O Marco Civil da internet ignora que a rede mundial de computadores não é propriedade de um estado, mas sim uma tecnologia de uso público, que não foi criada pensando nesta ou naquela nação.
Seu fim é conectar qualquer informação mesmo que esta nem mesmo esteja neste planeta.
Uma única nação regulamentar o uso de tal tecnologia é um péssimo habito político que tem a ver muito mais com interesse e ideal de poucos do que a vontade de muitos.
Uma discussão ampla e global de toda a sociedade civil é necessária, mas o Brasil, assim como outros países, correu para regulamentar um instrumento de impacto tão notório na sociedade contemporânea para poder proteger a poucos e ainda ganhar alguma publicidade.
A importância do diálogo
O diálogo entre os principais provedores de internet e conteúdo juntamente com representantes da sociedade civil mundial pode ajudar a termos alguma direção para um acordo de uso da tecnologia.
Sem dialogo não teríamos a convenção que proibiu o uso de minas terrestres, munições de fragmentação, direitos humanos, etc. A internet assim como os acordos referidos são de interesse do ser humano, que busca melhorar sua vida utilizando da tecnologia e não de nenhuma sociedade exclusiva.
Apenas uma discussão clara, com um comitê internacional, reunindo membros da sociedade civil e empresas do setor pode definir o futuro da internet e melhorar este instrumento que tanto tem ajudado a aproximar as pessoas.
Precisamos deixar de ser brasileiros, americanos, russos ou franceses para nos tornarmos mais humanos. [Webinsider]
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Marcos Vinícius da Silva Junior
Marcos Vinicius M. da Silva Junior é consultor em segurança da informação.