São dias de caos esses nossos. Em parte vivemos uma utopia no qual a informação virtualmente não tem mais dono, ela é de todos. Paradoxalmente existem momentos em que parecemos nos afogar em excesso de informação.
A profecia de Alvin Tofler no livro Choque do Futuro (de 1970), que dizia que sofreríamos de stress e desorientação na medida em que a sociedade passasse por mudanças cada vez mais aceleradas, dá o tom do presente.
Manter-se lúcido depende da sua capacidade de filtrar informações relevantes em um oceano de conteúdo.
Podemos passar horas discutindo como “o que é relevante para você pode não ser relevante para mim”, mas podemos concordar: um dos fatores que tornam a informação relevante (para mim ou para você) é a capacidade dessa informação nos inspirar admiração, fazer-nos exclamar “uau!”; relevante, então, seria a mensagem que dispara nas nossas sinapses aquele gatilho provocador de uma sensação incerta entre o respeito reverencial, o medo e o maravilhamento.
E esse filtro pode estar nos tornando seres humanos melhores, em parte.
A tese é defendida em um estudo conduzido pela pesquisadora Melanie Rudd, da Universidade de Stanford. Segundo Melanie, ao nos surpreendermos positivamente diante de fatos ou de uma informação de qualquer natureza – um evento, uma notícia, uma nova tecnologia ou uma campanha inspiradora – essa reação “expande a percepção de tempo, aprimora o sentimento de bem-estar e, em última instância, faz com que as pessoas se comportem de maneira mais altruísta, menos materialista”.
O efeito é mais positivo quando estamos fisicamente presentes durante um evento fantástico (imagine ser testemunha ocular da queda do Muro de Berlim, por exemplo), mas reviver o evento – mesmo que pelos olhos de outras testemunhas – pode nos fazer melhores, se essa experiência se encaixar em alguns parâmetros subjetivos (que variam de pessoa para pessoa):
- Escala perceptível. É necessário que você perceba a escala do evento em termos numéricos – quantas pessoas ele atinge -, seu escopo, complexidade e impacto social.
- Ele deve fazer você sentir que precisa atualizar sua estrutura mental / o seu modo de pensar / seu entendimento do mundo.
O que acaba se tornando um desafio interessante para profissionais de comunicação – especialmente os criativos – já que produzir campanhas inspiradoras, causadoras de reflexão, comprovadamente podem contribuir para o bem-estar humano.
Para a Talk, isso é tão importante que está explícito na nossa missão: provocar experiências memoráveis nos clientes dos nossos clientes.
Leia o estudo completo aqui; depois, aproveite o embalo e reflita sobre o vídeo abaixo, no qual o astrônomo Neil deGrasse Tyson fala das nossas conexões com a humanidade, nosso planeta e o Universo.
[Webinsider]
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