Juntar profissionais com competências diferentes é uma das premissas básicas para quem vai empreender apoiado ao conceito startup. É necessário um gestor, um especialista em finanças, outro em negócios e vendas, outro da área jurídica e um comunicador – seja profissional de marketing, publicidade ou especialista em comunicação corporativa (jornalista ou relações públicas).
Há alguns anos ajudo empreendedores a alavancarem seus negócios, por meio da Comunicação 360º, com foco na informação. Com modelos corretos de planos comunicacionais é possível que o “startupeiro” atraia a atenção de investidores, públicos-alvo, parceiros, formadores de opinião e da sociedade.
Baseado em experiências (erros e acertos), posso dizer que um plano de comunicação para ajudar a alavancar startup não utiliza o modelo tradicional, muito comum em empresas mais antigas. Geralmente, estes não levavam em consideração a rapidez e dinamismo das informações nos dias atuais e não ponderavam flexibilidade com os consumidores/clientes, alvos do produto oferecido pela startup.
É vital identificar os principais pontos de seu modelo de negócio, antes de falar em comunicação. Isso porque os planos podem conduzir sua startup para diversos caminhos – dependerá, ainda, do perfil dos sócios, caso tenha. Após verificar a estrutura, produto/serviço e canais de escoamento, é hora de conversar com quem entende de planejamento de comunicação.
O próximo passo está relacionado à imagem institucional da sua empresa.
Como quer ser conhecido no mercado? Uma boa apresentação impressionará seus clientes. Esse é um fator que muitos novos empreendedores – principalmente os gestores de startups esquecem-se e pecam na hora de comunicar.
E os sócios, qual é o perfil de cada um? Fundamental saber quem é bom e em qual área da empresa poderá atuar diretamente. Quem tem maior facilidade e conhece bem o negócio para falar com a imprensa? E quem será o responsável pela busca dos colaboradores, parceiros, fornecedores? Haverá um profissional que se apresente compatível a posição de “Relações Internacionais”? Pense nisso, é importante começar com os dois pés no chão.
Já, sobre investidores, eles podem chegar por vários caminhos. Uma ferramenta amplamente difundida para a comunicação com formadores de opinião é a imprensa. Muitos clientes também chegam através da exposição nas mais variadas mídias. Além disso, essas ações fortalecem a imagem institucional da marca ou produtos e geram visibilidade. Onde estão seus potenciais financiadores e clientes?
Aqui vão algumas sugestões práticas para gestores de startup que querem empreender com organização e eficiência na comunicação em sua volta:
1 – Pesquisa de mercado e conceito da marca. É importante conhecer a visão, missão e valores de sua empresa. Ainda não estão colocando na prática conceitos que acreditam? Esta é a primeira parte do trabalho na comunicação institucional. Criação de processos para gerar contatos eficientes com investidores, parceiros ou profissionais do setor. Quem é referência para você no campo em que atua?
2 – Planejamentos ligam gestão à comunicação. Para atingir metas é importante analisar: onde estou? E onde posso chegar? Essa é a hora de iniciar a criação de uma identidade unificada para a empresa. Como faz apresentação dos produtos e serviços? E os perfis dos porta-vozes? Qual será a linguagem do site e outros canais de comunicação? Haverá estudos de mercado? O próximo passo relaciona-se com a criação de planos de comunicação e gestão – para o ano em questão e, no máximo, um plano ousado para o ano seguinte. Isso porque Startups são dinâmicas e precisam de flexibilidade para atender aos mercados, garantindo aos empreendedores e investidores sucesso nos mercados de atuação;
3 – Gestão e relações institucionais via imprensa. Escolhido os canais, o tipo de comunicação e os objetivos, é hora de iniciar as ações de comunicação mais abertas e direcionadas aos diversos púbicos, planejados pelos consultores/assessores e os gestores das empresas. Já é possível comunicar à sociedade, aos mercados, aos parceiros e, principalmente, aos formadores de opinião de massa – os jornalistas.
Um importante ator nas estratégias de institucionais de startups é a assessoria de imprensa. A consultoria é realizada por jornalistas e relações públicas que com bons relacionamentos e networking junto a formadores de opinião nas diversas redações jornalísticas do país. São profissionais que conhecem os perfis dos jornalistas e outros formadores das redações, acompanham os movimentos sociais e auxiliam os profissionais de comunicação a identificarem tendência, novidades e temas que gerem valores ao país e aos seus mercados. A exposição opinativa nas diversas mídias (jornais, internet, TVs e rádio) tende a atrair a atenção de investidores, clientes e impressões na opinião pública/privada para empreendedores e seus negócios e produtos;
4 – Ampliação de mercados e novos negócios. Estabelecidos no mercado, hora de criar uma cultura de informação e notícias dentro do empreendimento, fazendo com que as relações institucionais e públicas estejam impecáveis para os públicos conquistados, por meio da comunicação social. É através dessas “medidas” que terá a oportunidade de receber feedbacks espontâneos sobre a atuação da empresa no mercado, se informar sobre concorrentes e terá mais chances de conseguir espaços disputados na imprensa que cobre empreendedorismo. [Webinsider]
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Thiago Ermano
Thiago Ermano é jornalista da Anunciattho Comunicação, especializada em comunicação corporativa para startups.
Uma resposta
A pesquisa de mercado é o ponto mais importante, o problema é que muitas startups pulam esse processo.
@Eduzinho, obrigado por me indicar esse artigo.