Ser empresário não pega bem, não é mesmo? Os ‘patrões’ sempre aparecem contra os empregados. Os empresários sempre de olho no lucro obsceno, querendo explorar os trabalhadores. Os donos de empresas subornando o governo em troca de favores.
Por outro lado, ser empreendedor é um negócio bacana. O camarada vai lá e faz o próprio negócio. Se vira, dá um jeito mesmo com todo o vento contra. Faz a sua startup, cria empregos!
Fui lá na Wikipedia dar uma olhada e achei o seguinte:
“No direito empresarial, EMPRESÁRIO é o sujeito de direito que exerce a empresa, ou seja, aquele que exerce profissionalmente (com habitualidade) uma atividade econômica (que busca gerar lucro) organizada (que articula os fatores de produção) para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.”
“Empreendedorismo é o processo de iniciativa de implementar novos negócios ou mudanças em empresas já existentes. É um termo muito usado no âmbito empresarial e muitas vezes está relacionado com a criação de empresas ou produtos novos, normalmente envolvendo inovações e riscos.”
Dá pra dizer portanto que empreendedor, quando bem sucedido, se transforma em empresário. Os dois termos se referem basicamente à mesma atividade, em fases diferentes.
Empreendedor bem sucedido se transforma em empresário
Outro dado interessante é saber que o Brasil é o país mais empreendedor do mundo. Os dados são de uma pesquisa realizada em 2015 pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), feita no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) que dizem o seguinte:
“Três em cada dez brasileiros adultos entre 18 e 64 anos possuem uma empresa ou estão envolvidos com a criação de um negócio próprio. Em dez anos, a taxa total de empreendedorismo no Brasil aumentou de 23%, em 2004, para 34,5% no ano passado. Metade desses empreendedores abriu seus negócios há menos de três anos e meio.”
Os motivos que levam os brasileiros a abrir seu próprio negócio são diversos. Podemos culpar a falta de oportunidades, a rigidez das leis trabalhistas que diminuem a oferta de emprego formal, ou de forma positiva, dizer simplesmente que o brasileiro é um camarada com muita garra e iniciativa.
E dada a burocracia e as complicações de se manter uma empresa no Brasil, realmente é preciso ter muita garra para gerenciar um negócio por aqui.
Mas seja pelo motivo que for, me dá muita orgulho ver o quanto empreendemos por aqui.
Considerando que o mundo caminha para uma situação onde os empregos formais vão ser cada vez mais raros (leia meu outro artigo “O dia em que o emprego acabou“), termos o DNA do empreendedorismo é algo muito favorável para o país.
A torcida é que essa legião de empreendedores consiga cada vez mais criar negócios relevantes que ajudem a economia do país e ofereçam tanto oportunidades de emprego quanto boas ofertas de bens e serviços para o mercado interno e o global.
Um viva para o Brasil, o país dos empresários! Opa, dos empreendedores! 🙂
[Webinsider]
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Michel Lent Schwartzman
Michel Lent Schwartzman (michel@lent.com.br) é um empreendedor serial e especialista em marcas e negócios digitais, com sólida experiência em acompanhar carreiras e aconselhar empresas. Pioneiro na indústria digital, é formado em Desenho Industrial pela PUC-Rio e mestre pela New York University. Ao longo de quase 30 anos, fundou e dirigiu agências e atuou como CMO em grandes fintechs, além de prestar consultoria para diversas empresas globais
2 respostas
Show.
Lógico que não precisa de empresa , mas é bom porque empreender online sem empresa pode dar ruim. Hahaha