Sou um amante dos cães. E por interesse e respeito por esses magníficos animais, estudo muito sobre o comportamento e psicologia canina. E sempre uso a analogia matilha/equipe para ilustrar a mensagem que desejo passar – veja no final do artigo mais referências sobre o tema.
Vivemos em uma época muito dinâmica e o mercado também segue esse ritmo intenso, principalmente para os negócios relacionados com TI, internet, informação, marketing e publicidade. Nesses, os paradigmas mudam constantemente e novas regras surgem da noite para o dia – quem vive nesse dia a dia sabe que não é exagero.
Então, as empresas e os profissionais precisam ser muito flexíveis e se adaptar aos novos modelos de negócio. E isso não quer dizer abraçar os modismos, mas sim ter a capacidade de interagir com os clientes – que adoram os tais modismos e muitas vezes precisam ser “freados” –, com o mercado e com os cenários econômicos para oferecer estratégias inovadoras.
O planejamento estratégico e uma equipe engrenada nunca foram tão importantes quanto agora.
Não sou rebelde, você é que não sabe se comunicar!
Já conversamos e concordamos sobre o mercado altamente dinâmico. E para poder manter a competitividade é preciso entender os conceitos e adaptar-se às novas regras.
E essa não é uma tarefa simples.
Imagine que você tem um cão que sempre dormiu na sua cama e que, em determinado momento, ele não pode mais fazer isso, independente do motivo.
Você “conversa” com ele, coloca-o no chão, uma, duas, dez vezes e ele sempre pula novamente sobre a cama. E, em casos mais graves, ele rosna ou até mesmo morde a sua mão.
Que bicho rebelde, hein?
NÃO!
Ele não tem qualquer culpa, pois foi assim que ele foi criado e foi assim que ele viveu por todo esse tempo. O cão se acostumou com isso. É a rotina dele.
Então, é um problema sem solução? Preciso comprar uma cama maior? Devo acorrentar o bicho?
NÃO!
É preciso ensinar as novas regras. Ter postura e mostrar o que deve ser feito, com assertividade, calma e objetividade. Não vou ensinar aqui como fazemos isso com os cães, pois não é o foco desse artigo, mas se precisar, é só me perguntar!
Com as equipes é a mesma coisa. Muitos profissionais estão acostumados com determinadas rotinas e práticas, pois foi dessa maneira que sempre trabalharam. Então, muitos podem relutar, resmungar ou mesmo realizar os projetos de um jeito errado.
Isso não quer dizer, necessariamente, insubordinação, incompetência ou corpo mole, mas sim receio e insegurança. Ou mais comumente: não entender o novo cenário com clareza.
Por isso, a figura do gestor, do chefe da matilha, bem preparado é importante para auxiliar a equipe nessas etapas de transição e de novas regras.
Investir em treinamento – interno ou por meio de cursos, palestras e workshops –, realizar reuniões produtivas e aprender junto com os demais profissionais, por meio da troca de experiências e conhecimentos compartilhados é a melhor prática, pois proporciona a agilidade com solidez e as ferramentas necessárias para criar estratégias bem elaboradas.
Tempo e dinheiro investidos nesses aprimoramentos fazem uma grande diferença positiva e podem diminuir custos futuros ou mesmo problemas difíceis de se contornar.
Enfim, manter uma comunicação eficiente e efetiva, conhecer as dificuldades e oferecer apoio e alternativas é uma postura que ajuda na motivação de cada membro.
Afinal, quanto mais equilibrado for o ambiente e o gestor, melhor será para a equipe e para a matilha entender e aplicar nas novas regras.
Até mais! [Webinsider]
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Eduardo Kasse
Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.