Os líderes, os gestores e o marketing pessoal

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É muito comum nas organizações brasileiras alguns funcionários serem promovidos a cargos gerenciais e, imediatamente, incorporarem em suas personalidades certa arrogância no tratamento a seus antigos companheiros de equipe.

Isso acontece por diversos motivos, tanto de ordem pessoal, quanto cultural e até profissional.

Os motivos de ordem pessoal dizem respeito somente à pessoa promovida, embora isso traga reflexos negativos no relacionamento com a equipe.

No âmbito cultural pode-se dizer que, nas sociedades ocidentais, existe grande diferença de status sócio-econômico entre gerentes e subordinados e, de certa forma, isso tem levado pessoas a se considerarem “superiores”.

Porém, cabe-nos analisar aqui apenas o aspecto profissional da prepotência dessas pessoas ao serem promovidas a cargos de chefia.  A maior parte da culpa não é da pessoa, mas das empresas que confundem habilidades técnicas com habilidades humanas.

O erro que a maioria das organizações comete é promover um funcionário tecnicamente bom para um cargo de liderança, o qual se exige muito mais habilidades humanas do que técnicas.

Dessa forma muitos colaboradores recém-promovidos acreditam que, para exercer o papel de líder, é necessário ostentar atitudes hostis.  Isto é, muitos desses funcionários não desenvolveram habilidades humanas para exercerem cargo de liderança e, por esse motivo, não sabem lidar com as pessoas sob o seu comando.

Diante disso, cabe-nos orientá-los para a importância de cultivar a sensibilidade em relação à dignidade e aos valores pessoais. Pois, as organizações vencedoras valorizam o trabalhador da inteligência e não aquele que vai a reboque de imagens fabricadas.

Cabe aqui um alerta a essas pessoas: projete uma imagem profissional sustentada pelos exemplos dos seus antigos mentores. Ou seja, responsabilidade, determinação, magnetismo, humildade, naturalidade, competências emocionais e disponibilidade. Serão estes atributos que construirão a marca de um gestor de sucesso.

Portanto, se você é um gerente, um encarregado ou um supervisor recém-promovido que não desenvolveu habilidades humanas para saber lidar com as pessoas na sua empresa, adote as seguintes posturas a partir de agora:

  1. Afaste a ideia de ganhar poder no escritório, inclinando-se para trás ou rodando na cadeira quando receber um membro da equipe na sua sala. Adote logo de início uma postura de exemplo e – principalmente – aprenda a ouvir seus colaboradores.
  2. Construa uma imagem de credibilidade e profissionalismo recorrendo diariamente ao seu consultor espelho de corpo inteiro, vestindo-se sem exageros para o sucesso e veja a si mesmo profissionalizar-se.
  3. Arrume sua área de trabalho e reflita nela a imagem da sua marca pessoal.
  4. Coloque diariamente um ar acessível às pessoas e se entregue a atitudes positivas como a escuta ativa e o aconselhamento pessoal aos membros da sua equipe – quando for solicitado.

[Webinsider]

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Julio Cesar Santos (@profi59) é professor, consultor e palestrante. Autor do livro: “Qualidade no Atendimento ao Cliente” e coautor de "Trabalho e Vida Pessoal - 50 Contos Selecionados". Blog: Profigestão.

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