Se gerir equipes fosse exclusivamente incentivar os profissionais, avaliar as soluções desenvolvidas e encadear as habilidades individuais em prol do grupo, o mundo seria perfeito – conheço algumas pessoas que diriam: seria monótono.
Entretanto, sabemos que muito tempo é gasto para mediar conflitos, briguinhas de ego ou mesmo acusações mais sérias. E isso é normal e previsível, pois as equipes se comportam como organismos vivos que nem sempre estão em equilíbrio.
Uns profissionais têm como perfil trabalhar colaborativamente, em simbiose, outros de maneira mais individual. Há uns poucos, mais nocivos, que interagem predatoriamente.
Aliás, essas discordâncias e discussões – desde que respeitados os limites éticos e de boa conduta – até podem ser interessantes, pois instigam aos profissionais para se superarem ou mesmo fazerem melhor que os seus “rivais”.
Divergências podem ajudar no processo criativo, pois colocam como meta criar algo magnífico, nem que seja por um motivo pouco nobre: o de esfregar na cara do outro, mostrando assim total superioridade.
Mas esse artigo, que a partir desse ponto passa a contar com a ajuda dos cães para ser ilustrado, foca em um ponto mais específico e delicado: a insubordinação.
Independente de concordar ou não, respeito é essencial
Não há como negar, todos nós já pensamos: “meu chefe é um babaca e eu poderia fazer tudo muito melhor”. E, realmente, há casos em que isso é fato. Assim como em outros esse pensamento pode ser motivado por inveja, ciúmes, insegurança etc. Porém, a meu ver, sempre é melhor tentar conquistar seu espaço com uma postura íntegra ao invés de encarnar uma agressividade desmedida.
Cada profissional tem seu valor e precisa conquistar seu espaço.
E em um belo dia, encontro meus cães na “cena” a seguir.
Logo pensei na situação: um funcionário – o Minduin, sobre a cadeira – acredita que sabe muito mais que sua chefe – a Pastor Alemão Hanna – e por isso, impulsivamente, decide tomar o seu lugar. Enquanto isso, os demais membros da equipe – representados pela Piquena – ficam sem entender essa postura tão radical e afoita, até mesmo displicente.
Muitos chefes e líderes esbravejariam, dariam o famoso esporro e até mesmo demitiriam o funcionário por “afrontar a sua liderança, promover a desordem e a desestabilização do ambiente”.
Entretanto, alguns poucos, como a Hanna, sabendo do valor e da capacidade desse profissional, optariam pelo diálogo, pelo ajuste das incompatibilidades e pelo comprometimento com uma nova postura – até mesmo de ambas as partes.
Aqui, o foco estaria no “nós”, na empresa e na equipe, não somente no “eu”.
E não julgo qual decisão está certa ou errada. Apenas cito uma situação factível nas empresas. Aliás, abro espaço para a discussão sobre o tema logo abaixo nos comentários ou na nossa fan page. Compartilhe conosco as suas experiências!
Agora, voltando ao nosso case canino. Passada a tensão inicial e depois das conversas – no caso dos cães, o correto seria dizer que houve uma troca de energias – Minduin entendeu a situação, desculpou-se, concordou com sua chefe e até se envergonhou de ter sido tão impetuoso.
Assim, a “empresa” reteve um talento – atualmente, profissionais competentes e diferenciados são muito disputados, pois suas capacidades agregam bastante aos projetos, portanto, mantê-los no time, desde que motivados e satisfeitos, vale o esforço -, a chefe aplicou boas práticas de gestão e liderança e a equipe voltou ao equilíbrio, pronta para encarar novos desafios e criar novas oportunidades.
Até mais! [Webinsider]
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Eduardo Kasse
Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.