A maioria dos profissionais já deve ter passado por diversas guinadas na carreira. Seja por vontade própria, por meio de um direcionamento mais adequado às expectativas e sonhos, seja por fatores externos como demissão, falta de oportunidades, etc.
Eu mesmo, apesar de ter um pouco menos de uma década de carreira já passei por pelo menos três boas guinadas.
E nenhuma mudança é fácil, principalmente aquelas em que o fato decorreu de fatores externos. As incertezas, as inseguranças e não raro as dificuldades financeiras atrapalham muito. Nublam a mente, impedem de ver outros horizontes, perspectivas e caminhos a serem percorridos.
Mesmo quando a mudança vem da nossa vontade, sempre fica a dúvida: será que tomei a decisão correta?
E isso é normal, pois ser humano é questionar-se.
No mercado, não existe verdade absoluta. Aliás, existe alguma verdade?
Haveria milhares de coisas para se falar sobre passado, presente e futuro. Peço, inclusive, que me ajude a ilustrar o que direi a seguir. Comente abaixo, interaja na nossa fan page, poste sua mensagem no Twitter. Cite novos exemplos, novas modalidades, enfim, enriqueça essa conversa!
Vamos lá:
Lembra-se das listas telefônicas? Aquele calhamaço amarelo que entregavam nas nossas casas todos os anos?
Por décadas, as empresas pagaram por anúncios. As com mais capital pagavam por páginas inteiras, a maioria pagava por pequenos box ou por três ou quatro linhas.
Então, um belo dia – na verdade, não foi tão repentino assim, foi um processo gradual -, os buscadores começaram a ganhar força e as pessoas começaram a procurar por produtos e serviços na internet.
Na década de 1990 e mesmo na de 2000, ter um site era um diferencial competitivo. Poucos tinham e quem investiu no meio online possuía visibilidade imensa, pois a concorrência era bem menor, muito menor mesmo!
Com isso, as velhas e pesadas listas telefônicas começaram a perder relevância, empresas pararam de anunciar e, consequentemente, muitas empresas que forneciam esse serviço simplesmente quebraram. Veja, as listas ainda existem, todavia com menos força e amplitude que no passado.
Outras adaptaram o seu negócio e começaram a oferecer o mesmo serviço online, o que deu uma “certa” sobrevida.
Entretanto houve empresas que, além de se adaptar, evoluíram. E muitas delas viram agências de desenvolvimento de sites e de publicidade. Ou seja, entenderam o novo ambiente e ecossistema e, além do know how conquistado, inovaram.
Uma guinada de conceito
Quando comecei a minha carreira em 2003, não existia “essa coisa de redes sociais”. Todo o foco empresarial estava voltado para o site, acontecia dentro do site.
A comunicação era monocaminho: tinha um formulário de contato que precisava ser preenchido, enviado e depois respondido – obviamente isso ainda permanece, mas agora temos mais recursos.
Quando muito havia um setor de comentários, no qual as pessoas podiam escrever, ler as opiniões de outros e ver a postura da empresa por meio das suas respostas.
Então surgiram as redes sociais. Confesso que demorei a aderir a esse novo conceito. Achava tudo uma babaquice – hoje, tenho certeza! Brincadeirinha… bom, mais ou menos. Rsrs
Mas, o fato é: nesse nosso mundo em transição, em termos de negócios, as redes sociais têm um peso imenso. Muitas empresas, inclusive, dependem exclusivamente delas para sobreviver.
Está ocorrendo agora o caminho inverso: de dentro dos sites para as redes sociais. É uma postura arriscada – imagine se o Facebook ou o Twitter baterem as botas – entretanto vemos isso diariamente. Conheço inúmeros sites que, ao serem acessados, direcionam os visitantes para as suas fan pages.
Novamente, foi uma mudança que instigou os profissionais e as instituições a se adaptarem. E quem não fez isso está definhando. Muitos já morreram.
E como serão os próximos 10 anos? – isso se passarmos dessa sexta-feira, rs.
O que surgirá de novo? Quais serão os novos paradigmas, tendências e “verdades”.
Não dá para saber. Podemos apenas rascunhar algumas apostas e perspectivas.
Mas, o importante é ter o espírito preparado para mudar, adaptar-se e evoluir.
A vida e o mercado são altamente dinâmicos. E a nossa postura, a nossa carreira e como aplicamos o nosso conhecimento também precisam dessa fluidez.
Vamos juntos nessa? [Webinsider]
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Eduardo Kasse
Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.