Em um mundo cada vez mais dinâmico, as empresas trabalham com um número maior de variáveis, o que exige que os funcionários sejam mais qualificados e melhor resistentes ao stress e às cobranças de seus superiores. Ao mesmo tempo, os empregados sofrem também com aspectos da vida moderna, a exemplo do trânsito exaustivo, da necessidade de cumprir tarefas caseiras, de dar atenção aos filhos e ainda arranjar tempo para fazer cursos.
A administração desse número absurdo de componentes do mundo contemporâneo nem sempre é tarefa fácil, especialmente quando muitos indivíduos trazem consigo heranças do passado que bloqueiam seu desenvolvimento acadêmico e profissional. O coaching executivo e pessoal constitui uma ferramenta importante na construção de um norte pessoal e profissional que conduzam as pessoas para conquistas relevantes em suas vidas.
Não é pretensão daqueles que advogam a favor dos cursos de desenvolvimento pessoal e profissional substituir o sistema educacional na formação dos indivíduos, mas sim de desempenhar um papel complementar visando uma maior qualificação das pessoas para o atendimento das demandas do mercado de trabalho.
Infelizmente, conforme será exposto a seguir, o Brasil apresenta indicadores econômicos bastante fragilizados, que refletem a falta de comprometimento das autoridades com o aprimoramento do sistema educacional brasileiro com reflexos expressivos nas atividades corporativas e na atuação dos empregados.
Dados desanimadores
Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os países que formam os BRICS – e mais a Argentina, incluída na análise – apresentaram as seguintes taxas de investimentos em 2013:
- Brasil (18,6%);
- Argentina (23,4%);
- China (47%);
- Índia (35,1%);
- Rússia (26,2%);
- África do Sul (19,5%).
A partir dos dados acima é possível constatar que o Brasil foi, entre os BRICS mais a Argentina, o país que menos realizou investimentos no sentido de aumentar a sua capacidade produtiva (instalações, máquinas, transportes, infraestrutura, etc.).
Vale salientar que o empecilho para elevar a taxa de investimentos não é meramente uma questão política, mas, sobretudo, de qualidade da mão obra, conforme aponta trabalho realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Segundo o instituto, entre 2000 e 2012, o Brasil apresentou um crescimento econômico real de 29,4%, enquanto a produtividade média do brasileiro no mesmo período teve uma elevação de apenas 19%.
Em 2012, o trabalhador brasileiro produziu, em média, U$ 19.764, enquanto o americano gerou 105 mil dólares e, pasmem, o venezuelano alcançou a marca de U$ 31 mil.
Fatores ligados à produtividade
Falta de gerenciamento. Práticas de gerenciamento ineficientes diminuem a produtividade dentro de uma organização de diversas formas. Quando o administrador não enxerga tais deficiências de forma a tomar atitudes para a implementação de meios mais eficientes de execução de tarefas, os funcionários enfrentam dificuldades em suas atividades diárias. Conseqüentemente, os empregados não se sentem reconhecidos e apoiados e, dessa forma, não se esforçam para explorar plenamente o seu potencial.
Problemas pessoais. Quando alguém está enfrentando questões de ordem pessoal, a tendência natural é que haja prejuízos na produtividade em face ao stress e à pior qualidade do sono. A disposição para o aprendizado diminui, assim como as relações sociais e profissionais tendem também a se deteriorar.
Vale salientar que problemas de concentração podem ser decorrentes de questões momentâneas enfrentadas pelas pessoas ou de situações enraizadas no consciente dos indivíduos cujas origens remetem à infância e à adolescência.
Sistemas desatualizados. É de fácil compreensão. Imagine a empresa A que utiliza meios manuais de realizar o registro de informações, enquanto a companhia B lança mão de um software bastante eficiente para executar a mesma tarefa. É obvio que a segunda terá grande vantagem em relação à primeira, já que não será preciso ocupar trabalhadores por horas para fazer registros escritos do que acontece na corporação; o programa o fará de forma automática. [Webinsider]
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Artur Salles Lisboa de Oliveira
Artur Salles Lisboa de Oliveira é especialista em Escrita Criativa pela Universidade da California Berkeley. Twitter @artur_slo.