Softwares legalizados são um benefício tecnológico e social

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A legalização do parque de software de uma empresa sempre foi, além de um desafio para os gestores de TI e financeiro, um assunto delicado para o âmbito corporativo. O desembolso em licenciamento de desktops, servidores e redes representa alto custo; principalmente em momentos de economia adversa e, claro, para instituições que não gerem receita própria.

Agora, pelo menos para as empresas do terceiro setor que possuam cunho filantrópico, bibliotecas, ONGs e similares, existe a alternativa da doação legalizada de programas de computador. Prática já bastante comum nos Estados Unidos difundida através da Techsoup que no Brasil – http://www.techsoup.com.br/–  possui a sua filial há no mínimo uns três ou quatro anos.

O Programa TechSoup Brasil é uma iniciativa da ATN – Associação Telecentro de Informação e Negócios em parceria com a TechSoup Global. Muitas organizações sem fins lucrativos, de benefício social mundial prestam suporte às comunidades necessitadas, populações subatendidas, possibilitando uma mudança social positiva.

Cada mês, a TechSoup recebe mais de 400.000 visitas de organizações em mais de 190 países. Estes visitantes vêm buscando tecnologia da informação, suporte e uma comunidade ativa para assuntos do setor. Os programas da TechSoup Global estão agora disponíveis localmente em muitos países através de uma crescente rede de organizações parceiras.

Lá fora podem ser encontrados programas, smartphones e produtos de fabricantes como Citrix, SAP, Microsoft, Symantec, Cisco, Dell, Seagate, etc. Já aqui no Brasil está disponível uma gama menor de produtos. O que não quer dizer que não dê para dar o pontapé inicial na legalização.

Caso prático

Há aproximadamente três anos incluí a Academia de Letras da Bahia, no qual sou colaborador, neste programa de doações de software. Após apresentarmos toda a documentação exigida para sermos elegíveis a receber a doação, fizemos a escolha dos produtos que chegaram via correio aproximadamente em três semanas. Desta forma conseguimos padronizar e legalizar o software da entidade.

Neste momento de maturação do modelo de doação é necessário que mais empresas compreendam a necessidade de colaboração e abracem a ideia incorporando-se a esta prática benéfica tanto culturalmente quando educacionalmente. Afinal, a inclusão digital proporcionada pela doação se reverte para a comunidade que passa a usufruir das instalações e redes impulsionadas pelos produtos tecnológicos doados. [Webinsider]

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Leonardo Cardoso de Moraes (leonardo@cardosodemoraes.com.br) é diretor comercial da TI Safe e perito forense.

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