Como trabalhamos: o modelo americano e o japonês

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Sou descendente de japoneses e as grandes lições aprendidas com essa cultura foram respeito, honra, sinceridade, paciência e busca incansável pela qualidade profissional. Obviamente, também comecei a apreciar as nuances de sabor de um bom sashimi, mas esse é um assunto para outra hora.

Atualmente a maioria dos projetos é baseada nos conceitos ocidentais de negócios, ou melhor, em um modelo americanizado.

Há uma exaustiva e irracional corrida pelos menores preços e tempo de execução ou entrega em detrimento à qualidade. Os profissionais têm seu trabalho subvalorizado, apesar de um constante aumento da carga.

E os resultados dessa metodologia duvidosa são pessoas cada vez mais estressadas, descontentes, com problemas de saúde recorrentes. E produtos ou serviços com erros, pouco confiáveis e que geram baixo retorno agregado.

Por isso vemos tantos recalls na indústria automobilística, medicamentos recolhidos e, na minha área, implantações de projetos de TI que não atendem as necessidades, ou pior, simplesmente não funcionam corretamente. E em todos os níveis, do pequeno ao grande porte.

E esse perfil equivocado gera custos não só para o consumidor, mas também para o produtor. Torna-se uma cadeia produtiva com gastos desnecessários.

O Bushido aplicado aos negócios

Sempre me recordo das histórias de como os antigos mestres ferreiros do Japão faziam as espadas dos samurais, as inigualáveis katana. Levavam meses, às vezes mais de um ano para produzi-las. Entretanto, o longo tempo era totalmente válido devido à qualidade e perfeição da arma, cujo fio é comparado ou até melhor do que as lâminas atuais afiadas com laser.

A vida do samurai dependia de sua espada e a “fama” do ferreiro também.

Esse padrão de trabalho e conduta é um dos meus roteiros profissionais, porque vejo todos os meus clientes como parceiros para me auxiliar no crescimento da minha carreira e na criação de um mercado mais justo.

É o famoso ganha-ganha!

É preciso bastante esforço e mesmo uma mudança de postura e visão de negócio para aplicar esse processo, contudo o retorno é altamente compensador, principalmente em termos de qualidade de vida e de relacionamento interpessoal. Vale a pena tentar! [Webinsider]

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Avatar de Eduardo Kasse

Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.

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5 respostas

  1. precisamos lembrar de algumas CONSEQUENCIAS do método americano: nele só tem lugar para jovens e adulto, não há lugar para idosos.
    Veja alguns postos de trabalho: vendedores de lojas, caixas de mercado, entregadores são todos jovens e os gerentes destes adultos. Nunca idosos.
    Então pergunto: para onde vão os idosos?

  2. Bom, creio que o tempo para cada job seja relativamente proporcional ao resultado desejado, existe o tempo e esforço para se elaborar uma Masamune, assim como um esforço menor para uma adaga de picar legumes. No final de contas oque importa é mesmo buscar* a perfeição de forma prática, objetiva e com menor fadiga possível.

  3. Blá, blá, blá….quando um carro de formula 1 faz seu pitstop são realizadas 35 tarefas entre mecânicas e digitais e em 8″. Algum problema? Não! Foram treinados para isto. EWu simplesmente não consigo ver alguém trabalhando como se estivesse comendo um siri assado. precisamos pensar lentamente para absorver as energias intuitivas e executar rapidamente, pois se não der certo há tempo para refazer. è assim que penso. O mercado é trifásico e não há espaço á muito tempo para os famosos 6 volts, aquelas pessoas que param 1 hora para almoçar e quando voltam tomam “mais” um cafézinho e vai vagarozamente para a área de “fumantes”??
    Meu filho..run!!

  4. Muito bom, descobri que uso o método japonês e sou cobrado pelo método americano. No meio do projeto sempre enfrento algumas dificuldades por isso, mas ao final o cliente sempre fica satisfeito por ter algo que funciona e é útil para sua empresa.

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