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“Eu acredito que com o tempo, vamos alcançar um ponto onde vamos merecer viver livres do governo.”

Jorge Luis Borges (escritor – 1899 – 1986), em O Relatório de Brodie

Ciberativismo é o uso dos meios de comunicação digital como principal veículo dos cidadãos para reclamar seus direitos, convocar passeatas, registrar protestos e divulgar notícias sobre as causas geradoras de suas insatisfações.

Com alto grau de emoção e de espontaneidade, esta nova forma de ativismo político é fenômeno possível devido ao crescimento e capilaridade das tecnologias de comunicação, em especial da internet e das tecnologias móveis.

Ciberpunks, hackers, estudantes e nerds conectados configuram a “massa virtual inicial” dentro das redes sociais, a qual coloca em evidência uma ou mais causas políticas. A faísca inicial que irá incendiar todo o palheiro.

Os ciberativistas sabem entretanto que ações virtuais possuem pouco ou nenhum efeito sobre as estruturas “concretas” de poder. Neste sentido, pode-se dizer que um dos objetivos do ciberativismo é a materialização de perfis virtuais em pessoas de carne e osso, capazes de juntas, nas ruas e espaços públicos das cidades, lutarem por seus direitos e suas causas.

Seattle, Atenas, Egito, Tunísia, Nova York, Oakland, Madri, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, a lista continua. O ciberativismo global certamente nos levará para uma causa única: a construção de uma sociedade justa e igualitária, onde todos tenham direito a uma vida digna, com trabalho, educação e saúde de qualidade.

#ogiganteacordou #vemprarua [Webinsider]

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Ricardo Murer é graduado em Ciências da Computação (USP) e mestre em Comunicação (USP). Especialista em estratégia digital e novas tecnologias. Mantém o Twitter @rdmurer.

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