O ambiente do marketing digital é permeado por siglas e termos ainda pouco disseminados no mercado em geral. Muitas vezes são usadas de forma equivocada, gerando confusão no público leigo.
Confira o significado de algumas expressões comuns na indústria dos ads nativos programáticos. Não é uma lista definitiva, pois o mercado a cada dia cria novos termos, novas tecnologias e novas siglas. Mas é um bom ponto de partida para entender melhor a programática nativa.
Impressões
Um dos números mais comuns em métricas, as impressões nada mais são do que a quantidade de vezes em que seu anúncio foi exibido durante a campanha.
Clicks
Os cliques são números importantes para as métricas, pois indicam a quantidade de vezes que os usuários clicaram em seu anúncio em toda a campanha.
CPC (Custo por clique)
O CPC – ou custo por clique – é uma métrica muito importante para os profissionais de marketing. Trata-se de uma medida da ação do usuário ativo (aka clique) em relação ao investimento em mídia.
Considerando que a publicidade nativa programática possui uma CTR impressionante, esse CPC é frequentemente competitivo com o de campanhas de pesquisa paga.
CPCV (Custo por visualização concluída)
O CPCV – custo por visualização concluída – é uma métrica que surge quando são executadas campanhas de vídeo nativas. Trata-se do preço unitário de um anúncio de vídeo com êxito (100%) visualizado. Quanto menor for este valor, mais valor você obtém para sua campanha de vídeo nativa.
CPE (Custo por engajamento)
O CPE – Custo por engajamento – é uma métrica calculada a partir da divisão do custo pelo número de engajamento. Contudo, nem todos utilizam os mesmos critérios para aferir essa métrica e nem todas as empresas que operam com mídia programática oferecem uma medida de engajamento.
CPM (Custo por mil)
O CPM – Custo por mil – é a métrica mais comum de unidade de mídia digital. Esse número se refere ao preço de 1.000 anúncios exibidos para sua campanha.
CTR (Click through rate)
O CTR – Click through rate – é a porcentagem de cliques alcançada em relação ao número de vezes que os anúncios foram exibidos.
DCO (Otimização criativa dinâmica)
Tentar atrair o público com a mesma imagem repetidamente pode não ser a melhor estratégia. Para isso, o DCO – Otimização Criativa Dinâmica – entra em jogo analisando o desempenho dos anúncios nativos na campanha e exibindo o anúncio com melhor desempenho para o público.
Assim, ele oferece a oportunidade para testar diferentes linhas criativas.
Ad networks com foco em anúncios nativos (redes de anúncios)
Algumas empresas agregam inventário nativo de um grande número de publishers, criam segmentações de acordo com parâmetros específicos (como localização, gênero, idade e interesses) e vendem para os anunciantes, criando assim uma ad network (rede de anúncios).
Essas empresas oferecem boas fontes de inventário, aumentando o alcance das campanhas dos anunciantes, com preços mais baixos. Entre as ad networks estão: Facebook, AdMob (Google) e InMobi.
Ad exchanges
Graças à popularização de protocolos OpenRTB, cada vez mais estão sendo criados canais de anúncios nativos. Dezenas de facilitadores chegaram ao mercado para permitir a transação de anúncios entre o lado da demanda (anunciantes) e do fornecedor (publishers).
Essas exchanges de anúncios executam e gerenciam o leilão em tempo real em milhares de sites e aplicativos de publishers criando fontes de inventário que valem a pena explorar.
Nos ad exchanges, os publishers determinam o preço do seu inventário: eles podem selecionar os valor mínimo que desejam para seus slots (floor price) e recebem ofertas em tempo real dos anunciantes.
Já nas ad networks, a precificação é feita para um agregado de mídia (respeitando a segmentação) e os valores pagos são determinados pelas próprias ad networks. Existem algumas opções de exchanges de anúncios nativos, como Avocarrot, MoPub exchange, AdX (Google), entre outros
DSPs (Demand-side platform)
Um DSP, ou plataforma de demanda, permite que os anunciantes comprem impressões de uma ampla gama de sites de publishers que são direcionados a usuários específicos com base em segmentações como localização e comportamentos de navegação anteriores.
Um DSP ‘se conecta’ a um ad exchange, onde os publishers disponibilizam seu inventário. O DSP analisa as impressões oferecidas pelas SSPs e compra em nome dos anunciantes. Eles podem pagar mais por impressões em um determinado local ou para chegar a um consumidor que possa achar esse anúncio relevante.
SSPs (Supply side platforms)
SSPs ou Supply Side Platforms podem ser consideradas o lado oposto das DSPs: também conectadas aos exchanges, são usadas pelos publishers para automatizar a venda do seu inventário. O benefício para os publishers é que uma SSP não só facilita, mas otimiza e maximiza seus rendimentos, garantindo o preço unitário mais alto possível para a venda.
In-App Native Advertising
Atualmente, os anúncios nativos in-feed são a forma mais difundida de publicidade nativa in-app e são utilizados por empresas como Facebook e Twitter.
Após o sucesso de tais canais que se combinam perfeitamente e sem esforço no ambiente de publicação, muitos editores seguiram o exemplo. Os ads nativos podem aparecer de três maneiras diferentes:
Feed
Tal qual a maioria das redes sociais, como acontece no Facebook e Instagram, é apresentado um post por vez conforme se dá scroll na tela.
List
Em ícones menores, cada post é apresentado em forma de lista. Cada tela consegue abranger um maior número de elementos do que no feed tradicional.
Grid
Neste caso, os posts aparecem com thumbs menores, espalhados na tela, apresentando um número maior do que o feed tradicional, com posts em linhas e colunas.
A tendência é que esses e outros termos sejam cada vez mais disseminados e melhor compreendidos pelo mercado.
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Marcus Imaizumi
Marcus Imaizumi é diretor de supply para América Latina da adtech alemã Glispa Global Group.