Ter um bom relacionamento com os clientes é fundamental para o sucesso de uma marca. Com o “boom” das redes sociais que vivemos hoje, os consumidores expressam opiniões sobre marcas e produtos, que irão mais tarde impactar a decisão de potenciais clientes. Se essas pessoas não forem bem atendidas, vão se transformar em detratores da marca (conhecidos como “haters”), criando testemunhos negativos e causando grandes prejuízos.
Ao analisarmos o mercado e o comportamento dos consumidores, observamos por meio de pesquisas que a maioria considera as redes sociais o meio mais eficiente de atendimento. 64% dos consumidores reclamam em plataformas sociais após serem mal atendidos pelo SAC tradicional e elegem o Facebook como a plataforma de propagação de sua mensagem.
Para se adaptar a esta nova forma de relacionamento, as empresas estão adotando a estratégia de CRM Social, a evolução do tradicional CRM (Customer Relationship Management), na gestão de relacionamento com os clientes, com foco nas redes sociais e web.
O CRM Social tem um grande potencial, mas alguns vícios do mercado reduzem sua eficiência durante a implantação.
São mitos, criados durante a evolução do CRM e usados para explicar questões difíceis de serem compreendidas na época, quando não havia noção de Big Data e nem sobre o real poder da opinião de um único consumidor social.
1. CRM Social é uma ferramenta
CRM é o acrônimo para Customer Relationship Management ou Gerenciamento das relações com consumidores e é uma estratégia e não uma ferramenta, como muitas pessoas dizem.
As ferramentas ou softwares são utilizadas na automatização dos processos e na análise e medição dos resultados da estratégia, prática fundamental em uma estratégia focada nos canais digitais.
2. CRM é uma ferramenta de vendas
Sem vendas não existem clientes. Porém apenas com vendas também não existirão clientes a médio e longo prazo, caso não se crie um relacionamento duradouro. Do relacionamento dependem a manutenção, fidelização do cliente e consequente geração de novas vendas a partir das indicações deste mesmo cliente em redes sociais.
Parece básico, mas muitas empresas esquecem que o cliente mal atendido no pós-venda e durante o relacionamento comercial irá difamar a marca nas redes sociais e não voltará a fazer negócios. Por este motivo, normalmente o ciclo do CRM é pautado por uma tríade: vendas, promoção e atendimento. Se a estratégia de CRM das empresas se baseia apenas em um destes pilares é melhor repensar o que se perdeu no caminho.
3. E-mail, gerenciador de projetos, agenda de vendas: tudo é CRM
Como em qualquer estratégia, utilizam-se diversas ferramentas para sua execução. Por sua característica multidisciplinar e multicanal, o CRM se espalha por todos os departamentos de uma empresa e por diversos canais de contato com o cliente.
Para gerenciar uma estratégia de CRM completa são necessárias diversas ferramentas. O ponto é, ao adquirir um software de CRM para gerenciar sua estratégia, faça a pergunta básica: “Como a minha empresa irá vender, promover e atender os clientes com este software?” Se a resposta for: “Me atenderá parcialmente”, lembre-se que necessitará investir em outros softwares complementares para fechar o ciclo.
Realize então uma análise dos custos e dos benefícios desta aquisição e do impacto em todas as áreas da sua empresa.
4. A mesma estratégia de atendimento é utilizada em todos os canais
O cliente que utiliza um canal nem sempre é o mesmo que utiliza outro. Portanto, apenas repetir o script pode não funcionar. Já se sabe que as gerações mais novas preferem os canais digitais como web e redes sociais para serem atendidas. Muitas empresas falham ao subestimar o poder da venda e da fidelização destes canais. O site da sua empresa e suas redes sociais juntos podem gerar milhões em vendas ou no mínimo impedir que sejam perdidos milhões por falta de gerenciamento e atendimento adequado.
5. Não preciso de CRM para gerenciar o relacionamento com meu cliente
Então boa sorte, pois neste exato momento diversos clientes podem falar sobre sua marca ou produto nas redes sociais. Ou pior, pesquisar opções de seu concorrente por não ter encontrado a sua marca. Mas o pior mesmo será não receber qualquer “feedback” seu, o que será encarado pelo consumidor social como uma falha bem grave.
Estes clientes não voltarão a fazer negócios com sua empresa, segundo pesquisas, nem a procurar sua empresa ou ao menos lhe indicar. O mesmo pode acontecer com o site da sua empresa e outros canais digitais que não estão sendo monitorados e nem estão interagindo com seu consumidor de forma adequada.
Na maioria dos casos, não é necessário um acompanhamento em tempo real, mas ao menos uma visão macro do comportamento de seus canais digitais é o mínimo para iniciar uma tomada de decisão consistente e passar uma boa imagem ao cliente.
6. Uma “euquipe” dá conta do recado
Ao analisar os dados gerados pelos consumidores, muitos gestores não percebem dois fatores: um deles é a riqueza das informações compartilhadas pelos clientes espalhadas sem organização por diversos canais.
O outro é o volume de trabalho necessário para extrair e cruzar esses dados dentro da empresa com o objetivo de criar um diferencial nas estratégias de comunicação e relacionamento.
Porém muitas empresas subestimam esses fatores e delegam todo o trabalho a um único profissional ou a uma “euquipe”, que em muitas vezes não está dedicada e focada a esta atividade específica, mas sim a dezenas de outros projetos paralelos. Obviamente não atingem o resultado esperado e culpam as ferramentas.
Por isso, muitas vezes vale a pena terceirizar parte do projeto para empresas especializadas a fim de reduzir custos, melhorando o desempenho, satisfação do consumidor e o gerenciamento do processo, criando indicadores reais e eficientes sobre seus consumidores e sob o ciclo de consumo para tomada de decisão. [Webinsider]
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