A analogia remonta aos fanáticos que se explodem fisicamente em nome de causas difíceis de explicar, provocando danos irreparáveis em tudo o que estiver por perto.
As pessoas-bomba podem ser homens e mulheres, brancas, negras ou amarelos, altas ou baixas, magras ou gordas, jovens ou velhas. A incapacidade de estabelecer comunicação eficiente (sim, sempre ela…) faz da pessoa uma bomba, pois a faz viver num limiar muito sensível a qualquer comentário que lhe é dirigido.
E quando explode, deixa um ar de “o que está acontecendo” de difícil compreensão aos demais, transformando a reação a qualquer comentário ou crítica (sim, elas existem e nos ajudam muito) em autos de fé e lavação de honra pessoal.
Essa carga explosiva pode ter origens diversas: da reação aos recados que o mundo manda a todo instante até o cultivo gradual do complexo de vítima que, iniciada a combustão, a pessoa-bomba costuma usar a favor, conforme o fogo queima.
A falta de cuidado com uma comunicação pessoal eficiente, que favoreça o trânsito de informações de forma natural, não defensiva, é um dos grandes desafios que a pessoa-bomba tem que superar.
Por se comunicar pouco, quando se manifesta não raro deixa no ar a sensação de estarem “interessadas” em algo, desconsiderando a impressão que criam no interlocutor. E quando instigadas, a falta de fluência também conta, já que o único recurso é se acuar e… explodir.
Dicas práticas para desarmar a pessoa-bomba em nós:
- Manter um canal contínuo de comunicação com as pessoas com quem convive, goste delas ou não. Faça-as perceber que sua relação não se resume a interesses pessoais.
- Mostrar a cara, tornar-se visível, sair da obscuridade. Até os mais tímidos podem e devem fortalecer seu network. É ele quem lhe dará credibilidade e sustentação para o dia em que realmente for necessário exaltar-se por algo.
- Acreditar mais nas pessoas. Conversar mais e com mais gente de forma elegante, para não se transformar num chato inconveniente.
- Relaxar. E viver. E perceber que, em grande parte, as críticas que nos fazem referem-se às nossas atitudes, não ao nosso “eu”. Mudando de atitude, é possível até mesmo mudar de caráter, tornando-o mais afável e emocionalmente inteligente.
[Webinsider]
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Eduardo Zugaib
Eduardo Zugaib (falecom at eduardozugaib.com.br) é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional. Sócio-diretor da Z/Training - Treinamento e Desenvolvimento.
3 respostas
Tenho a leve impressão de que vou explodir…
Leandro,
se apenas o “falar” não está bastando, é preciso sentar e fazer junto algumas vezes. Pesquise sobre “Liderança Situacional” e seus 3 fatores de decisão: a complexidade da situação, a urgência da decisão e a maturidade dos envolvidos. No saber lidar com esse último fator pode estar a chave do problema.
abs,
Eduardo Zugaib
Bom artigo Eduardo, e tenho uma pergunta, como desarmar a pessoa surda? Aquela que explicamos, explicamos, explicamos, mas ela não entende, e toda vez volta com o mesmo argumento?