O Mapa Mental é um recurso que canaliza a criatividade, porque utiliza todas as habilidades a ela relacionadas, sobretudo “a imaginação, a associação de ideias e a flexibilidade”
BUZAN, 1996, p.174
Já havia tido experiência com os mapas mentais ou mind maps ainda na faculdade, porém, foi durante a minha especialização em ergonomia que passei a dar mais “valor” a este método de gerenciamento de informação.
Frente a alguns projetos de TI, dois tipos de comportamento foram comumente percebidos durante a análise de negócio; a falta ou o excesso de informação, que era transmitida pelo cliente de maneira desordenada e até mesmo equivocada. E sem dúvidas, este problema se faz presente em outros cenários.
Como o futuro de um projeto (e de muitas outras coisas na vida) depende da boa comunicação, senti uma forte necessidade de dispor de recursos que me permitissem aumentar a produtividade das reuniões, extraindo/levantando requisitos com maior precisão e segurança para posteriormente mapear os sistemas de informação e suas funcionalidades. Foi neste momento, que introduzi os mapas mentais na minha rotina de trabalho.
Trazer os mind maps para esta fase de concepção é uma experiência altamente recomendável, seja pelo caráter puramente conceitual e colaborativo dos mapas, permitindo maior envolvimento do cliente que, por sua vez, sente que encontrou um meio didático para comunicar as suas ideias com maior visibilidade e praticidade, ou, seja pelo apelo visual e falta de linearidade, que corresponde exatamente a estrutura que a nossa memória apresenta, respeitando nossos modelos mentais. Sendo assim, os mapas conferem maior dinamismo aos processos que diariamente precisamos elucidar.
Atualmente existem muitos softwares no mercado que nos permitem a construção dos mapas de forma rápida, eficaz e profissional, como o XMind, Freemind, MindMeister etc. Entretanto, mapas mais simplistas podem ser elaborados como sketches, no papel. O importante é gerar ideias, captar pensamentos e se prontificar a exibir as relações e conexões entre os tópicos expostos.
Veja este exemplo que construí no XMind orientada pelos critérios de elaboração dos mapas mentais:
Sendo assim, para construir um mapa mental você deve:
- Identificar o assunto/tema a ser discutido e o colocá-lo como ponto central do mapa. Desta forma nosso cérebro sente-se livre para irradiar as ideias para todos os lados.
- Realizar um brainstorming junto aos stakeholders e levantar os principais tópicos que cercam o tema central. Cada tópico diz respeito a uma ramificação do tema. Logo, procure desmembrar e ligar as ramificações umas às outras, pois o cérebro trabalha através das associações. Procure escolher linhas curvas às retas, pois formas orgânicas são visualmente mais atraentes.
- Utilizar cores, símbolos, ícones, gráficos ou mnemônicos no lugar de textos. As cores estimulam o pensamento e as imagens viabilizam as redes de associações, a concentração, o foco no tema abordado, a criatividade e memorização.
- Utilizar, se possível, uma palavra-chave por linha. Palavras únicas agregam mais valor ao mapa, pois incitam, a partir dali, o aparecimento de uma nova rede de associações e conexões.
Entretanto, apesar das recomendações acima, é muito mais fácil para um profissional da área de TI, por exemplo, chegar em um mapa como este:
A razão é a natureza e complexidade dos produtos/serviços que estão sendo esboçados e a finalidade pela qual o mapa está sendo adotado no projeto; para especificação dos requisitos apurados durante o brainstorm.
Independente disto, aplicada esta técnica, o profissional responsável por conduzir este tipo de reunião, terá a insumo para nortear desde um documento de visão, uma proposta comercial, soluções de arquitetura de software, de informação, enfim, qualquer documentação ou artefato que demandar uma visibilidade macro do contexto de operação da ferramenta.
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[Webinsider]
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Danielle Moscatelli
Danielle Moscatelli (@danimoscatelli) é UX Planner, consultora em Ergonomia de Softwares e Sistemas Web e mantém o site www.danimoscatelli.wordpress.com.