Interessante como o YouTube se tornou um meio importante de compartilhamento de música entre adolescentes.
O que eu e meus pares fizemos via Napster ou Torrent, eles fazem via YouTube, com programas para encontrar e baixar o MP3.
É interessante que, enquanto nós baixávamos a música dos outros, eles se redistribuem. É a música do cara do bairro, do colega da escola, do DJ tal.
Do ponto de vista da criaçao, é parecido também. É uma música tão mixada que suponho que seja difícil alguém encrencar com direitos autorais.
Mas não é sobre isso que eu queria falar. Tem a ver com isso.
Esses dias um amigo me apontou pro Google Play, a resposta do Google à solução de armazenamento “na nuvem” oferecido pelo iTunes, por exemplo.
Você sobe tudo o que tem no Play – tem espaço para até 20 mil faixas – e pode escutar em qualquer aparelho e em qualquer plataforma (inclusive na OS). E é grátis.
Existe ainda soluçoes tipo Spotify, LastFM, GrooveShark e semelhantes para você escutar música via streaming.
E por incrível que pareça, apesar de tantas opções interessantes, ainda sinto que falta algo a ser feito em termos de oferta de serviço ao usuário de internet.
Eu sinto falta de ter um lugar para ir para, sem muito esforço, garimpar coisas novas. Um lugar para, ao mesmo tempo, colocar como “fundo musical” do meu dia, mas que sirva também para eu ter a experiência parecida com a da garotada usando YouTube – de achar gente nova.
E é essa que aparentemente seja a missão do CloudSound, é por aí que eles parecem estar construindo seu caminho. E se for, é um projeto admirável por ter a visão de “facilitar” esse jeito novo de se compartilhar e fazer música em rede, como DJs, funkeiros e rappers estão fazendo pelo YouTube, mas via um serviço pensado (e não improvisado) para se fazer isso.
(E que ainda facilita e renova o conceito do Podcast. Nunca foi tão fácil compartilhar registros em áudio via Smartphone e publicado direto, via app, nos canais escolhidos pelo usuário, inclusive Facebook e Twitter.)
[Webinsider]
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Juliano Spyer
Juliano Spyer (www.julianospyer.com.br) é mestre pelo programa de antropologia digital da University College London e atua como consultor, pesquisador e palestrante. É autor de Conectado (Zahar, 2007), primeiro livro brasileiro sobre mídia social.