia falar ao escrever textos para a internet era: “o texto tem que ser curto. Se estiver grande ninguém lê”. Em todos os cursos, seminários e workshops que participei sobre conteúdo web são rígidos em dizer o mesmo. E essa frase me acompanha até hoje.

Porém, ultimamente, na condição de usuária, tenho me importado um tanto com essa máxima de o texto ser curto e direto. Não! Eu quero mesmo mais informações. Quero saber sobre o que diz a lei em tal caso, quero saber como foi certo assunto historicamente. Não me importo em clicar num botão com “mais informação sobre o caso”.

Cada vez mais leio matérias em portais de notícias superficiais que, quando vejo uma reportagem completa, fico fascinada. Tenho vontade de ler mais, depois conhecer mais sobre o assunto, ver vídeos na internet, conversar com alguém sobre isso…

Claro, tudo dentro do meu interesse. “O usuário só vai ler seu texto se ele se interessar desde o início”. Oras, até na mesa do bar eu só converso sobre qualquer coisa se o assunto for significante. Assim como o texto. Só vejo se quiser saber mais.

leadPor isso, é muito difícil fazer um texto bom. Já ouviu falar em pirâmide invertida? Essa técnica é usada por alguns profissionais de redação e serve para trazer a parte mais “importante” logo no início. É o conhecido lead, com as cinco perguntinhas básicas: o que, quem, quando, onde e por quê. Assim, se o leitor quiser parar de ler ainda no primeiro parágrafo, ele já tem uma informação básica sobre o fato. Nos demais parágrafos, o usuário pode se aprofundar no tema, saber detalhes.

É claro que em uma notícia, o fato noticioso é o mais importante. Mas nas demais reportagens, textos, entrevistas, posts e afins, todas as informações podem ser as mais relevantes. Entende? O finzinho do texto nem sempre precisa ser aquela parte que ninguém lê. Sempre pode ter informação relevante.

conteúdoNota (quase) mental: para mim, esse é o modelo ideal de pirâmide invertida. Mas deixou de ser pirâmide. O que prova que tudo tem que ser atualizado.

[Webinsider]

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Avatar de Heloisa Caixêta

Heloísa Caixêta é jornalista e produtora de conteúdo web na Talk Estratégias Digitais.

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9 respostas

  1. Além de ter essas diversidades para criar o interesse dos internautas para clicar e ler a postagem em seu site há também que considerar as imagens que falam mais que palavras. As imagens desperta o interessa a se clicar em um site, geralmente utilizando as imagens no twitter reduz muito os caracteres para posta um frase criativa e incentivadora, por essa razão criar uma imagem persuasiva pode chamar a atenção ao site.

  2. Parabéns pelo artigo!

    Realmente não importa o tamanho do texto, mas sim a maestria da forma como ele é escrito.

    Se tiver qualidade e relevância, não importa se tem 10 ou 10 mil linhas!

    Prosperidade!

  3. Sou aluno do último ano de jornalismo. Faço uma disciplina chamada oficina de web e realmente prevalece a ideia de um mundo em 140 caracteres. Sinto-me incomodado com isso, pois sempre tenho mais conteúdo a oferecer ao meu leitor. Considero que o engessamento técnico é uma tendência que empobrece o texto jornalístico, que já é limitado em outras mídias. Diante disso, gostaria de compartilhar minha insatisfação com esse mundo de brevidade da web.

  4. Não adianta, por mais que tentemos mudar, todo texto ainda esta preso a trinca: introdução, desenvolvimento e conclusão. Sem este formato fica difícil compreender o significado do texto escrito. Por isso que o tweeter vem aos poucos perdendo seu glamour inicial, e seus usuários estão cada vez mais usando imagens pois estas ainda valem mais que mil palavras e o tweet apenas 140 caracteres.

  5. Os hyperlinks servem pra isso. Mas não muitos os textos que linkam informações através deles. Mesmo no seu texto não tem um único hyperlink com referências, opiniões semelhantes, etc. que ajudem a sustentar ou fortalecer o seu ponto de vista. 😛

    1. Marcel, realmente estes recursos são pouco utilizados. Mas acho interessante em alguns casos. Como jornalista que sou, aprendi a não usar, uma vez que o texto deve ser seu e não deve fazer referências. Como conteudista, acho que devemos usar sempre. Tema para mais um texto! 🙂

  6. Concordo contigo moça. Ao que vejo, muita gente não domina as ferramentas da web, que permitem essa divisão que você propõe. Ou, por vezes, no caso dos profissionais, as linhas editoriais dos portais acabam por impor o básico: textos curtos e direto. Na cabeça da maioria, essa é a única fórmula para quem quer ser lido.

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