A rede social é inerente ao ser humano, que é por sua essência um ser social e, consequentemente, um ser “rede”. Em nossa vida, independente da internet e dos computadores, possuímos círculos de amizades, família, amigos, seguimos os hábitos de algumas pessoas e somos seguidos por outras. Curtimos algumas coisas e não curtimos outras. O que vem acontecendo ultimamente, com o advento de determinadas mídias como o Facebook e o Twitter, é que estamos fazendo isso digitalmente (também).
As interações alcançaram amplitudes nunca antes vistas, principalmente quando consideramos a abrangência e a velocidade com que a informação percorre a rede. Facilmente, interagimos com pessoas em outros continentes do planeta, com pessoas que nunca vimos e que, de certa forma, agem com certo poder de influência em nossas vidas. Pesquisas realizadas mostram que mais da metade dos consumidores preferem opiniões de outros consumidores às informações fornecidas pelo fabricante, quando estão decidindo por adquirir determinado produto ou serviço.
Outro fator impactante das mídias sociais está no volume de produção de informação. Enquanto que, em tempos não muito remotos, estabelecia-se uma relação unilateral (empresas e canais de informação promoviam as informações), no qual os consumidores participavam como atores passivos do processo (somente leitores). Hoje, o consumidor é também o produtor de conteúdo e influenciador do processo. E isso não se dá apenas nos mecanismos de compra. A influência pulverizada e disponibilizada a todos propicia uma maior discussão de temas e processos, possibilitando movimentos nunca antes imaginados (veja o caso do Egito – http://idgnow.uol.com.br/internet/2011/02/14/como-o-facebook-e-o-twitter-derrubaram-o-presidente-do-egito/).
Muito bem, vamos transpor isso para os ambientes corporativos. Para muitas pessoas e empresas, parece que as mídias sociais são apenas para escrever bobagens e estabelecer relacionamentos pessoais, familiares ou outros meramente particulares. Porém, há muitas empresas que, conectadas nas transformações que esses ambientes trouxeram para a vida das pessoas, começam a trazer esses conceitos para o âmbito empresarial, promovendo interações profissionais e melhora em seus processos produtivos. É o que muitos chamam de “Social Business” ou “Mídias Sociais Corporativas”. Li uma matéria muito interessante sobre a Sky (Operadora de TV por assinatura), que está utilizando a plataforma do Twitter como um sistema para a gravação de programas de forma remota (http://www.midiatismo.com.br/midias-sociais/sky-traz-um-sentido-completamente-novo-para-as-hashtags-do-twitter). Isso é avanço! Algumas empresas trazem para o seu ambiente corporativo ferramentas sociais de participação e colaboração, fazendo com que a empresa se torne uma grande seara colaborativa, melhorando processos e aumentando a produtividade, além de criar um ambiente onde as pessoas efetivamente fazem parte dos processos, opinando, sugerindo e promovendo as mudanças.
Esses dias uma amiga minha no Facebook escreveu em seu status: “Vendo TV”. Eu, então, fiz o seguinte comentário: “Está vendendo a TV por quanto?”. Ela ficou chateada comigo. Pode?
Participar de mídias sociais dá trabalho. São muitas atualizações e muita leitura a se fazer. Um olhar crítico é coisa que se constrói no dia a dia, afinal de contas agora você deixou de ser um mero espectador do processo e passou a fazer parte dele, ativamente, contundentemente, se desejar. Estamos vivenciando a era da influência e da reputação e empresas utilizam ferramentas de análise de mídias sociais baseadas em conceitos como esses. Um exemplo é o Klout (http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/05/o-que-e-klout-e-como-calcular-sua-influencia.html), que estabelece uma pontuação conforme o seu nível de participação nas mídias sociais. San Fiorela sofreu os efeitos do Klout na pele (http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/o-que-e-o-klout-e-como-ele-pode-influenciar-sua-carreira).
Ficou curioso sobre como seria sua pontuação ou como anda o seu nível de influência? Sim? É fácil monitorar e incrementar esses índices. Não? Tudo bem, você sempre pode “estar vendo TV”.
Até a próxima. [Webinsider]
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João Batista Pereira da Silva
João Batista Pereira da Silva (@jbfloripa) é webmaster da Celesc Distribuição S.A., atua no desenvolvimento e implantação de portais corporativos e sistemas de informação em ambientes de intranet e internet. Site: www.jbfloripa.com.br.
Uma resposta
Assisti em 2012, em um evento na Suíça, uma excelente palestra relacionada ao título do artigo, chamada From Gutenberg to Zuckerberg. Recomendo http://videos.liftconference.com/video/4622173/perspective-on-information