Com Luciene Santos.
Pensar na hipótese do Twitter de 3ª Geração como acelerador do motor textual dentro do tabuleiro dos NewsGames como substituição aos feeds. Sabe-se que a tecnologia RSS já acusou problemas de delay, atraso inconveniente que inviabilizaria o uso de agregadores de conteúdo como suporte confiável no processo de alimentação de notícia em tempo real.
As recentes alterações no layout do NewTwitter 3.0 – partindo de uma perspectiva individual para uma esfera universal – marca a forma pela qual a rede social busca moldar a concepção de seus usuários. É a terceira grande mudança estrutural do microblog, cuja história começou em 2006. A primeira grande renovação ocorreu em 2010, quando o Twitter introduziu mudanças visuais significativas, com o objetivo de reunir mais informações sobre o comportamento do usuário. Essa mudança introduziu a interface que ainda está em operação.
Desde o seu início pouca coisa mudou em termos semânticos na exposição do conteúdo. As mensagens sempre foram exibidas de forma cronológica. Assim como acontece nas headnews – o conteúdo novo sempre sobrepõe o velho. O Twitter vem sofrendo uma evolução gradual e constante. A partir de conversas efêmeras até mesmo desconexas, o microblog passou a emular informações com alto valor agregado. Os ares dessa mudança puderam ser constatados no final de 2009.
Na época foi alterada a pergunta habitual feita aos usuários na área destinada a redação de novas postagens: “O que você está fazendo?” para “O que está acontecendo?“. Enquanto a primeira pergunta remetia à ideia de pessoal, privado, diário, a segunda nos fez encarar a nova cara da rede social como algo coletivo, público, notícia. No lugar de uma pergunta, o NewTwitter 3.0, traz uma frase aberta com reticências: “Escreva um novo tweet…”, dando-nos a ideia de liberdade, sem imposições narrativas que possam restringir a criatividade do usuário.
Em comparação ao Twitter clássico, as inovações trazidas pelo NewTwitter 3.0 reforçam ainda mais os valores do significado, da contextualização e do impacto da informação que realmente interessa para quem usa a plataforma. Mesmo sem as antigas preposições narrativas, a nova interface do Twitter se confunde ainda com os velhos princípios do jornalismo, que desde o Iluminismo tem sido a forma de investigação social mais bem aceita até os tempos atuais.
NewTwitter 3.0 como agregador de conteúdo
Partindo dessa premissa, a 3ª Geração do Twitter funcionaria bem como acelerador do motor textual dentro do tabuleiro dos NewsGames em substituição aos feeds RSS. Sabe-se que a tecnologia RSS já acusou problemas de delay, atraso inconveniente na entrega de dados que inviabilizaria o uso de agregadores de conteúdo como suporte confiável no processo de alimentação de notícia em tempo real. Como os jogadores precisam receber atualização de dados em tempo real, o NewTwitter 3.0 surge como acelerador em prol das exigências em termos de jogabilidade dos games como informação e notícia.
Por problemas técnicas de entrega de dados, há argumentos que sugerem que a tecnologia RSS está morrendo. Os feeds estão sendo substituídos por formas mais instantâneas de entrega de conteúdo, como a plataforma do Twitter e outros suportes de fluxos de tempo real. O Método de Votação (fundamento da tecnologia RSS) já se mostrou inviável. Segundo especialistas, esse método não é o mais adequado, porque requer que o servidor atue em nome do assinante RSS constantemente, exigindo que o servidor onde o feed RSS está publicado a ‘perguntar’ se há alguma coisa nova ainda para ser puxada.
Dependendo da forma como isso ocorre, o usuário acaba tendo certo atraso de publicação. Como as comunicações estão cada vez mais em tempo real, este atraso é muito mais perceptível a ponto inviabilizar ações feitas na hora em que certo dado cai na rede. Além de plataforma de publicação, a nova interface da rede social funciona bem como agregador de conteúdo. Da leitura de feeds à postagem, o microblog consegue realizar, em tempo real, toda a operação de transferência de dados a partir do mesmo local. Eis a mágica de se publicar tudo em cloud computing – o tempo de resposta se dá na velocidade da luz.
Mudanças semânticas do NewTwitter 3.0
No início, o Twitter clássico começou como uma plataforma de comunicação pura: mensagens de texto. A ideia era simplesmente capturar as interações de SMS e enviá-las a uma nuvem. O mote do microblog era a simplicidade, informalidade. Até mesmo seu nome celebra esse conceito. Estamos assistindo a uma mudança do texto para o link e do texto para a imagem.
Quer dizer que a interface está passando longe de uma mera conversa fortuita para a publicação de informação pura intencional. A interface do NewTwitter passou a ser focada em conteúdo baseado em imagem. Nas palavras de Megan Garber, do The Nieman Journalism Lab, “o Twitter democratizou a narrativa ainda mais que os blogs”, ao permitir que os usuários possam argumentar em uma interface com um máximo de 140 caracteres, todos compartilhando o mesmo espaço de tela.
Não bastasse isso, as novas ferramentas garantem ao NewTwitter 3.0 uma maior flexibilidade para que o usuário tenha liberdade de recriar a própria narrativa do microblog. Alguns plugins já permitem até otimizar a acoplagem do Twitter em barras de navegação. Desta forma não seria difícil criar plugins para tabuleiros de newsgames.
Ao invés de perceber a rede social apenas com o olhar de comunicadores, devem passar a encará-la como espaço de transmissão (como a TV e o rádio) e de leitura de conteúdo (informação geral). Se o Twitter clássico estabeleceu-se como uma plataforma de notícias, o NewTwitter 3.0 sugere que a notícia em questão pode ser percebida cada vez mais de acordo com a variedade de qualquer broadcast.
Aplicando o Twitter 3.0 como motor textual
A nova interface do NewTwitter 3.0 funciona nas versões web e em dispositivos mobile com sistema operacional iOS e Android, e divide as atividades do usuário em três abas principais: Home (com a página inicial e a timeline), @Connect (com as interações feitas no microblog) e #Discover (com um atalho para a busca de posts e hashtags). No tweetbord (onde o usuário pode postar mensagens, replicar, mencionar, encaminhar, seguir e ser seguido), o Twitter clássico oferecia e o Twitter 3.0 continua a oferecer cinco ferramentas narrativas básicas que podem ser usada como motor textual acoplado ao tabuleiro dos newsgames: tweet, reply, retweet e direct message e hashag.
A principal delas é sem dúvida a ferramenta disposta na Home (composed to tweet…), que possibilita a postagem rápida com 140 caracteres. O limite de tamanho em cada post coincide com as regras básicas de redação de lead da notícia, que remete para um texto ‘curto, claro e conciso’. Com um grande diferencial: edição de texto com links que fazem remissão a sites, vídeos, áudios, imagens, animações, games. Se de um lado a restrição não atende aos críticos da webwritiring, de outro se encaixa bem à velocidade dos jogos eletrônicos. Pois, na mistura de tecnologias, algumas delas perdem seu poder ativo para aderir a uma nova demanda de mercado.
Em tempo real, cada postagem (notícia) é transformada em animação cartografada aplicada sobre a interface do tabuleiro de jogo, que assume a função de um visualizador de dados dotado de aplicativos de geoprocessamento, via satélite. Ao mesmo tempo em que mostra a publicação, em ordem cronológica, dos posts dos jogadores e de seus seguidores na timeline, a Home da rede social fornece aos jogadores uma lista de novos perfis para seguir e ser seguido, para fazer parte de sua rede de contato, tornando-se mais um personagem real dentro da narrativa do jogo.
Há ainda uma série de plugins de edição e publicação de conteúdo. O Tweet Manager funciona como gerenciador de tweets, podendo seguir automaticamente de acordo com palavras-chaves, ou enviar mensagens automáticas. Outro aplicativo é o Twitpic que permite compartilhar imagens (fotos) na timeline da rede social. Todos esses recursos de edição e publicação ajudam a criar um ambiente mais interativo ampliando as possibilidades dinâmicas da narrativa em jogos informativos.
Editadas em todas as páginas do microblog, as subseções Who to Follow (quem seguir), Find Friends (encontrar amigos) e Browser Categories (links por categoria) ajudam no trabalho de encontrar perfis correlacionados. Na função Who to Follow, há ainda duas opções: refresh ·e view all. Clicando na primeira, a página vai mudando os perfis dos usuários para a escolha de perfis desejados. A segunda opção abre uma aba lateral, exibindo todos perfis disponíveis para adicionar.
Para a realidade dos newsgames, a função Browser Categories ganha um destaque especial por propor justamente duas das principais características da Teoria dos NewsGames: a segmentação do assunto e a temática da notícia. Nessa área, os jogadores podem buscar perfis para adicionar ao jogo de acordo com o assunto que for listado para dar partida na ignição do newsgame. Se o tema for esporte, por exemplo, os jogadores podem adicionar perfis correlacionados para alimentar o jogo com informações afins.
Dando partida na ignição dos NewsGames
O novo Twitter 3.0 traz excelentes inovações de infraestrutura, como a seção List (listas), através da qual os jogadores podem propor uma temática de jogo. Uma vez criada a lista e proposto um tema (baseado em notícias correlacionadas) de jogo, o autor fará convites aos seus seguidores na rede social. Para efetuar o convite, basta fazer uma busca por perfis de interesse e adicioná-los à lista. Em geral, os personagens do jogo serão aqueles cujos perfis tenham alguma afinidade com temas tratados anteriormente pelo criador da lista.
Para criar a lista é necessário preencher o espaço com a descrição mais detalhada do assunto que será tratado. Essa segmentação do tema é uma das características da Teoria dos NewsGames. Afinal, o jogador se informará mais e profundamente através de assunto que ele esteja de alguma forma pessoalmente envolvido. Fica mais fácil jogar com informações relativas a problemas que acontecem no meu bairro do que sobre questões externas ao meu país.
Com a ativação da lista, os jogadores contam com uma série de aplicativos que ajudam a turbinar a narrativa. Um deles é o Twitcam que permite o jogador fazer transmissões de vídeos em tempo para serem vistos por parceiros e adversários de jogo. Não é preciso baixar nada ou fazer qualquer tipo de cadastro. Com o Twitcam, o jogador pode integrar vídeos através da webcam na conta do Twitter, e compartilhar com seus parceiros de jogo. Basta conectar o link de vídeo direto da webcam do usuário para que todos os seus seguidores possam acompanhá-lo.
Enquanto estiver conectado, o usuário pode conversar com quem estiver acompanhando direto da página de transmissão. O sistema do Screenr funciona da forma. Com a ferramenta pode-se criar programas em vídeo e compartilhar via microblog. É só ligar a webcam e gravar stand ups para enfatizar uma informação relacionada ao assunto abordado no newsgame. Além disso, quando o jogador estiver logado no YouTube, basta clicar no botão ‘Compartilhar’, abaixo do vídeo, e depois no link ‘Conectar Contas’.
Na tela que se abrirá, o jogador poderá configurar tweetes automáticos para seus parceiros e adversários de jogo, a fim de que eles possam comentar ou publicar um vídeo sobre o assunto. E para enfatizar o Twitter como base de transmissão de notícias, o microblog resume o frenesi das últimas headnews que sacudiram o mundo recentemente, como a série de terremotos que balançaram o meio-norte da Itália, e a revolução dos tuiteiros abrindo o portal da chamada Primavera Árabe com seus ares de insatisfação, que derrubou ditadores quase seculares como bonequinhos de chumbo.
Trocando informações dentro do jogo
A nova aba @Connect, funciona como a sala de feedback do microblog, onde ocorrem todas as interações da interface através de duas seções: Interactions e Mentions. Na seção Interactions é possível visualizar as trocas informativas entre os usuários da rede social. Ao deslizar o mouse sobre a zona de publicação de post surgem três possibilidades interativas: Reply, Retweet e Favorited. Ao compor tweets, a ferramenta Reply permitiria ao jogador responder a outros posts, a fim de gerar ações dentro do tabuleiro de jogo
Quando algum jogador propuser uma questão, o parceiro de jogo e/ou adversários poderão respondê-lo, desenvolvendo a trama na interface animada cartografada. Para responder aos tweets basta colocar um sinal de @ (arroba) na frente do login do jogador para qual se quer enviar a resposta. O jogador saberá que a resposta é para ele, ao consultar a sua seção de @Replies. Na ferramenta RT ou Retweet (Encaminhar), o jogador poderá postar a mesma mensagem postada por outro jogador, da mesma forma como se encaminha um e-mail a outra pessoa.
Para retuitar basta escrever RT @ na frente do nome do usuário que escreveu o tweet seguido pela postagem em si. Na simulação de um newsgame, o jogador que postar o tweet “Essa notícia pode nos ajudar?”, o seu parceiro de jogo deverá retuitar da seguinte forma: “RT @newsgames Essa notícia pode nos ajudar?”. Ao lado das demais, essa ferramenta abre um leque de ferramentas que ajudam acelerar o processo de alimentação de informação do game em tempo real.
Para resolver o problema de animar informações não cartografáveis, o tabuleiro de jogo pode emular um conjunto de símbolos como aqueles utilizados em navegadores via satélite de automóveis. Na subseção Favorited, os jogadores podem visualizar todas as mensagens adicionadas aos seus favoritos. Para adicioná-las, o usuário deve clicar no termo “Favorited” situado abaixo da mensagem.
Para visualizá-las, basta clicar na estrela amarela que aparece no lado direito do post. São possibilidades que podem auxiliar os jogadores numa partida de newsgame. A terceira aba #Discover traz duas seções principais: Stories e Activity. Essas funções podem auxiliar os jogadores a encontrar perfis correlacionados à temática que podem ser customizados ao newsgame na qual estamos jogando. Em suma, esta área é destinada a buscas diversas onde se pode encontrar:
- Novos perfis para seguir.
- Notícias relacionadas ao nosso perfil.
- Links de sites dispostos por categoria.
- Perfis temáticos relacionados ao nosso.
- Atividade de perfis que seguimos.
Poder do buscador dentro da rede social
As buscas podem ser feitas ainda através das chamadas hashtags. Em geral, as hashtags funcionam como as tags (marcadores tradicionais) e influenciam as buscas em buscadores como Google e Yahoo. A ferramenta pode ser usada até nos próprios buscadores do Twitter. Basta inserir qualquer termo ou expressão no espaço reservado a buscas na parte superior central da interface. O símbolo ‘#’ (hashtag) deve ser colocado antes da palavra que se quer buscar. É uma excelente ferramenta para buscar notícias correlacionadas.
Quando o jogador quiser ainda saber quais mensagens foram publicadas sobre um determinado assunto, basta pesquisar pelas hashtags. Exemplificando, para enviar um tweet sobre os newsgames, redige-se ‘#newsgames’ com o sinal # colado ao texto da mensagem. O jogador pode usar as hastags como aliadas durante o jogo. Ao associá-las às suas postagens, as suas mensagens podem ser encontradas mais facilmente na web, o que contribui para que os parceiros de jogo possam se localizar dentro da trama facilmente.
Ao clicar em qualquer hastags de uma mensagem abre-se uma nova página com quatro seções de pesquisa: Tweets, Tweets with links, Tweets near you, People. Na seção Tweet, o jogador pode acessar mensagens relacionadas a termo ou expressão desejado. Em Tweets with links, o jogador pode acessar mensagens correlacionadas que foram editadas com links para outros sites, blogs ou conteúdo postado em redes sociais. Na seção Tweets near you, o jogador pode pesquisar tweets postados próximo aos deles.
E na seção People, o jogador pode saber qual colega ou adversário de jogo postou algum tweet correlacionado aos deles. Além das hastags há outras ferramentas que ajudam os jogadores no processo de monitoramento da sua audiência por meio de relatórios gráficos. No Twitterless, o jogador pode se informar quem deixou de seguir o seu perfil.
Esse recurso pode ser importante no jogo, porque revela se um determinado perfil está ganhando ou perdendo aliados ao longo da trama. Já o Tweet Stats permite fazer relatórios sobre os tweets. Pela Teoria dos NewsGames, o jogo deve emular relatórios (descritivos, gráficos, infográficos) sobre dados reais emulados durante o jogo. Na mesma linha, o Twitter Analyzer oferece uma série de serviços de monitoramento, como mentions, RT’s, popularidade, entre outros.
Monitorando tags mais acessadas
Na seção Trends, o jogador tem acesso a outra modalidade de pesquisa e ficar ligado nas postagens mais acessadas no ranking dos Trending Topics. A publicada na Home e #Discover, a seção de tendência pode ser configurada de acordo com postagens de países de interesse do usuário. Outra ferramenta que ajuda na jogabilidade é o Trendsmap, que traz um mapa de tendências dos assuntos mais postados no Twitter.
Em tempo real, o serviço mostra aos jogadores as palavras-chave mais tuitadas de cada região, por meio de gráficos no mesmo estilo das nuvens de tags. Dentro da trama dos newsgames, o Trends é uma excelente ferramenta para monitorar notícias e assuntos correlacionados com a notícia-base que der origem ao jogo em si. Parecido com o Trendsmap, o radar de tuiteiros ajuda os jogadores a monitorar o que se passa na periferia da Galáxia do Twitter.
Utilizando um mashup acoplado ao Google Maps, o Geo Chirp mostra o que a galera da sua vizinhança está postando. Ajustando o alcance da pesquisa, o jogador pode ampliá-la para um raio de até 80 quilômetros. Na mesma linha, o aplicativo Tweepz a localizar usuários na cidade onde o jogador reside, facilitando monitorar perfis de jogadores que jogam numa determinada região.
Descobrindo poder de influência do perfil
Com a ferramenta Twitter Sheep é possível gerar uma nuvem de tags e saber sobre que os nossos seguidores estão falando mais. Automaticamente, o aplicativo The Whuffie Bank verifica a influência do perfil atribuindo valor. No tabuleiro dos newsgames tal recurso ajudaria avaliar o status de perfis de aliados e adversários na trama. Outro serviço de monitoramento é o plugin TwitterWatch que permite saber o que está sendo postado até cinco expressões ou palavras-chaves definidas pelo usuário. Tudo em tempo real. Cada uma delas fica separada em uma aba. Dá para responder os tweets, retuitar ou postar por meio da extensão.
A própria plataforma do NewTwitter 3.0 pode funcionar como um jogo de perguntas e respostas. Com meia dúzia de cliques, dá para fazer uma enquete e saber a opinião dos seus seguidores sobre qualquer assunto usando o aplicativo Twtpoll. Ele cria questionários, testes de múltipla escolha e pesquisas de opinião, entre outras opções. Apesar de ser gratuito, o serviço é bem completo e conta até com bloqueio de endereços de IP para evitar votos duplicados.
Aplicando aos newsgames, os jogadores podem abrir espaço para que seus seguidores no Twitter possam participar do jogo dando opiniões sobre o direcionamento da narrativa alimentada por notícias em tempo real. Durante as partidas pode ser necessário pesquisar tweets antigos, como estratégia de recorrer a notícias que podem ser reutilizadas no jogo.
Contudo, invariavelmente, o sistema de pesquisa nativo do Twitter apresenta problemas, em função dos picos de congestionamentos. Para resolver o problema, o jogador pode lançar mão do Twistory, que integra sua timeline com os programas de calendário mais populares e, assim, facilita a busca de conteúdo por data. Ele funciona muito bem com Google Calendar, Outlook, iCall e Thunderbird.
Troca de informações secretas
Como nas últimas duas versões, o NewTwitter 3.0 permite a troca de informações privadas entre amigos da rede social. Na nova interface, a ferramenta “Direct Messages” está disposta na silueta do “profile” situada ao lado do espaço destinado a buscas dentro do microblog. Ao clicar no botão, abre uma janela onde se pode acessar as mensagens privadas. Através dessa ferramenta, os jogadores podem trocar informações secretas, sem que os jogadores adversários saibam.
Semelhantes aos jogos de ação, as mensagens privadas funcionam da mesma forma quando o jogador quer ficar literalmente invisível, mesmo participando da trama. É um recurso de suma importância no desenvolvimento do jogo. Funciona colocando uma letra ‘D’ antes do login do jogador – ou diretamente através da pasta Direct Messages. Como simulação em um newsgame, para enviar uma mensagem direta para um jogador remetente do tweet, a resposta deve ser redigida da seguinte forma: ‘D newsgames’.
Durante o jogo, as mensagens diretas podem ser usadas de forma estratégica em trocas de informações confidenciais, as quais os adversários não teriam acesso, apenas jogadores aliados. Assim como os recursos do NewTwitter 3.0 são diversos, as possibilidades de sua aplicabilidade também são inúmeras em tabuleiros de newsgames. Desta forma, desafio alguém dizer que escrever com apenas 140 caracteres é coisa de amador. Afinal, atrás das aparências, esconde Deus! [Webinsider]
…………………………
Leia também:
- A sinergia entre redes sociais e NewsGames
- Fluxos migratórios e a relevância de Twitter e Facebook
- Você procura milhões de fãs ou de promonautas?
…………………………
Acompanhe o Webinsider no Twitter e no Facebook.
Assine nossa newsletter e não perca nenhum conteúdo.
Acesse a iStockphoto. O maior banco de imagens royalty free do mundo.
Geraldo Seabra
Geraldo Seabra, (@newsgames) jornalista e professor, mestre em estudos midiáticos e tecnologia, e especialista em informação visual e em games como informação e notícia. É editor e produtor do Blog dos NewsGames.
Uma resposta
Esse texto permite duas possibilidades de comentário:
1) Os “newsgames”, como tendência e método de consumo e geração de notícia, podem até possuir alguma relevância e talvez venham a ter importância no panorama jornalístico. Mas jamais deixarão de ser uma enorme bobagem. Puro hipsterismo acadêmico. E ficarão conhecidos por isso.
2) Talvez nem relevância os “newsgames” venham a ter, apesar de se constituírem uma tendência adotada e aceita no mundo todo. Como é próprio da internet, provavelmente venham a ser mais uma de tantas “trendings” que são adotadas com a mesma facilidade com que são abandonadas, como o BYOD. E nunca deixarão de ser conhecidos como uma enorme bobagem. Pura purpurina acadêmica.