Sexta à noite, trocando os canais em busca de um bom filme, eis que aparece Cocoon. Resolvemos assistir. Não sei se já tinha visto ou não lembrava, mas até que é um bom filme.
Porém, o que me chamou atenção não foi o roteiro, nem a direção, tampouco os (d)efeitos especiais. Me chamou atenção um simples merchandising – ou tie in, como preferir.
A ação, ao contrário do filme, não é nada d’outro mundo: apenas um menino aparece com a camisa da marca.
Lembrei dos CEOs, diretores, gerentes e estagiários de marketing que sonham e pedem para ser/seguir a Nike ou a Apple. Querem fazer igual mas não topam experimentar o novo, ir por um caminho ainda virgem.
E essas grandes marcas são baseadas nisso. Elas cresceram assim.
A Nike é o que é, hoje, por acreditar num filme maluco igual ao Cocoon, em plena década de 1980. Aliás, isso me lembra o Luli Radfaher falando sobre Ayrton Senna:
“Ele é alguém que acreditou no Brasil quando ninguém acreditava no Brasil.
Um cara praticamente internacional, que nunca tinha vivido direito aqui, terminava de ganhar uma corrida, pegava a bandeira e saia com a bandeira do Brasil em volta, ele mostrava pra um país inteiro que não acreditava no próprio país, que dava – e que se devia – acreditar no próprio país que era o único jeito de sair do buraco.
Hoje, é fácil acreditar no Brasil. Na época dele, com a importância que ele tinha, acreditar no país era glorioso. E, pra mim, isso é que torna ele um herói.”
Pode parecer exagerado mas, de certa maneira, isso é a relação Nike – propaganda. Em Cocoon, muito mais do que uma ação de merchandising, a Nike agiu com algo que sobra por lá mas falta – e muito – por aqui: coragem. [Webinsider]
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Uma resposta
Guilherme,
No filme Goonies, uma das crianças (não me lembro qual, mas acho que era o japinha) aparece com o tenis da Nike!
Foi uma coisa sutil, mas que se me fez perceber, porque não outras pessoas também o fizeram?
Nike já existe há muito tempo, mas só a pouco tempo foi percebida por nós.