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O próximo ano marcará um ponto de virada na publicidade digital. Segundo estimativa publicada na semana passada pela consultoria eMarketer, o volume de dinheiro investido em marketing na plataforma desktop nos Estados Unidos atingirá seu pico em 2014, assumindo trajetória de queda depois disso pela primeira vez na história. As propagandas mobile, por sua vez, experimentarão uma explosão no período, chegando bem perto do desktop daqui a apenas quatro anos.

Segundo a pesquisa, o investimento em publicidade digital crescerá 14% este ano, chegando quase a US$ 34,3 bilhões. Mas grande parte desse avanço se dará graças aos dispositivos móveis, que registrarão alta de 75%, alcançando US$ 7,65 bilhões nos EUA. Enquanto isso, o marketing no meio desktop aumentará menos de 6%.

Do fim deste ano ao fim de 2017, espera-se que a publicidade em celulares e tablets mais do que triplique, saltando para US$ 27,98 bilhões no mercado americano. Para efeito de comparação, isso equivale a mais que o dobro do valor de mercado atual da gigante do vídeo on-demand Netflix (cerca de US$ 12 bilhões no fim de março).

Naquele mesmo ano, a previsão da eMarketer é que a publicidade desktop será de US$ 32,5 bilhões, somente US$ 2,5 bilhões à frente do mobile. A pesquisa não diz, mas é fácil concluir que 2018 será o ano de outro ponto de virada, esse ainda mais simbólico: aquele em que as propagandas em aparelhos móveis superarão às do velho desktop. Se a expectativa se confirmar, essa mudança de paradigma ocorrerá 23 anos depois de a internet comercial ter sido lançada nos EUA e 11 após Steve Jobs provocar uma hecatombe no mercado da mobilidade com o primeiro iPhone.

A transformação não é obra do acaso e reflete a mudança profunda por que passa a indústria da tecnologia – a mesma que provoca desespero em Microsoft, Intel e HP, que tentam desesperadamente pular do barco dos PCs enquanto ele naufraga. A verdade é que o computador desktop está fadado à extinção. Levantamento da firma de pesquisas IDC divulgado em março prevê que, entre 2012 e 2017, as vendas globais de tablet avançarão impressionantes 174,5% e as de smartphones, 110%. A comercialização de PCs, por seu turno, encolherá 5% nesse intervalo. Como resultado, ainda segunda a IDC, os smartphones deterão 67% do market share de unidades vendidas daqui a quatro anos, contra apenas 6% do PC desktop.

A proliferação de anúncios em celulares e tablets (e em qualquer outra bugiganga portátil que tome de assalto o mercado nos próximos anos, seja ela relógio ou óculos inteligentes) fica clara na expectativa de publicidade nas redes sociais mais quentes do mercado. A julgar pelos números, o diretor executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, não recorreu à bravata quando disse, no ano passado, que sua meta era provar que a plataforma é capaz de fazer dinheiro no celular.

A eMarketer calcula que os gastos com publicidade móvel no Facebook vão praticamente triplicar este ano, chegando a US$ 1,14 bilhão. Em 2015, a cifra deve atingir US$ 1,93 bilhão, ou 48% de toda a receita publicitária da rede social naquele ano – em 2012, a proporção foi de insignificantes 18%.

Mas quem procura prodígios na captação via marketing mobile deve olhar para a façanha do Twitter. O microblog de Jack Dorsey já fatura hoje mais com propagandas móveis do que por desktop. A proporção em 2012 foi de 52%, com US$ 135 milhões obtidos em celulares e tablets. Em 2015, espera-se que a receita mobile represente quase dois terços do faturamento, atingindo US$ 627 milhões. [Webinsider]

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Guilherme Mamede, CEO da Melt DSP.

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