A primeira vez que usei o Google Maps ele não passava de um brinquedo caro. Naquela época poucos tinham celulares com GPS e os planos de dados eram ainda mais caros que os comercializados hoje em dia. Como trabalhava com telecom, eu tinha acesso a alguns aparelhos para testes e durante algumas semanas segui a bolinha azul na tela de um BlackBerry.
Não se podia fazer muito além disso. As rotas não existiam e o Street View não aparecia nem nos meus sonhos. Com um serviço tão rudimentar, era difícil acreditar no futuro que os especialistas ilustravam nos artigos sobre tecnologia. Havia todo tipo de especulação. De alertas promocionais por proximidade até buscas realizadas a partir do Google Maps. Tudo que eu conseguia pensar na época quando lia era: — Será?
Ao que tudo indica minha cautela fazia sentido. Nem tudo o que pintaram aconteceu de fato, mas, conforme descrevo neste artigo, o Google Maps é sim um excelente companheiro de viagens nos locais onde os planos de dados são vendidos a preços humanos.
Porém, o que mais tem chamado minha atenção ultimamente é a quantidade de negócios que começam a aparecer no mapa.
Não falo apenas de restaurantes e lugares populares. Hoje uso cada vez mais a busca dentro do próprio aplicativo. Escrevo o tipo de estabelecimento que procuro e mando buscar. E pela quantidade de estabelecimentos que aparecem nos resultados, só posso crer que muita gente tem usado o serviço.
Não me pergunte os detalhes, não sei exatamente como aconteceu, mas esses dias liguei para um estabelecimento a partir da busca tradicional do Google no Android e quando terminei a ligação vi um alerta na página do navegador do celular me perguntando se o número discado era realmente daquele estabelecimento. Que incrível!
O Google está usando a enorme quantidade de pessoas que acessa o sistema para corrigir erros e, dessa forma, ser mais eficiente ainda.
Quando eu era criança lembro do meu pai procurando tudo nas Páginas Amarelas. Alguém ainda faz isso hoje em dia? Aquilo era o mercado. Não estar ali significava não existir.
Na minha época de gerente da Stella Barros Turismo, travei batalhas duras com a área comercial das Páginas Amarelas. Era difícil negociar o preço e não aparecer lá significava vender muito menos.
O serviço foi claramente destruído pela internet e a integração do Maps à busca do Google é uma enorme vantagem competitiva.
Mas não se limite ao Google
Quem tem um negócio ou presta algum tipo de serviço tem que estar presente em todas as redes. Apesar de mais focado no setor de alimentos e bebidas, o Foursquare, por exemplo, é também uma excelente ferramenta. O Facebook, por sua vez, conta com serviço similar e existem inúmeros outras redes menores e com foco específico que usam e abusam da geolocalização.
E o melhor, o cadastro de estabelecimentos é gratuito em quase toda parte. Portanto, se não tem dinheiro para investir em publicidade neste momento, o mínimo que você tem obrigação de fazer é cadastrar seu negócio em toda parte. Comece pelo Google Maps e toda vez que descobrir um novo serviços, inclua os dados da sua empresa lá.
Estabeleça sua presença online ou, se preferir, fique sentado esperando as derradeiras pessoas que ainda utilizam Páginas Amarelas em busca de serviços. [Webinsider]
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