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Um computador desktop com todos os drives SSD (drives em estado sólido) elimina gargalos no funcionamento do sistema como um todo e dá mais segurança ao usuário na preservação dos arquivos de trabalho.

 

A era moderna da arquitetura dos microcomputadores nos levou a ter mais garantia e estabilidade dentro dos sistemas operacionais, e um desses mais significativos avanços foi, sem dúvida, a substituição dos drives com disco rígido pelos drives sólidos, construídos com memória flash NAND, não volátil e de grande durabilidade.

Eu me lembro vividamente que quando os drives sólidos SSD (“Solid State Drive”) começaram a ser vendidos a desconfiança era geral, no que tangia à sua fragilidade e durabilidade. Hoje em dia, nem se pensa mais no assunto. As fórmulas de cálculo de durabilidade apontam para mais de 300 anos de uso na maioria dos modelos.

Neste momento, eu acabo de substituir o último dos moicanos, um drive com disco rígido rodando a 7200 rpm, modelo Seagate Barracuda de 2 TB, excelente até hoje, por um drive SSD Crucial MX500, com capacidade de 2 TB. A Crucial calcula uma expectativa de vida de 1.8 milhões de horas para este SSD, e dá cinco anos de garantia.

O resto do meu sistema consiste de um drive M.2 Samsung 960 Pro, de 512 GB, rodando o Windows 10 Pro, e outro SSD Samsung 850 EVO, de 1 TB, governado pelo cache Rapid Mode. Eu decidi mudar de marca para o segundo SSD, e um dos fortes motivos foi o meu orçamento: os drives da Samsung são excelentes, mas vendidos por um preço exagerado. Os drives Crucial da linha MX500 são de qualidade avançada, e podem ser adquiridos por preços competitivos.

Antes de fazer esta mudança eu consultei a Crucial, querendo saber se a coexistência de dois drivers de cache de RAM (Rapid Mode e Momentum Cache) poderiam operar em conflito dentro do Windows, mas o técnico de lá me garantiu que não, e, de fato, foi o que aconteceu. A melhoria de velocidade alcançada com memória cache é singular nos drives SSD, e ela precisa ser ativada pelo usuário.

O drive SSD Crucial tem o seu próprio programa gerenciador de funcionamento, oferecido ao usuário com o nome de “Storage Executive”, que deve ser instalado na máquina assim que a montagem terminar:

 

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O aplicativo da Crucial ao rodar faz uma análise do sistema e informa inicialmente toda a situação de memória do computador, e uma avaliação das condições de funcionamento de cada drive, independente do tipo e da marca. Neste particular, o software é praticamente idêntico ao fornecido pela Samsung, com o nome de “Samsung Magician”, que também dá informações de todos os drives, independente da marca e modelo.

Instalação

A Crucial é uma marca que eu só conheci mais de perto recentemente. Ela é um produto do fabricante de memória norte americano Micron Technology, desenvolvedor e fornecedor de chips OEM para outros fabricantes de componentes.

Eu não precisei, mas o suporte da Crucial fornece gratuitamente ao usuário final uma versão do conhecido programa Acronis True Image, ferramenta que pode ser usada para clonar, fazer backup e outras operações necessárias ao usuário.

Na instalação convencional, uma vez rodando o sistema operacional, o drive novo precisa ser inicializado. No Windows 10 isto é feito pelo Gerenciador de Discos (Disk Management). A inicialização formata o drive respeitando a sua arquitetura. Em se tratando de drive com 2 TB e acima o padrão de partição é o GPT. Isto é feito pelo Gerenciador automaticamente.

Por se tratar de um drive destinado a armazenamento de dados, em vez de clonar o conteúdo de outro drive eu mandei o Windows copiar os arquivos de um drive para o outro. Como a quantidade de arquivos era enorme, a operação de cópia levou umas boas 3 horas.

 

image002

 

Desnecessário dizer que, por não conter qualquer tipo de peça mecânica, os SSD podem ficar em qualquer posição dentro do gabinete. Acima se vê o drive literalmente dependurado nos cabos SATA, e sem nenhum prejuízo ao seu funcionamento.

Depois de tudo pronto, uma rápida inspeção no drive de destino foi suficiente. A remontagem física correu mais tranquila, embora com um leve percalço. Não sei por que motivo, mas esses drives SSD não vêm com parafusos de fixação nas bandejas de drives do gabinete. A solução inicial, para quem a dispõe, é usar os compartimentos do gabinete destinados a este tipo de drive, que não precisa de parafusos. Mas, por conta dos cabos de alimentação, eu preferi instalar o SSD da Crucial em uma das bandejas, e assim tive que sair catando os respectivos parafusos na tradicional “sucata”.

A instalação prevê a ativação do Momentum Cache no drive, e foi neste ponto que eu verifiquei que os drives SSD Samsung e Crucial operavam sem qualquer conflito, como previamente me fora assegurado. Daí em diante, as cópias entre os dois passaram a durar alguns segundos, quando não instantaneamente!

Segurança

O meu sistema funciona com no-break Smart-UPS C1500, da APC, com saída senoidal, monitorado on-line pelo Windows 10. É virtualmente impossível perder arquivos por criação ou cópia. Entretanto, os drives SSD atuais são providos de segurança contra perdas de arquivos por conta da falta de alimentação elétrica, ou seja, quem não usa no-break, ainda assim estará protegido.

Isso é possível por dois fatores: primeiro, a alimentação dos chips de memória é mantida eletricamente alimentada com uso de capacitores no circuito, e segundo, o buffer de memória é rapidamente esvaziado para a memória não volátil.

A despeito de qualquer recurso de salvaguarda de arquivos é sempre aconselhável nunca esquecer de fazer a cópia de segurança (backup) em outra mídia confiável. Eu tenho por hábito de longa data fazer mais de uma cópia de cada arquivo. Com o advento de drives óticos (CD, DVD e ultimamente Blu-Ray) esta tarefa, embora maçante, é enormemente facilitada. Uma mídia ótica de boa qualidade garante a preservação duradoura do material a ser preservado.

Finalmente, nunca é demais a gente não se esquecer de que qualquer tipo de equipamento eletrônico está sujeito a falhas ou defeitos, sendo que no caso específico dos drives, sólidos ou não, ocorre junto um prejuízo difícil de recuperar. Daí a importância de sempre se fazer backup. Atualmente, os drives na nuvem podem facilitar a cópia automaticamente, dependendo do sistema.

O usuário, porém, pode (e a meu ver deve) ficar tranquilo, porque mesmo os discos rígidos convencionais raramente dão defeito de uma hora para a outra. Os programas citados acima, cedidos pelos fabricantes, inspecionam e diagnosticam todos os drives do sistema. A placa mãe, quando corretamente desenhada, também inspeciona todos os componentes do computador na sua rotina de partida, incluindo drives. A tecnologia S.M.A.R.T. ajuda a manter o usuário informando quando há problema nos drives, logo na partida a frio do sistema.

Conclui-se, então, que a proteção do usuário é mantida e informada pelo próprio sistema. Negligenciar estas ferramentas ou os potenciais avisos de advertência dados pelo sistema não é uma atitude recomendável por quem quer preservar o seu trabalho.  Outrolado_

 

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Mudanças importantes no armazenamento de dados

 

Ryzen: CPUs a caminho da computação de alta performance otimizada

Avatar de Paulo Roberto Elias

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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0 resposta

  1. Olá Paulo realmente o SSD revolucionou a computação para uma nova era. Mas o preço dessa inovação é uma pedra no sapato para o consumidor, pois enquanto não se popularizar e ganhe volume de vendas, será difícil seu custo se tornar acessível e abranger outras faixas de PC’s mais baratos, que ainda recorrem aos arcaicos e lentos Hd’s.

    1. Oi, Rogerio,

      Já esteve bem pior, no que tange a custo. Ainda mais em um Brasil com o dólar pulando de uma hora para outra (ontem subiu ao maior patamar do ano), impedindo o comércio de baixar os preços.

      Quando se leva em consideração os benefícios acaba virando um investimento. Claro que em uma faixa de preço de montagem usar SSD ainda é proibitivo de fato.

      Naturalmente, eu posso estar até enganado, mas o mercado avança agora com SSDs portáteis, que trabalham com interface USB-C e/ou USB convencional. Com isso quebra-se a barreira dos HDs portáteis. Um uso um deles há anos, mas não me importaria de troca-lo.

  2. Olá Paulo realmente o SSD revolucionou a computação para uma nova era. Mas o preço dessa inovação é uma pedra no sapato para o consumidor, pois enquanto não se popularizar e ganhe volume de vendas, será difícil seu custo se tornar acessível e abranger outras faixas de PC’s mais baratos, que ainda recorrem aos arcaicos e lentos Hd’s.

    1. Oi, Rogerio,

      Já esteve bem pior, no que tange a custo. Ainda mais em um Brasil com o dólar pulando de uma hora para outra (ontem subiu ao maior patamar do ano), impedindo o comércio de baixar os preços.

      Quando se leva em consideração os benefícios acaba virando um investimento. Claro que em uma faixa de preço de montagem usar SSD ainda é proibitivo de fato.

      Naturalmente, eu posso estar até enganado, mas o mercado avança agora com SSDs portáteis, que trabalham com interface USB-C e/ou USB convencional. Com isso quebra-se a barreira dos HDs portáteis. Um uso um deles há anos, mas não me importaria de troca-lo.

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