As 10 maiores redes do Brasil e como lidar com elas

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O site emarketer.com apresentou um ranking das Top 10 redes sociais no Brasil, classificadas por marketing share de visitas no mês de outubro de 2013.

Na chamada da reportagem, o destaque era para a rede Badoo, que, com esta metodologia, aparece em terceiro no ranking. Porém, existem pontos mais interessantes a serem observados pelos profissionais de mídias sociais.

Vamos analisar:

top 10 social networks

O Badoo

O Badoo estar em terceiro lugar não é apenas interessante, mas muito esquisito.

Quem conhece alguém que esteja no Badoo? Alguém pelo menos já viu que cara tem o Badoo? Eu não.

Sei que eles trabalham com spam, porque já recebi vários, e a minha mãe já me perguntou por que os amigos dela estão todos enviando mensagens pelo Badoo.

Expliquei para a minha mãe que o Badoo utiliza uma técnica chamada contact scraping, que é basicamente obter acesso a contas de e-mails de usuários e utilizá-las para fins de marketing.

A pessoa clica sem querer (ou sem entender) em um link, e pronto. Tem um perfil criado sem autorização na rede social e seu e-mail é utilizado indevidamente para convidar amigos.

Mas tudo aí entra em uma área cinza da legalidade. Para todos os efeitos, esse tipo de ação depende de um clique, então o site pode argumentar que, em algum momento, o usuário autorizou o acesso aos seus dados. Se fez isso de forma consciente ou não, problema dele. Clicou, tá clicado.

E este não é apenas um problema do Brasil. A rede Badoo pertence a uma companhia russa com sede na República de Cyprus, uma ilha no Mar Mediterrâneo, e está presente em mais de 180 países, com inúmeras reclamações de mau uso de dados e invasão de privacidade, como denunciado na matéria do The Telegraph.

De maneira que, o Badoo pode crescer na taxa que escolher, vai continuar para sempre sendo uma rede sem engajamento, irrelevante para corporações.

Ok, ignorando o Badoo, o que resta de interessante no ranking de acessos?

aceitacao

Google+

O Google+ está ganhando por muito pouco do Orkut, com 1,15 versus 0,97% de marketing share. Isso é fantástico.

Apesar de o Google ter um pouco mais de classe do que o Badoo, está no mesmo nível de cara de pau para tentar forçar novos usuários a popular a sua rede social.

A maioria das pessoas está no Google+ sem saber direito como chegou ali. Ou tinha uma conta do Google que, de repente, virou plus, ou foi forçado a criar uma conta para poder usar algum serviço.

Ontem mesmo fui criar um Gmail para uma cliente e reparei que o processo não necessariamente exigia a criação de um perfil no Plus, mas guiava e indicava o preenchimento do formulário, sem indicar com clareza que eram coisas “separadas”.

Na guerra das redes sociais vale tudo, e mesmo o Google não tendo enviado e-mails em nosso nome até agora, já começou a forçar a barra sem constrangimento.

Aliás, cabe lembrar as mudanças no algoritmo de pesquisa, que passou a valorizar os sites integrados com o Google+ e o seu sistema de autoria. É chocante ver um buscador que sempre trabalhou para entregar resultados “sérios” e relevantes simplesmente constranger empresas e sites a usar a sua rede social, sob pena de caírem nas buscas? É. Ter esse poder e não usar seria burrice? Talvez.

Negócios são negócios e quem pode mais chora menos.

Mas o ranking de acessos mostra que nem o todo poderoso Google consegue com facilidade tudo o que quer. Ele conseguiu nos fazer perfis na sua rede social, mas isso não quer dizer que vamos acessar e brincar com ela. O market share do Google+ está 0,18 pontos percentuais acima do Orkut! O velho, zoado e abandonado Orkut está valendo tanto a pena como canal de comunicação com o cliente quanto o Plus! Genial.

Claro que o Google está longe de desistir da batalha, e, inclusive, pretende usar o YouTube a seu favor. Publique um vídeo em seu canal do YouTube e preste atenção: se você não impedir, ele será automaticamente divulgado em sua conta do Google+.

Claro que não acredito que as empresas devem investir no Orkut, uma rede abandonada pelos desenvolvedores e que não recebe mais investimentos há anos, mas investir pesado no Plus ainda não vai trazer resultados.

É necessário sim estar presente, até porque mais cedo ou mais tarde o Google vai dar um jeito de fazer a rede emplacar de alguma maneira e precisamos estar preparados (além de toda a questão da relevância e indexação), mas, a não ser que o seu público seja ultra descolado, early adopters, trend setters, etc, ele não vai ler o que a sua empresa escrever no Google+ AGORA.

Twitter

Depois da febre, o Twitter morreu no Brasil. Pode jogar terra em cima e o último que sair apague a luz, por favor. Simples assim. Até o Yahoo Answers está com mais moral que o Twitter.

As pessoas que sobraram no Twitter são: profissionais de mídias sociais, alguns jornalistas que seguem vários veículos de notícias como uma espécie de clipping, e adolescentes. Adolescentes são interessantes. Ninguém acreditou que eles ficariam por ali porque teoricamente a natureza sem imagens desta rede não é atrativa para a geração ego-shot, mas eles estão, firmes e fortes.

Um dos motivos é a aproximação com os ídolos. Músicos e atores alimentam seus perfis com opiniões e fofocas, e o Twitter ainda é a forma de aproximação mais forte entre estas pontas. As hashtags mais comentadas todos os dias envolvem disputas entre fãs de cantoras pop, jogadores de futebol, ou comentários sobre novelas.

Mesmo assim, ainda é necessário estar no Twitter. Mesmo que a sua empresa não fale diretamente com adolescentes, a presença na rede é importante para gestão de crise, porque curiosamente pessoas indignadas gostam de xingar muito no Twitter, mesmo que não usem mais Twitter há meses.

Linkedin

Sobre o Linkedin ter performado de forma fraca nesta avaliação, é compreensível. Mesmo em último lugar no share de acessos, o Linkedin mantém a sua relevância na busca de empregos, especialmente nas áreas de comunicação, TI, marketing e negócios.

Empregos vêm e vão e os profissionais em busca de oportunidade acessam seus perfis. Quando conquistam uma nova colocação abandonam a rede até sentirem-se interessados novamente em saber o que o mercado tem a oferecer.

Pode ser um canal interessante para divulgar cursos e eventos – além, claro, de vagas – mas as pessoas que estão conectadas a um perfil corporativo no Linkedin têm interesse de trabalhar, ou já trabalham com esta empresa. Não tente falar com o consumidor final aí.

A conclusão desse ranking é que, depois do Facebook e You Tube, as outras redes estão muito próximas sendo pouco acessadas, mas isso não quer dizer que não tenham relevância.

Todos os negócios precisam estar presentes no Facebook, mas dependendo da natureza de cada um podem estar presentes também nas outras redes. A beleza está em saber reconhecer quando o trabalho de manter uma rede compensa o seu retorno em interação com o público, e isso envolve interpretar os dados, e não apenas ler as pesquisas. Se não, vamos todos acabar investindo no Badoo. [Webinsider]

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Avatar de Ana Reczek

Ana Reczek é especialista em marketing digital na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo e autora do São Paulo para iniciantes.

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Uma resposta

  1. A cada dia percebemos que as pessoas estão mais conectadas as redes sociais, não importa a idade. Como faço negócios através de rede social, sempre busca algum canal novo para encontrar meus potenciais clientes, e em um dessas pesquisas encontrei uma rede social Brasileira que lembra o Orkut. Porem posso afirma que com diferenciais que vale apena se atentar. lá você pode se conectar com seus amigos criar um engajamento e gerar moedas de ouro para serem utilizadas em estabelecimentos ou fazer comprar com descontos e se você tem um estabelecimento você realiza sua publicidade para o publico alvo. para quem quiser conhecer o site é:
    http://www.wiboo.com.br muitos já estão migrando para esta rede social, que já está virando uma febre.

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