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vacaExistem muitas teorias sobre a crise, menos porque saber as causas ajuda a tratar, mas principalmente porque ajuda a suportar as consequências.

Mas a psicologia das causas é um objeto de estudo divertido.

Politização das causas públicas, corrupção, paternalismo do Estado, falta de infraestrutura, de educação, blablabla. Todas elas, sem exceção, terceirizam a responsabilidade, porque também faz parte daquele mesma dinâmica: encontrar um álibi intelectual para sofrer menos e se for a culpa dos outros, melhor.

Todas elas também são causas opacas, complexas e em cuja relatividade reside uma espécie de mística para manter afastada das discussões a grande massa ignara.

Mas esqueceram uma: a crise, esta crise, também é uma crise de fé.

“Não tem jeito. O Brasil não tem. Isso não vai funcionar aqui. Aqui é diferente, nem adianta tentar.”

Essa mesma gente que se empoleira atrás das causas arcanas, suportadas por números transcendentais, é a mesma gente que nunca teve um pingo de fé. Fez de conta que acreditava mas no fundo, não queria porque acreditar significa abalar privilégios.

Mas tem gente que ainda acredita. Muita gente acredita até porque tem pouca alternativa.

E como antes, é essa gente que não tem opção senão acreditar que vai fazer a gente sair da crise. Com ou sem políticos dinamarqueses, com ou sem infraestrutura alemã, com ou sem educação coreana. [Webinsider]

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Fernand Alphen (@Alphen) é publicitário. Mantém o Fernand Alphen's Blog.

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