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retalhos3Imagine você uma manta de retalhos como as da velha infância, onde pedaços de tecido iam se juntando, costurados pelas mãos habilidosas de quem antes de nós já havia por diversas vezes experimentado o frio do inverno.

Precisão no corte, delicadeza no acabamento e firmeza no ponto que ali teria o dom de costurar as diferenças. Talvez naquela época esses detalhes passariam despercebidos a seus olhos, pois o que tinha relevância era o fato de ser aquecido nas noites frias por aquele que seria o produto final daquela construção.

A partir disso, podemos vislumbrar o processo de alfabetização e letramento como uma construção semelhante à de uma manta de retalhos. No primeiro momento da infância não nos prendemos aos detalhes de “corte e costura”, mas ao produto final, ou seja, a necessidade de inserir-se no convívio social através do uso das palavras.

Com o passar do tempo, nossa atenção começa a se voltar para os detalhes, daí partimos para o que pode ser compreendido como a construção alfabética, quando não mais prendemos nossa atenção naquilo que os olhos podem revelar, mas buscamos no lado avesso da “trama” uma compreensão efetiva a cerca dessa construção.

Coesão e coerência

Começamos então a costurar retalhos, que podem aqui ser compreendidos como as palavras, que precisam ser firmemente costurados com a linha da coesão e coerência que só serão entregues ao “artesão” na medida de sua compreensão do uso dessas habilidades.

Tudo isso vai acontecendo ao longo de nossa vivência social e a manta que construímos a partir dessa perspectiva tem o poder de aquecer nosso intelecto e construir em nós uma apropriação do sistema de escrita alfabética.

Quando pensamos em tudo isso, e atrelamos a nosso cotidiano, podemos entender a importância da alfabetização e letramento como a função intrinsecamente ligada a inserção do indíviduo como protagonista no cenário social. Quando pensamos em alguém que lê e compreende o que está lendo, não apenas decodifica, mas que após a leitura e compreensão forma a partir dos conhecimentos adquiridos uma opinião.

Leio, compreendo, logo existo

Podemos aqui fazer uso da licença poética, para explanar a partir da famosa frase de René Descartes (1596 – 1650), “Penso logo existo”, um novo pensamento filosófico acerca do tema tratado nesse texto: “Leio, compreendo, logo existo”.

E desse modo, podemos viajar por lugares nunca antes visitados, ou que talvez a planta de nossos pés jamais toque, mas nossos olhos alcançarão pelo poder da palavra.

A palavra liberta, a compreensão dessa palavra libertadora impulsiona a sair da caverna e ir ao desconhecido. E desse modo encontrar respostas para as perguntas que jamais cessarão, uma vez que vivemos em um tempo e lugar onde o constante movimento da atmosfera liga novas pessoas a velhas histórias.

E desse modo somos convidados a trazer a luz do conhecimento uma constante reflexão. E refletindo novos questionamentos surgem, e assim como os astros, que bailam sem cessar no universo, somos nós na busca constante pela compreensão dos conhecimentos que se aplicam à nossa existência comunicativa.

Alfabetização e letramento não podem ser desvinculados uma da outra no processo de aprendizagem, onde precisamos voltar nossa atenção para a finalidade comunicativa da língua e aos interlocutores envolvidos nesse processo, inserindo ao longo da vivência escolar práticas autênticas dos diversos tipos de comunicação presentes na sociedade, no desejo de formar leitores e escritores competentes e autônomos. [Webinsider]

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Avatar de Cíntia Oliveira Pires Galego

Cíntia Oliveira de Souza Pires é coordenadora pedagógica e Docente Universitária .

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8 respostas

  1. Parabéns princesa.muito bom pra refleti mais na vida.continue sendo essa pessoa maravilhosa bjs
    Muito bom mesmos continue escrevendo mais

  2. Cíntia,
    Parabéns pelo artigo e por inspirar vidas através de sua profissão.
    A ausência do conhecimento, permite a invasão da escravidão à ignorância na mente e no coração.
    Neste oportuno, desejo a você e a todos os inspiradores do conhecimento e aprendizado, um excelente dia dos professores!

    Com carinho,
    Maria Lima

  3. É tão maravilhoso saber que ainda tem professores que realmente se preocupam com a educação da população!
    É indispensável que as pessoas saibam a importância e o valor de saber ler e escrever e melhor ainda saber reconhecer o profissional que lhe agrega este conhecimento.
    Parabéns pelo artigo! Muito enriquecedor!

  4. Cintia,

    Seu artigo está bem claro. Adorei a comparação com a manta de retalho, são exemplos simples mas que torna fácil a compreensão do contexto.

    Parabéns pelo artigo.

  5. Ótimo artigo!

    Justamente o que você escreveu: Cada retalho parece insignificante, afinal são apenas sobras de panos de outras costuras. O valor esta no final da confecção, com todos os retalhos unidos formando uma única colcha.

    Muitos alunos reclamam de estudar certos assuntos com o pretexto de “nunca vão utilizar”, mas com o passar do tempo percebem a necessidade deste aprendizado no cotidiano.

    Parabéns!

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