Jurado nº 2, novo filme de Clint Eastwood, direto para o streaming

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Jurado nº 2, novo filme de Clint Eastwood, direto para o streaming

Novamente, o último filme de Clint Eastwood, Jurado nº 2, vai direto para os serviços de streaming. O diretor, agora com 94 anos de idade, dá sinais que não vai parar, para deleite dos fãs de cinema de qualidade.

 

Neste momento, aos 94 anos de idade, mais uma vez o último filme de Clint Eastwood vai direto para o streaming. Em novembro, ele primeiro ficou disponível para aluguel ou compra no Amazon Prime, mas agora vai ser lançado para quem assina Max, serviço da Warner Brothers.

Eu não creio que seja demérito evitar as salas de cinema e ir direto para os serviços de streaming, pois afinal o ator/cineasta foi um dos mais eloquentes produtores de cinema comercial e porque não dizer de apreciadores do cinema de boa qualidade.

Por outro lado, o seu filme “Jurado nº 2” (Juror #2), recebeu críticas generosas por parte de usuários do IMDb, mas o filme em si, embora muito bom, está bem abaixo dos padrões do cineasta, e eu suspeito que aquela generosidade toda faz parte do sentimento do público frente à idade de Clint, que continua produzido e dirigindo, apesar da idade avançada.

Outro teria se aposentado faz tempo, mas ele parece que só vai parar se ficar incapacitado, e eu espero que nunca!

Com Clint continuando em atividade, é bastante provável que a sua equipe de filmagem esteja igualmente contente! São profissionais da produtora Malpaso, que acompanham o cineasta há muito tempo, a tal ponto que fica evidente que todos eles sabem a maneira como Clint constrói seus filmes, em todos os aspectos.

Na trilha sonora minimalista, aparece o agora veterano Mark Mancina, ao invés de Kyle Eastwood, seu filho, que costuma compor trilhas deste tipo.

O elenco é liderado pelo ator inglês Nicholas Hoult, seguido de atores conhecidos e experimentados, como Toni Collette, J. K. Simmons e Kiefer Sutherland.

O roteiro e o filme

Jurado nº 2 foi novamente rodado com câmeras digitais Arri Alexa, combinadas com lentes Panavision. O roteiro foi elaborado por Jonathan Abrams, em torno da estória de um rapaz que, incidentalmente, cometeu um crime doloso, ao atropelar e jogar de uma ponte uma moça que estava em um bar próximo e que saiu à pé na estrada, na chuva, depois de uma áspera discussão com o namorado, acusado de tê-la matado.

O filme usa uma mistura de drama de justiça, suspense e de thriller. Na maior parte do filme, não se sabe se Justin Kemp havia matado a garota, e somente no final a verdade vem à tona. Neste interregno, Kemp fica na dúvida se deixa o suposto matador ser culpado, ou o defende de um crime que ele sabe que o acusado não cometeu.

A moça que morre é Francesca Eastwood, filha de Clint e da atriz Frances Fisher. Francesca apareceu ainda criança em True Crime, rodado em 1999, e depois teve uma passagem em Jersey Boys, de 2014. Francesca já tem atualmente uma filmografia extensa e independente dos pais.

Como sempre, Clint deixa os atores livres e espontâneos, e filma rápido. Fazer filmes assim é bem mais fácil para quem está no set de filmagem sem qualquer tipo de pressão, e este é talvez o principal motivo pelo qual os atores gostam de filmar com ele.

De resto, não há novidade no que se vê na tela. Quem assiste percebe que as interpretações não são exageradas nem forçadas. As expressões faciais e maneirismos combinam muito bem com os personagens, então fica também fácil assistir o filme e curtir o ambiente. [Webinsider]

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Avatar de Paulo Roberto Elias

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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2 respostas

  1. Pois é Paulo…
    Isso é um prenúncio “recorrente” que a plataforma de Streaming tem flertado com o esquema de sabotar a janela de exibição de lançamentos do cinema (com apoio das distribuidoras).
    Se esse esquema continuar, pode ser uma ameaça a existência das salas de rua e shoppings que ainda resistem.
    Um abração e boas festas.

    1. Oi, Rogério,

      Infelizmente, a destruição das boas salas de cinema tirou de Rio e São Paulo a chance de se ver novamente o melhor em termos de exibição de filmes. A mudança para a projeção digital, da maneira como foi feita, também contribuiu com o satus quo. Às vezes, eu tenho a impressão de que muitos cineastas já vivem outra realidade. O Clint não é o único nem foi o primeiro a entregar seus filmes para o streaming. Eu concordo que vai haver fuga de público, mas não saberia dizer quando.

      Bem, tenha um ótimo Natal você e sua família, e, se possível, um Ano Novo com melhores condições de vida! Obrigado pelas leituras e pelos comentários.

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