As ideias estão no pedestal. É comum empresas e profissionais afirmarem exaustivamente que hoje o mercado é fundamentado nelas.
Veja o exemplo da Panasonic, que tem o slogan “Ideas for life” como base de todas as suas campanhas de comunicação.
Os negócios criativos realmente são a bola da vez. E isso é ótimo.
Porém, se avaliarmos racionalmente o mercado, veremos que poucas “ideias” realmente vão para frente. E por que elas dão certo? Por que são as melhores? As mais inovadoras? As mais inusitadas? Nem sempre.
Geralmente, qualquer iniciativa profissional de sucesso depende de um bom planejamento e de um background que a sustente e viabilize.
Ideias não são nada sem ações, sem uma eficiente gestão do conhecimento e, claro, sem as habilidades necessárias para desenvolvê-las e transformá-las em algo, em alguma solução que traga algum valor aplicado e aplicável.
Seja o projeto de um livro, de um aplicativo, ou de um paisagismo, somar e alinhar as ideias aos estudos necessários para fazer surgir algo tangível é primordial.
Assim, como também sou um profissional criativo, pensei numa metodologia que abrangesse um modelo útil. E vi que para transformar as boas ideias em algo interessante é preciso muita F.O.D.A*.
Foco
Antes de começar qualquer projeto, é preciso ter um norte, com objetivos e metas bem definidos, pois sem essa visão, corremos o risco de “atirar para todos os lados” e com isso gastamos tempo, recursos e, acima de tudo, perdemos energia.
Quando o Google foi desenvolvido, seus criadores focaram em um buscador rápido e eficiente. Depois, com o sucesso da ferramenta, eles começaram a expandir a empresa para novos negócios.
Organização
Definido o caminho a ser seguido, é preciso organização. Hoje temos várias distrações e durante o desenvolvimento de projetos podemos cair em um redemoinho perigoso: acrescentar tantos adendos, tantas funcionalidades, tantas coisinhas que o escopo se perde, o foco se perde e todo o planejamento precisa ser refeito. Giramos, giramos e não saímos do lugar.
Já vi bons projetos e ótimas ideias morrerem antes de saírem do papel por causa da organização deficiente. Livros engavetados nos primeiros parágrafos, sistemas mortos com somente uma tela criada…
Desenvolvimento
O desenvolvimento é o processo de transformar as ideias e tudo aquilo que foi planejado em algo. É a manufatura. É quando usamos os nossos conhecimentos, habilidades e expertise para gerar um produto final interessante.
E essa é uma etapa primordial, pois quaisquer desvios podem fazer “desandar o bolo”, aumentando custos, tempo ou mesmo inviabilizando o projeto.
Avaliação
Essa etapa deve ser aplicada em conjunto com o desenvolvimento, para verificar se tudo está nos eixos ou para conseguir corrigir as falhas com o mínimo de desgaste ou prejuízos.
Deve-se avaliar se o que está sendo produzido continua dentro do foco pensado lá no início e se o direcionamento continua correto.
Assim, nesse mundo de ideias abundantes e de tantos profissionais criativos, precisamos colocar mais F.O.D.A. nos nossos trabalhos e assim nos destacarmos em meio a multidão.
Vamos juntos nessa?
Até mais!
* Essa metodologia não “existe” de fato. Eu, como um profissional criativo, tive um insight e a criei para deixar o assunto mais atraente, para apresentar o tema de maneira mais leve e descontraída. Entretanto, as etapas apresentadas são reais, funcionais e fazem parte do meu dia a dia profissional, seja como escritor ou como produtor de conteúdo para empresas. [Webinsider]
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Eduardo Kasse
Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.