O mercado fonográfico morreu e nasceu de novo

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mercado fonografico hoje

Números sobre o mercado fonográfico brasileiro mostram crescimento e o sucesso do modelo de acesso às músicas por assinatura, depois de anos de impasse e nenhuma receita de venda de discos.

O mercado fonográfico brasileiro cresceu 21% no primeiro semestre de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior. O faturamento no período foi R$ 1,442 bilhão, considerando apenas as receitas nos formatos digital e físico. Os dados são da Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil.

É bom ver números positivos, depois do furacão Internet, que derrubou o mercado fonográfico. Gravadoras, vinil, CDs, lojas de discos… tudo isso caiu no chão e volta a florescer, duas décadas depois. Em 2003, você talvez lembre, a Apple tentou resolver o impasse com o iTunes, que vendia músicas por download a menos de 1 dólar.

No entanto o download de música pago não emplacou. Foi o streaming que deu certo comercialmente, com uma assinatura mensal para ouvir quase todas as músicas.

(Sinta-se um alien ao ver a parada de sucessos de hoje, com as 50 músicas mais tocadas no streaming hoje.)

Hoje o streaming é o principal responsável pelo crescimento do mercado fonográfico no Brasil, equivalente a 99,2% das receitas do setor (vendas digitais e físicas apenas), que subiram 21,1% atingindo R$ 1,430 bilhão.

Assinaturas em plataformas digitais alcançaram R$ 995 milhões em faturamento, crescimento de 28,4%. O streaming remunerado por publicidade faturou R$ 436 milhões, 6,6% a mais em relação ao verificado no primeiro semestre de 2023.

As vendas físicas tiveram faturamento de R$ 9 milhões, representando apenas 0,6% do faturamento da indústria fonográfica brasileira no primeiro semestre. Nos formatos físicos, vendas de discos de vinil foram os mais comercializados nos seis primeiros meses de 2024, com faturamento, entretanto, de apenas R$ 6 milhões, crescimento de 22,4%, seguido pela venda de CDs, que atingiu R$ 2,5 milhões.

Outras receitas digitais, que incluem download e conteúdo para telefonia móvel, representaram somente 0,2% do total das receitas físicas e digitais e alcançaram R$ 3 milhões no período.

Segundo Paulo Rosa, presidente da Pro-Música, “Os números do setor na primeira metade de 2024 continuam demonstrando o predomínio da distribuição de música pelas plataformas de streaming em operação no Brasil, seguindo tendência mundial verificada nos últimos 10 anos, pelo menos. O crescimento de 21% nas receitas digitais e físicas do setor reflete, diretamente, os esforços e investimentos feitos pelas companhias fonográficas, tanto na produção de conteúdo musical nacional, como no marketing, promoção e desenvolvimento da carreira de milhares de artistas brasileiros.”

Sobre a Pro-Música Brasil

A Associação Brasileira dos Produtores de Discos – ABPD, criada em abril de 1958,  passou a se denominar Pro-Música Brasil Produtores Fonográfico Associados em 2016 e continuou reunindo as maiores empresas de produção musical fonográfica em operação no País.

Desde sua criação, a entidade se dedica a representar os interesses comuns aos produtores fonográficos em geral, promovendo o mercado legítimo de música gravada em meios físicos ou digitais. A Pró-Música Brasil regularmente coleta dados e estatísticas sobre o mercado fonográfico brasileiro e é responsável pela emissão dos certificados de venda de Ouro, Platina e Diamante, além de preparar o chart de streaming oficial da indústria consolidando as informações das plataformas Spotify, Apple Music, Napster, Deezer, Amazon Music e  Youtube, compilados pela empresa BMAT.

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Vicente Tardin (vtardin@webinsider.com.br) é jornalista e criador do Webinsider. É editor experiente, consultor de conteúdo e especialista em gestão de conteúdo para portais e projetos online.

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