Escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho é o resumo do projeto de vida de muita gente. No entanto, com o avanço das tecnologias, encontrar uma árvore para plantar e ter um filho ficaram bem mais complicados do que escrever um livro e disponibilizá-lo na internet com um ou dois cliques.
Autores independentes e seus best-sellers multiplicam-se como nunca por todos os lugares. Já existem uns poucos autores que se autopublicaram na Amazon, por exemplo, e alcançaram vendas comparadas aos livros mais vendidos das grandes editoras. Cada vez mais, o acesso direto ao público, ávido por novas histórias através de blogs e redes sociais, possibilita que os novos (e antigos) escritores libertem-se lentamente das editoras e publiquem suas obras de forma independente e com mais liberdade.
Prova de toda essa vontade de ter um livro publicado e contar sua própria história para o mundo é o resultado da Saraiva, que, segundo a livraria, em três dias de lançamento da sua nova plataforma de autopublicação, o “Publique-se”, teve cadastros de quase 4.000 usuários. Plataformas do gênero já existem há algum tempo no país, só que com resultados mais modestos. O CEO Marcílio Pousada destaca como diferencial os 3,4 milhões de clientes ativos da Saraiva online.
Ser tão independente assim, ter o poder de decidir sozinho a melhor construção do texto e o desenho de capa mais adequado sem precisar dar satisfação (ou pagar por isso) a ninguém pode dar muito certo ou muito errado (com maiores chances de dar muito errado). Publicar um livro com qualidade em todos os seus aspectos, envolvendo desde a preparação e revisão do texto, diagramação, criação da capa, registros de direitos autorais até as ferramentas de divulgação é tarefa para gente especializada em cada etapa de todo este processo.
Já pensou num time de futebol que tivesse apenas um jogador para atacar, driblar, cabecear e defender o gol ao mesmo tempo, ao invés de dividir a tarefa entre os outros onze? É mais ou menos isso que acontece com autores independentes se quiserem ser TOTALMENTE independentes.
Você tem toda a liberdade para se autopublicar sem a ajuda de alguém especializado, mas é menos produtivo. Quando trabalhei com Paulo Rolf, dono de uma das maiores agências de propaganda do Rio, sempre o ouvia citar uma das suas frases preferidas: “é preciso dividir para multiplicar o resultado”, ou seja, trabalhar e repartir o trabalho entre equipe e deixar que cada um cuide da sua especialidade produz um resultado muito maior do que tentar fazer tudo sozinho.
Aprendi naquela época que é melhor ganhar 10 por cento de 1000 do que 100 por cento de 10. Faça as contas! [Webinsider]
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Pablo Massolar
Pablo Massolar é especialista em Comunicação Empresarial, Design Gráfico, Marketing Digital, Produção Gráfica e E-commerce. Idealizador e fundador da Publiki.
Uma resposta
Pablo,
Parte do desejo de ser um self-made man (ou woman)vem do arquétipo do herói, mas na prática, algumas vezes descobrimos que não vale a pena assumir o esforço de fazer tudo sozinho.
Um dos motivos mais concretos é o resultado final, que pode ficar amador demais.
Nesse contexto, acredito que outro fator que colabora para esse comportamento dos escritores é o medo de ver seu original publicado como se fosse de outro autor, ou seja: medo de ter sua obra roubada.
Se me permitir, gostaria de compartilhar uma opção para minimizar esse problema, nossa Startup Avctoris, que já foi tema de um post aqui no Webinsider:
http://br74.teste.website/~webins22/2013/12/20/protecao-de-direitos-autorais-via-internet/
Ah, eu fui um dos autores que se cadastrou no “Publique-se”, mas ainda estou avaliando se eu realmente tenho condição técnica de fazer tudo, quanto mais penso, mais tenho certeza que preciso de ajuda profissional: revisão, editoração, organização do material, ilustrações, etc…
Parabéns pelo Artigo!