O meu departamento não funciona se eu não ficar em cima…
A equipe que lidero não faz nada sem as minhas ordens…
A minha empresa depende totalmente de mim…
Os meus concorrentes não descansam…
Você já deve ter ouvido isso. Ou quem sabe, esse pode ser o seu pensamento agora. Não é?
Antes de tudo, esse não vai ser um texto piegas de autoajuda, mas sim a visão de quem preza muito a qualidade de vida no trabalho para assim produzir com mais relevância.
Mas a minha postura profissional nem sempre foi essa. E no começo da minha carreira na década passada, era comum virar noites, era regra não ter finais de semana e tampouco qualquer vida social. 12, 14 horas por dia na frente de um computador. E eu me achava o máximo por isso.
Entretanto, o tempo trabalhado nem sempre é sinônimo de produtividade e muito menos de excelência. E essa rotina desgastante, e até mesmo irritante, cobrou seu preço – que por sorte foi muito baixo – tive uma pequena crise de pânico no meio da Rodovia Anchieta em SP.
Todavia, não ficarei no “eu” – quem quiser saber mais sobre essa história pode ler aqui -, vamos focar no que é preciso e possível fazer para reverter a situação e equilibrar a nossa carreira.
E o principal conceito é esse mesmo, o equilíbrio.
O não é muito importante
Seja pela necessidade de pagar as contas, por querermos resolver tudo ou até mesmo para fazermos favores, a nossa tendência é dizer sim quase sempre. E isso é uma das coisas mais prejudiciais para a carreira.
Mais vale um projeto bem feito, excelente do que três ou quatro meia-boca. Em curto prazo, essa prática pode até ser “interessante” em termos financeiros, mas se pensarmos na nossa marca, na percepção do nosso nome pelo mercado, vale demais investir tempo e conhecimento em negócios relevantes.
E dizer um “não” coerente é muito mais honesto e digno do que se comprometer e nunca cumprir.
Lazer e descanso também são investimentos na qualidade profissional
Ainda não conheci ninguém que consegue produzir com qualidade em uma frequência frenética. Então a ponderação entre a tríade trabalho-lazer-descanso é, sim, uma boa prática que pode ajudar a liberar todos os nossos potenciais criativos.
Produzir não é somente criar e desenvolver. É saber refletir e mesmo inundar-se de imaginações. É um planejamento preconcepção.
O ócio, tão combatido, é importante para darmos um reset no nosso cérebro e conseguirmos pensar sob novas óticas e traçar diversas perspectivas para solucionar problemas ou simplesmente inovar.
O trabalho pode até ser mecânico, mas nós nunca podemos nos tornar mecanicistas. O lado humano, as emoções são muito importantes.
O seu trabalho não pode custar a sua vida
Vejo pessoas que literalmente se arrastam para os seus serviços ou que fazem suas tarefas com apatia. Mesmo aquelas que ganham bem ou têm bom “status”. Péssimo.
Quando se perde o tesão de atuar é hora de rever a carreira e avaliar se não é melhor mudar.
A não ser que seja uma tara masoquista, sofrer durante anos e mais anos estraga qualquer bom estado de espírito. Então, surge a pergunta é: não será esse sofrimento opcional?
Lógico: todas as mudanças desgastam. Sair da zona de conforto é difícil, todavia, quanto vale a sua vida, o seu bem estar e o seu equilíbrio como indivíduo?
Assim, instigando a sua reflexão, termino esse artigo com a frase-clichê, mas muito verdadeira: qualidade de vida não tem preço.
Vamos juntos nessa?
Até mais!
PS. já tive amigos e conhecidos que morreram muito jovens em decorrência de estresse e depressão.
[Webinsider]
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Leia também:
- Qualidade de vida no trabalho é estratégia competitiva
- Os líderes e os negócios precisam ser mais flexíveis
- Aplique qualidade total na sua empresa e na sua carreira
- Vamos trabalhar menos e com satisfação?
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Eduardo Kasse
Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.
Uma resposta
Você tem toda razão, e digo mais: não se matem de trabalhar pensando em guardar dinheiro, se aposentar e aí então fazer a viagem dos sonhos. Mesmo que você não tenha o tal piripaque, outras coisas podem acontecer – crise financeira, doença impeditiva ou até mesmo ter que tomar conta do adorável netinho. Equilibrar trabalho, descanso e lazer é a fórmula perfeita.