Há muito se fala do uso dos telefones celulares como ferramenta e meio de pagamento em substituição ao papel moeda e até mesmo aos cartões de débito e crédito ao tempo que se percebe o crescente aumento da demanda pelos smartphones e tablets de última geração que, em 2012, deve ser da ordem de 80%.

Um exemplo é o produto Google Wallet que permite armazenar créditos em uma carteira virtual e usá-la via algum dispositivo NFC. Aqui no Brasil a única operadora de celular que investiu pesado foi a Oi ao lança o seu produto de nome Oi Paggo.

Mas porque esta modalidade de pagamento ainda não pegou de vez? Falta maturidade ao nosso mercado? Talvez seja pela falta de um padrão que ainda não foi adotado. E neste caso estamos falando das tecnologias NFC (Near Field Communication) e a que é mais conhecida, a Bluetooth, que já está na sua versão 4.0.

Enquanto o Bluetooth já vem embarcado nos telefones, o NFC está presente nos cartões de transporte público. Tecnicamente as duas tecnologias de baixo consumo de energia são baseadas em comunicação sem fio via rádio (RFID) para pequenas distâncias e são compatíveis entre si. No caso da NFC as distâncias são medidas em centímetros; ao passo que o Bluetooth passou de 9 metros da versão 3.0 para 61 metros de limite na versão 4.0.

Mas o que realmente ainda aparenta ser o principal entrave mercadológico é a competição entre operadoras de telefonia celular e o mercado financeiro dos bancos. Pois caso o mobile payment deixe de ser trend e passe a ser uma prática cotidiana, os grandes bancos poderão perder e muito. Trata-se de um mercado de bilhões de reais que pode sair de uma mão e passar para outra. A não ser que os players do mercado entrem em comum acordo e dividam o bolo entre si. Briga de cachorro grande. [Webinsider]

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Leonardo Cardoso de Moraes

Leonardo Cardoso de Moraes (leonardo@cardosodemoraes.com.br) é diretor comercial da TI Safe e perito forense.