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O Facebook está mudando o jeito da gente se comunicar e se relacionar, tanto da pessoa física quanto jurídica. A consultoria americana KPCB revelou dados instigantes em uma pesquisa, como o fato de que 50% do acesso ao Facebook acontecer via celular.

Em 2010, a revista Exame fez uma extensa reportagem com Mark Zuckerberg sobre o futuro do Facebook. Levei o artigo para sala de aula e trabalhei com meus alunos de pós-graduação em marketing digital. Por mais que projetássemos diferentes cenários para a rede social, era difícil compreender como aquelas metas traçadas e buscadas por Zuckerberg e sua equipe iriam se realizar.

Sintetizando o artigo da revista, o fundador da rede social mais famosa e povoada do mundo trançava o futuro de sua rede com o futuro da internet, ao propor que cada pessoa que estivesse navegando na rede estaria dentro do Facebook, mesmo sem perceber. Segundo ele, não existiria mais a necessidade de entrar, de logar no Facebook para estar na rede. Ao consumir filmes, conversar com as pessoas, fazer trabalhos escolares, enviar arquivos por e-mail ou o que quer que fosse, as pessoas estariam dentro do Facebook.

Na época da publicação da Exame, não duvidei que isso poderia acontecer, mas juro que avaliei como sendo um certo sensacionalismo ou narcisismo do fundador do Face. Achei que ele poderia ter sido picado por uma ânsia de onipresença e onisciência desmensurada, demonstrando uma forte tendência ao totalitarismo, ao monopólio dos meios e promovendo o controle de tudo e de todos através de sua rede.

Confesso que uma boa parte do projetado por Zuckerberg aconteceu e tenho alguns exemplos próprios que reforçam esse caminho. A turma de colégio do meu filho coloca a matéria de aula no Facebook. Não é uma sociedade bem organizada, porque eles nunca sabem quem irá publicar, mas sabem que, antes da prova, toda a matéria estará no perfil de um deles, para os demais poderem estudar. A internet permite isso: uma forma de “organização anárquica” que funciona.

O Facebook também apresenta outra experiência de caso, em que “faz o trabalho pela gente” – e esse é um dos grandes diferenciais dos serviços que desejam crescer e prosperar na internet: entregar facilidades.

Assim como o celular “decora” todos os telefones que precisamos em sua agenda, fazendo com que não saibamos mais a maioria dos números importantes a nós, o Facebook decora os aniversários de nossos amigos, clientes e parentes. Todos os dias estamos a um clique de não esquecer alguém, graças à integração dos perfis.

Por último, tem chamado minha atenção o crescimento do Facebook como chat. Há um ano, meu hábito ao chegar a Qualé Digital – depois dos “bom dia” e amenidades habituais da manhã – era checar os e-mails e logar no MSN, canal de interação com clientes. Faz um tempo que troquei o MSN e passei a logar no Facebook como prioridade, pois ali também estão minhas interações que estavam no MSN, além dos aniversários e variadas publicações.

No meu caso, o Facebook está derrubando o MSN – mas pode ser uma experiência isolada. Queria saber a sua, que está lendo o artigo.

Para finalizar, saliento que onipresença e onisciência, para mim, continuam sendo características divinas. Estão aí o Myspace, AOL, ICQ e – será? – MSN, que dominaram seus nichos por um período e sumiram ou reduziram muito suas participações, a ponto de apresentarem pouquíssima significância atualmente. Fica a dica: quem procura controlar tudo pode acabar se descontrolando. [Webinsider]

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Carlo Manfroi (@carlomanfroi) é publicitário, professor, pós-graduado em marketing digital e sócio-fundador da Qualé Digital, em Florianópolis.

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3 respostas

  1. No meu caso o Facebook virou minha ferramenta de trabalho, o meu escritório. Eu sou dono de uma aplicação de Classificados dentro do Facebook chamada CLASSIBUCK (http://apps.facebook.com/classibuck) que é uma plataforma de classificados para pessoas físicas e jurídicas ao mesmo tempo que pode fazer com que qualquer pessoa com conta no Facebook crie seu próprio site de classificados, personalizado e gerenciável pelo aplicativo (Classibuck).

    Eu também uso muito o bate papo do Facebook, atendo alguns clientes e usuários específicos, mas uso o MSN também para falar com familiares e amigos mais próximos.

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