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O recente caso envolvendo a exposição de fotos da atriz Carolina Dieckmann é mais um exemplo de o quanto muitas pessoas são levadas por opiniões alheias – entrando numa onda e revelando, querendo ou não, o seu lado mais hostil, o seu troll interior nas redes sociais online.

Em seu livro “Gadget: você não é um aplicativo”, Jaron Lanier diz:

“‘Troll’ é um termo usado para designar uma pessoa anônima que é abusiva em um ambiente online.

Seria bom acreditar que a população de trolls vivendo entre nós é ínfima. Mas, na verdade, muitas pessoas são atraídas para discussões desagradáveis online.

Todas as pessoas que já sentiram essa atração foram apresentadas a seu troll interior.”

De certa forma, eu e você ficamos aliviados quando vemos alguém sendo agredido ou humilhado, porque uma vez que é essa pessoa, não sou eu, não é você – estamos protegidos por enquanto. O que não significa que eu, que você, não sejamos cúmplices na humilhação.

A atriz poderia ter se precavido mais, protegido mais seus dados, suas fotos íntimas? Sim. Mas quantos de nós não estamos suscetíveis a situações semelhantes? Quantos de nós temos algo não necessariamente criminoso ou vergonhoso, mas nem por isso queremos escancarar para o mundo inteiro ver?

Empatia é colocar-se no lugar do outro, e mesmo você sendo, em algum momento ou situação, tão suscetível quanto Dieckmann, talvez preferiu atacá-la e zombá-la, inchando a horda de trolls, em vez de solidarizar-se com ela.

Às vezes a impressão que me dá é que existem verdadeiras gangues digitais: umas agem violando dados e informações particulares; outras se unem às primeiras para engrossar o coro e, de certa forma, corroborar os atos criminosos.

Fotos da atriz com dizeres ofensivos foram replicadas. Ou você ainda está achando que não, que é pura inocência replicar uma imagem deste tipo? Falta policiamento e bom senso? Também. Mas muito se faltou no berço, na construção do caráter.

Veja outro trecho de Lanier:

“Se o troll for anônimo e o alvo for conhecido, a dinâmica é ainda pior do que um encontro entre pseudopessoas fragmentárias anônimas.

É nessas situações que a inteligência coletiva [inteligência?] se volta contra a pessoalidade [no caso, a atriz].”

Infelizmente, o trolling nada mais é do que as mais diversas formas de intolerância transferidas para o ambiente online; “não é uma série de incidentes isolados, mas o status quo no mundo online”.

Da próxima vez que você vir uma rede de intrigas e de bullings online, verifique se vale a pena entrar na onda, pense nas suas relações pessoas e profissionais e no quanto podem ser prejudicadas por algo gratuito.

Afinal de contas, você não é uma pessoa diferente no on e no offline – ou pelo menos não deveria ser; o seu eu agressor na internet é o seu mesmo eu que vai comprar pão na padaria. Ou não? Pense bem. [Webinsider]

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Newton Alexandria (new@drconteudo.com.br) é especialista em Webwriting e Marketing de Conteúdo. Diretor da Dr. Conteúdo. Gosta de gente, de motos e de uma boa MPB.

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