Onde entra o Scrum para auxiliar a AI e a UX

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Hoje eu acordei com vontade de militar sobre métodos ágeis na gerência de projetos que incluem forte presença de AI/UX, como se integram bem, dentro de cenários onde são desenvolvidos projetos de médio e grande porte e com equipes compostas por analistas e desenvolvedores de sistemas.

(Vou sempre me referir AI/UX tomando como premissa que trabalhamos sempre com esse dueto de expertises, ok?).

Eu sei que é um assunto pouco explorado no âmbito da AI/UX, principalmente para aqueles que têm um dia a dia dentro de agencias de publicidade (onde as equipes têm um perfil de comunicação) ou que trabalham em projetos com menor demanda de organização de conteúdo. Por este motivo pode até parecer uma longa conversa sobre sistemas, mas não é. Tenha fé e segue lendo.

No final da leitura, aqueles que não conhecem estarão apaixonados pelos métodos ágeis e serão os primeiros da equipe a apoiar quando adotado em seu ambiente de trabalho. Os que já conhecem vão relembrar os bons momentos que passaram nos Sprints.

Já aviso que meu foco nesta conversa será o Scrum, pois é a única metodologia que tenho vivência, porém não sou especialista. Tudo que vai ler a partir de agora é baseado em vivências de uma arquiteta de informação e UX designer, então se houver termos mais simplistas, paciência. Respirem fundo e vamos lá.

O cenário AI/UX onde o perfil de desenvolvimento é mais forte

Revisando o cenário da arquitetura de informação atual, percebemos que nos receberam muito bem dentro de ambientes onde o desenvolvimento de sistema e suas particularidades eram, até então, a principal preocupação para entregar projetos de sucesso.

E isto não acontece porque somos bonitos e educados e sim porque a informação consistente na internet aumentou (e quando digo consistente quero dizer também relevante e operacional).

Para que estas equipes não percam tempo com questões de conteúdo e informação, focando somente em desenvolver e implantar o sistema por trás da interface, com as soluções tecnológicas mais adequadas ao projeto, as empresas buscam integrar na equipe um profissional que cuide da arquitetura de informação e experiência de usuário.

Existem outros fatores bem expressivos que contribuem para a integração da AI/UX dentro destes times, que vão além do aumento da demanda: novas linguagens de programação e formatação, aumento da inclusão digital, algoritmos do Google prestando muita atenção em conteúdo adequado, concorrência digital crescente, público alvo mais exigente, e por aí vai.

Resumindo a ópera: todos estes acontecimentos mostram a necessidade de buscar soluções diferentes para o cliente, com navegação mais interessante agregando uma experiência positiva.

Nem tudo mudou para melhor

Nem tudo são flores e coraçõezinhos, meu querido leitor. Embora a demanda de projetos digitais no mercado tenha aumentado expressivamente (e a tendência é seguir neste ritmo), a pressa de ver estes projetos finalizados também cresceu de maneira exponencial.

Agora é a corrida para ver quem entrega melhor e em menos tempo, pois o cliente quer o melhor projeto, com todas as fases de construção, isto inclui AI/UX, com prazos de entrega menores.

E o que acontece nesta correria toda? Arestas não aparadas e muitas das coisas que se previa no início do projeto ficam para trás.

Com estes prazos, aumento de demanda e integração de novas tecnologias, como o arquiteto de informação vai conseguir transitar dentro das fases do projeto até sua entrega sem que exista um método oficial para integrar a equipe?
Neste momento entra o mocinho da historia: um método ágil consegue fazer projetos de portais complexos em menos tempo e com qualidade.

Antes, alguns dados interessantes

No blog da IBM eu encontrei uns índices que são muito realistas para a condição de desenvolvimento  de soluções web para grandes portais, sem uma metodologia realista, que agilize os processos:

Eitcha Iris! Vai falar agora de desenvolvimento de sistemas?

A arquitetura de informação não está dentro de um projeto que tem desenvolvimento de sistemas? Aiaiai. Aiaiai!

Vamos lá:

  • 32% são considerados sucesso.
  •  24% são cancelados, engavetados ou nunca utilizados.
  • 44% atrasam, estouram o budget, não atendem as necessidades ou estão cheios de problemas.
  •  20% dos projetos de sucesso têm suas funcionalidades consideradas úteis pelos usuários

Se quiser ver mais este tipo de informação é só entrar no blog da IBM.

Meio óbvio que isto iria acontecer, não é?

Hoje a gente vive num crescente descobrimento tecnológico voltado para a internet. Desta forma fica difícil mensurar, em um modelo de gerenciamento de projeto mais rígido, a complexidade dele como um todo, apenas em algumas reuniões de levantamento de requisitos e imersões. Sem contar que o cliente, que é também um usuário de internet, vê as tecnologias aplicadas em outros sites e  pode solicitar  uma novidade que vai alterar o escopo a qualquer momento.

Logo, projetos de grande porte que são gerenciados de forma mais resistente tem a tendência de apresentar problemas. Neste ponto entra a metodologia ágil para flexibilizar e juntar as equipes para conversarem durante todas as fases e se inteirarem constantemente sobre o que acontece dentro do projeto.

Eu não estou dizendo que esta é a regra. Com certeza existem exceções de grandes projetos web que foram brilhantemente concebidos sem uso de métodos ágeis, mas infelizmente a maioria deles tendem a perder o foco durante seu desenvolvimento.

O Scrum encontra a AI/UX

Eu confesso que há um tempo participei de um projeto que tinha como metodologia ágil o Scrum e sinceramente foi amor à primeira vista, sabe por quê? Porque tem tudo a ver com nossos ideais e formatos de estudo.

Como assim, Iris?  Calma, confuso leitor. Vou explicar neste longo, lindo e ágil post, mas primeiro vamos fazer aquela “conceituaçãozinha” básica para aquecer. Vamos pensar nas seguintes premissas:

Metodologias ágeis. Têm por função acelerar o desenvolvimento do sistema com objetivo da melhoria constante do projeto, trazendo para a equipe e clientes benefícios como aumento da comunicação, organização diária para cumprimento de metas, diminuição de falhas, respostas rápidas a mudanças e aumento de produtividade.

Scrum. É um dos métodos ágeis que existem e é mais utilizado por ser mais fácil de aplicação e adaptação, ao mesmo tempo que permite uma boa adesão em vários tipos de projetos.  O trabalho é dividido em iterações (que é uma das principais características dos métodos ágeis) que são chamadas de Sprints.  (Tem um site bem simpático que te explicará tudo: http://www.brq.com/metodologias-ageis/)

Pausa para a meditação:

O arquiteto de informação, principalmente aquele que tem no perfil a experiência de usuário não fica envolvido em todas as fases do projeto até sua entrega final?

Onde o Scrum entra para auxiliar a AI/UX

O Scrum visa o entrosamento da equipe e a ampla divulgação das informações do projeto no time para garantir uma entrega que atenda a demanda. Isto acontece de maneira sistemática dentro da metodologia, com reuniões diárias onde se conversa sobre o andamento do projeto.

Para a arquitetura de informação que está constantemente conversando com as áreas para garantir que o projeto siga dentro das diretrizes propostas, o Scrum contribui para que este processo se torne nativo e todos se sintam parte do projeto tornando a integração uma consequência natural do andamento do projeto e não uma imposição de áreas.

O Scrum abrange a totalidade da equipe, ou seja: sua integração orgânica com o projeto. Visando a tomada de decisão e interação com suas fases e trazendo para um “líder” (Scrum master) a responsabilidade de garantir a integração da equipe e o funcionamento das etapas (sprints)!

Nem preciso dizer que a quantidade de refação diminui muito e o projeto fica muito mais aderente às necessidade do cliente e seu público. Sem contar que a entrega passa a ser mais realista e rápida quando todos conseguem ver o que acontece e as decisões podem ser tomadas mais rapidamente quando surge algum viés no processo. Isto traz a sensação de pertencimento e a tão sonhada transparência. Adoro!

Epilogo

Até agora estou querendo dizer a você, colega de classe, que vive organizando as informações, buscando formas de trazer uma experiência realmente emocional e significativa para os usuários, é que quanto mais complexo o sistema, isto se reflete na perda do controle do escopo, consequentemente atingindo o trabalho da AI/UX.

E para assegurar um melhor desenvolvimento do projeto e das expectativas do cliente, do time e a nossa, enquanto especialistas, é importante pensar e aplicar metodologias ágeis na gerência do projeto. Não de forma “modular” onde se tenta aplicar alguns conceitos apenas, mas em sua totalidade visando sempre o resultado de sucesso.

E quando você ouvir falar de Scrum ou outro método ágil em seu ambiente de trabalho, não fuja com medo de perder o controle da sua função no time. Sorria e abrace a causa! A chance dos seus conhecimentos serem aplicados com muito mais eficiência dentro de projetos complexos chegou! [Webinsider]

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Íris Ferrera (iris.ferrera@gmail.com) escritora, estudante, arquiteta de informação e consultora de user experience nas horas vagas. Twitter @irisferrera.

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