O que está por trás desse conceito é que, ao optar pela decisão A, você atingirá o benefício X. Porém, você pode fazer outras escolhas e, portanto, alcançar outros benefícios – ao invés do resultado X que A lhee assegura. Cabe a cada um analisar quais são as atitudes que trazem os melhores resultados e, em especial, a ação cujo custo de oportunidade de realizá-la é menor em termos de abrir mão de outros benefícios possíveis.
Um exemplo prático: quando você contrata um financiamento imobiliário para ter sua casa própria, você está destinando parte de sua renda para a quitação dos débitos por um determinado período de tempo. Este recurso poderia ter outro direcionamento como, desfrutar da taxa de juros do mercado mediante investimentos em fundos de renda fixa.
Nesse caso, você está abrindo mão da sua casa própria no presente para engordar seu patrimônio mediante aplicações financeiras. A taxa de juros que você vai receber em decorrência do empréstimo que você concederá aos agentes deficitários que estão necessitando de recursos será o seu prêmio pela indisponibilidade temporária dos seus recursos.
Vejamos o caso dos agentes econômicos: decisões são tomadas mediante análise das variáveis econômicas. Por exemplo, quando há uma nítida tendência de inflação, especialmente no Brasil, logo surge uma expectativa de elevação dos juros básicos para encarecer a moeda e, dessa forma, inibir o consumo das pessoas. Porém, o Banco Central não atinge apenas o seu alvo, já que há enormes prejuízos para diversos segmentos da economia quando da utilização da taxa básica como “medicamento”.
Em outras palavras, a autoridade monetária oferece o “remédio”, mas os efeitos colaterais – ou o custo de oportunidade – são inevitáveis. A decisão por “medicar” o paciente passa por uma série de considerações: é melhor tolerar a inflação no sentido de não prejudicar os investimentos e o consumo com juros maiores ou é mais recomendável aplicar o remédio e arcar com o custo de oportunidade de ceifar o crescimento da economia?
No Brasil temos que tolerar o custo de oportunidade do desinteresse do governo em promover melhorias na infraestrutura no sentido de estimular o setor produtivo a expandir a oferta. Dessa forma, só resta atacar a inflação pelo lado do consumo, encarecendo a moeda para que as pessoas inibam suas compras. Em tudo que fazemos há um custo de oportunidade. [Webinsider]
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Artur Salles Lisboa de Oliveira
Artur Salles Lisboa de Oliveira é especialista em Escrita Criativa pela Universidade da California Berkeley. Twitter @artur_slo.