“It’s the economy, stupid”. A frase elaborada por James Carville, estrategista da campanha de Bill Clinton à presidência dos EUA em 1992, entrou para a história por expor uma verdade simples, mas cruel: independentemente de qualquer situação, é a estabilidade (ou a instabilidade) econômica que dita as decisões políticas, empresariais e sociais.
Porém, na era digital, é preciso mais do que o ganho financeiro para atrair e conquistar consumidores exigentes e informados.
Atualmente, mais do que descontos e preços atraentes, as pessoas querem obter conhecimento. Se for possível pesquisar e aprender em um único portal ou loja, melhor.
Com esta premissa, começa a ganhar corpo um movimento que combina plataformas de e-commerce, responsáveis pelo suporte às transações online, com os sistemas de gerenciamento de conteúdo (CMS, em inglês), que tratam do conteúdo presente nas páginas.
A união aproxima o content marketing ao ambiente corporativo. O gerenciamento de conteúdo é o segundo item de maior necessidade apontado por lojistas virtuais para os próximos dois anos, com 34% de preferência, segundo levantamento da Forrester Research. Está à frente, inclusive, das plataformas de e-commerce, que ocupam a quarta posição, com 24%.
As empresas descobriram que oferecer conteúdo de qualidade é a melhor forma gratuita de se posicionar nas primeiras posições das páginas de busca. Quanto mais informações relevantes disponibilizadas, melhor o posicionamento nos buscadores e, consequentemente, maior o fluxo de visitas. Além disso, o usuário que estiver indeciso no momento da compra vai optar pelo e-commerce que trouxer mais informações.
Mas nem sempre foi assim. Nos primórdios do comércio online a lógica era a mesma da offline. Bastava expor o produto e deixar o consumidor procurá-lo. Ele provavelmente não se importaria com poucas informações ou até mesmo links quebrados. O conteúdo, qualquer que fosse ele, ficava limitado às informações técnicas, geralmente traduzidas de manuais de instruções.
Agora, com o desenvolvimento de novas tecnologias, é possível combinar as duas plataformas. Existem soluções em código aberto que permitem isso, propiciando um e-commerce com CMS. Porém, é preciso identificar a proposta da loja virtual para definir a ferramenta. Um e-commerce mais robusto pode precisar focar na quantidade de transações ao invés das informações dos produtos, por exemplo.
O importante é enxergar que conteúdo e comércio são dois lados da mesma moeda e atendem uma demanda crescente no mundo virtual: a satisfação e conectividade de clientes cada vez mais exigentes. O consumidor atual espera um ambiente familiar em qualquer canal, seja nas redes sociais ou em grandes e-commerces. [Webinsider]
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Rafael Cichini
Rafael Cichini é CEO da Just Digital, especializada em soluções enterprise para gestão de conteúdo e search, e presidente da Associação Drupal Brasil.