A adesão aos e-books aconteceu porque, entre outros motivos, já nos acostumamos a ler textos longos nas telas. A autopublicação é um deles.
As tecnologias nos trouxeram uma nova dinâmica: a da leitura das palavras não impressas. Nos últimos anos, celulares, tablets e leitores digitais nos brindaram com grandes títulos.
Houve aquecimento na busca por e-books, produto de um mercado que não deixa dúvidas: está em ascensão. E quais foram os motivos? A facilidade de transportar inúmeras obras, a possibilidade de leitura noturna e mesmo os preços mais acessíveis.
A indústria das palavras não impressas
A indústria mudou. A Amazon hoje é um player fortíssimo e distribui incontável número de obras. Algumas livrarias tradicionais, no entanto, viram a sua receita ir para o ralo.
Sem grandes mudanças em suas estratégias de marketing e vendas e mesmo um baixo investimento em novas tecnologias, a Livraria Cultura e a Saraiva são alguns dos exemplos de gigantes do setor de livros que não estão em bom momento. Hoje é muito difícil a recuperação. São empresas que deveriam ter se adaptado mais cedo, no momento em que os leitores descobriam os livros digitais.
Tais livrarias repetiram um erro que tomou a Blockbuster na primeira década do século XXI: investir em modelos já ultrapassados, quando as novas dinâmicas do mercado batiam à porta.
O mercado da autopublicação
É importante lembrar que a rápida ascensão dos e-books tem relação também com o terreno fértil da autopublicação.
Muitos escritores hoje optam por trabalhar pela autopublicação, pois podem cuidar da preparação da obra e da gestão de marketing e vendas.
Existe uma autonomia por parte do autor, que pode escolher o preço de capa de suas obras, por exemplo, e os países em que serão distribuídos os seus livros.
A dinâmica é rápida e fácil. Tão fácil que basta escrever o livro e registrá-lo em plataformas online. A mais conhecida hoje é a fornecida pela Amazon, também conhecido por Kindle Direct Publishing (KDP).
Após a aprovação pelos moderadores, a obra fica disponível para venda. É bem fácil, não é mesmo? Claro que é preciso desenvolver esforços de divulgação para fazer vender seu livro.
Nos próximos posts vamos falar um pouco mais sobre a autopublicação — e também sobre a importância de registrar a obra, para evitar o plágio. É uma forma de proteger o seu trabalho caso venha a ser copiado. Muitos autores reclamam deste grande mal. Quem deseja ver a obra sendo roubada por outras pessoas? Outrolado_
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João Gonçalves
João Gonçalves, jornalista e publicitário. Um apaixonado por literatura.