Ao encontrar um amigo, qual é a primeira reação? Você o cumprimenta e pergunta como vai a vida ou simplesmente oferece o produto de sua empresa?

Parece óbvio, mas muitas empresas ainda não entenderam a “moral” das redes sociais e como devem interagir com seus “amigos”, quer dizer, com seus clientes.

Apesar de abertas para empresas, as redes sociais devem ser vistas como um encontro entre amigos ou conhecidos. Como um happy hour, onde você vai conversar, curtir, compartilhar ideias e, quem sabe até, fazer um network.

Pense como o usuário

Dos 74 milhões de internautas que o Brasil possui, aproximadamente 37 milhões estão nas redes sociais. Estar disponível para esse grande número de “clientes potencias” é importante para qualquer empresa, pois além de fixar e melhorar o engajamento de sua marca, pode trazer oportunidades de novas vendas. Acredita-se, segundo pesquisas recentes, que os usuários compram mais em lojas que conhecem nas redes sociais e grande maioria só curte uma marca após a indicação de um amigo.

O problema é a falta de sutileza: as empresas nem sempre entendem que as pessoas estão ali para reencontrar e conhecer amigos, curtir momentos interessantes e compartilhar experiências e não apenas para comprar e receber propaganda.

Usuários são pessoas (gostam de ser tratados com atenção)

Muitas vezes os números e jargões da internet acabam tirando o foco da realidade. Sim, o Brasil tem 37 milhões de internautas ativos nas redes sociais e é possível rentabilizar o seu negócio online – mas não podemos esquecer um dos principais fatores: usuários são pessoas, e pessoas gostam de se sentir importantes e bem tratadas.

O problema não está no produto, mas no que você faz para vendê-lo.

Infelizmente é muito comum ver empresas optando por uma linha de conteúdo formal nas redes sociais e focar apenas na divulgação de seus produtos, como se todos estivessem ali esperando para comprá-los.

A grande maioria dos usuários acaba “ignorando” a empresa, que ao invés de produzir conteúdo interessante pensa que esse tipo de interação vai fazer milagre. E assim acaba prejudicando ainda mais o engajamento e fixação da marca.

O engajamento e fidelização da marca será apenas questão de tempo e mais um motivo para comemorar quando as empresas entenderem que por trás de cada curtida existe uma pessoa e não apenas um cliente, que é preciso ser educado e tratar cada usuário como se fosse um amigo, produzir conteúdo interessante e não apenas tentar vender o seu produto. [Webinsider]

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Leonardo Machado

Leonardo Machado é estrategista de marketing digital e redator do blog Marketing Review.