Há muito tempo é difícil encontrar um lugar livre de publicidade ou “advertising free”.
A publicidade nos acompanha em todos os momentos de nossa jornada diária e chega a determinar nossos desejos, modificar nossos hábitos e estabelecer os nossos grupos sociais.
É uma luta inglória escapar da sedução das marcas. Elas estão expostas por todos os lados, da mídia aos corpos. São tentações constantes a que estamos submetidos. Em 1994, a cada 30 horas de televisão, éramos impactados por quase 40.000 anúncios por ano. Ou seja, mais de 100 comerciais de televisão por dia. Isso, há 23 anos e em um mundo onde a internet ainda não era a dominatrix.
Hoje, somos impactados por mais de 3 mil mensagens por dia e este número está aumentando constantemente. Ao infinito e além. É muito claro que não conseguimos reter todas essas mensagens. Ao final do dia, 4 ou 5 mensagens, em média, são lembradas. As outras, absolutamente esquecidas.
Vou deixar entrar
Essa guerra pela atenção dos preciosos segundos dos consumidores está ficando cada vez mais concorrida. E a atenção está cada vez mais difícil de ser alcançada pelas marcas. Além disso, achar o tom certo da comunicação em tempos de “politicamente correto”, mesmo que seja “somente pra inglês ver” requer muita atenção.
Sabemos que as gerações X, Y, Z são receptivas e bem adaptadas aos modelos tradicionais da propaganda. Mas quando falamos em digital, os consumidores querem ter o direito de escolher o que recebem. Ter controle é hoje o principal “driver” da receptividade à publicidade, ou seja, mais uma dificuldade a ser enfrentada pelas marcas.
Criatividade
Por outro lado, há três recursos que são há muito tempo explorados na publicidade: o humor, boa música e histórias interessantes. Estes recursos podem aumentam a receptividade da mensagem, tanto na publicidade digital quanto na tradicional.
O que está acontecendo é que por serem muito utilizados, eles vêm perdendo a originalidade. Por isso, a criatividade continua a ser o principal ativo da boa propaganda.
Acredito que a boa comunicação deve estar sempre apoiada nas melhores técnicas para atingir os objetivos de atenção e persuasão. E há profissionais especializados nelas. Não se pode ignorar toda a inteligência construída em anos de estudos e análises sobre comportamento do consumidor.
Afinal, a primeira e principal disputa na mente do consumidor é capturar a sua atenção. E nessa perspectiva, não cabem mais gostos pessoais ou achismos. Precisamos de mais consistência, senso crítico e respeito aos profissionais de comunicação. [Webinsider]
. . . . . .
http://br74.teste.website/~webins22/2016/10/11/o-trabalho-de-um-publicitario/
http://br74.teste.website/~webins22/2017/05/16/contrate-o-webinsider-para-melhorar-o-blog-da-empresa/
http://br74.teste.website/~webins22/2011/07/11/as-empresas-como-um-elo-entre-as-estorias/
Henrique Nabuco
Henrique Nabuco é publicitário, analista de marketing e comunicação do Sebrae e mantém o Twitter @henriquenabuco.
2 respostas
Henrique,
Qual a fonte do dado que você apresenta dizendo que somos impactados mais 3 mil vezes por mensagens publicitárias?
Abs,
Gabriela
Henrique….. bem legal o tempo e oportuno para os dias de hoje. Vale dizer que estamos saindo de mídia de massa, para conteúdos e públicos mais nichados, que buscam informações, conteúdos e entretenimento que realmente são relevantes a eles e com isso está ocorrendo uma grande mudança na forma de se comunicar e conseguir engajar esse público, para também receber uma publicidade que ao invés de só impactar, mas participar de experiências e relevâncias.