É fato na política: o mundo não suporta mais ditadores. A crescente onda de revoltas populares nos países árabes confirma isso, ao mesmo tempo em que expõe as vísceras do fato através da internet e suas redes.
É fato no trabalho: as pessoas não suportam mais gestores truculentos, sejam eles movidos pela pressão dos resultados ou pela necessidade de se manter o controle no grito.
Expressões como “assédio moral” e “constrangimento” vêm ganhando força no mundo corporativo, deixando claro que, se a força moral não for suficiente, a força da lei poderá se fazer presente.
O despertar de novos líderes, antenados com as atuais expectativas humanas, e ciente das ferramentas que tem à disposição para transformar expectativas em resultados, é uma necessidade real de toda empresa, grupo ou organização que pretenda sobreviver às próximas décadas e gerações.
O exercício da liderança situacional, conceito que envolve o exercício de diversos papéis – como o de líder afetivo, líder modelador, líder dirigente, líder treinador, líder democrático e líder coercitivo – sem que, por isso, se sofra algum tipo de crise de identidade, é o modelo que mais faz sentido dentro dessa nova ordem.
Em cada papel estará presente a necessidade primordial de identificar e oferecer não aquilo que a pessoa quer, mas aquilo que ela precisa. Mesmo que essa ação implique na necessidade de reprimendas e exigências mais diretivas, essas o serão feitas de forma a estimular o potencial do colaborador na solução do problema, e não de forma a sepultá-lo sob os escombros da humilhação.
Logo, é preciso conhecer a todos da equipe, para acertar na delegação. É preciso se fazer presente, otimizar recursos, manter uma comunicação clara e, principalmente, transparente. E exercitar aquilo que identifica o verdadeiro líder: a capacidade de transformar pessoas, identificando e formando novos líderes capazes de, a qualquer momento, assumir a sua posição.
Este é um dos dilemas de liderança mais difíceis de serem digeridos por quem tem sangue ditatorial nas veias. E que, cedo ou tarde, há de cair: seja pela pressão alta provocada pelo péssimo ambiente, seja pelo colesterol das sabotagens cotidianas que, silenciosamente, entopem as veias da organização, enfartando um dia todas as possibilidades. [Webinsider]
…………………………
Leia também:
- E você diz que não tem tempo para criar
- É impossível ter sucesso sozinho
- A diferença entre gerentes e líderes
- A assustadora curva da criatividade (para baixo)
…………………………
Conte com o Webinsider para seu projeto de comunicação e conteúdo
>>> Veja como atuamos.
Eduardo Zugaib
Eduardo Zugaib (falecom at eduardozugaib.com.br) é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional. Sócio-diretor da Z/Training - Treinamento e Desenvolvimento.