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Neste mês (13/01) saiu uma matéria da Pollyane Lima e Silva, no site da Veja, sobre os 10 perfis brasileiros mais populares no Twitter em 2010. No mesmo dia foi publicada uma matéria da Luma Santos, no YouPix, sobre o mercado de agentes para webcelebridades, que a autora considera a tendência do momento.

No post de Luma, discorre-se sobre como essas celebridades estão sendo remuneradas, qual o relacionamento delas com os agentes e as agências de propaganda, a tabela de preços seguidas por alguns deles, assim como a inflação que esses preços vêm sofrendo.

Porém, o melhor conteúdo sobre o tema é uma matéria da Amanda Demetrio, no site da Folha de São Paulo, publicada no dia 15/12/2010, que fala sobre a utilização de celebridades no Twitter, com a opinião de diversos profissionais de agências de propaganda e casos reais, onde empresas chegam a pagar R$ 20 mil por um tweet.

O levantamento da Folha de São Paulo mostrou que celebridades ou formadores de opinião da web ganham de R$ 1.500 a R$ 20 mil para postar conteúdo relacionado a uma marca em seus perfis do Twitter.

Esses valores podem ser ainda maiores, pois alguns apresentadores chegam a receber mais de R$ 50 mil por um pacote de tweets pagos e outros famosos pedem R$ 20 mil por um único post.

Mais detalhado e embasado que o post do YouPix, a matéria da Folha explica os tipos de comercialização e diz que o pagamento é feito por posts com referências à marca no Twitter.

Ou o perfil de um twitteiro é patrocinado por um período de tempo e pode ocorrer uso do papel de parede do perfil e da própria foto usada pela pessoa.

A matéria diz que as celebridades do “mundo offline” (artistas de TV e músicos, por exemplo) ganham mais, porque a celebridade brasileira está acostumada a altos cachês e no Twitter não é diferente.

No caso das webcelebridades, o preço é menor e tem relação direta com o número de seguidores, como se o alcance gerado por esses posts fosse o único critério de escolha dos profissionais de mídia e social media das agências.

No entanto, é bem nesse último ponto que gostaria de apoiar o meu ponto de vista, uma vez que no dia 07/01/2011 foi publicado um post na Marketing Vox que fala sobre um caso “fracassado” de utilizar celebridades no Twitter, além de desenvolver melhor o assunto, tirando algumas conclusões com base nos estudos do professor de Harvard Nicholas Christakis.

Nesse post da Marketing Vox é citado um caso em que três pessoas famosas promoveram um livro no Twitter, mas acabaram gerando apenas 4 vendas, sendo que os twitteiros tinham mais de 1,2 milhões de seguidores.

O Nicholas Christakis diz que a capacidade do Twitter de disseminar a informação é diferente da capacidade de influenciar algum comportamento em específico. E a matéria termina falando sobre a importância de se escolher poucos seguidores que influenciem muitas pessoas.

Tudo isso para propor a reflexão de que mais uma vez muitos profissionais de mídia fazem suas escolhas meramente no índice de audiência, independente da plataforma trabalhada, o que é uma escolha errônea e deturpada da realidade.

Um reflexo disso são os cachês cobrados por essas webcelebridades. Esse exemplo da má utilização do Twitter comprova que não basta mais apenas olhar os objetivos da marca e do plano de mídia, mas sim a finalidade de acesso com que as pessoas consomem os diversos meios e plataformas, principalmente quando se utiliza os meios digitais.
[Webinsider]

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Avatar de Leonardo R. Longo

Leonardo R. Longo (leo_longo@hotmail.com) é graduado em Comunicação Social na Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo, atual Coordenador de Mídia da AgênciaClick São Paulo, com passagem pela JWT São Paulo.

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4 respostas

  1. *Em tempo, uma correção (havia uma crase a mais no texto):

    “(…)Isto me parece mais claro quando analisamos as diversas críticas feitas à associação da imagem da cantora Sandy *a* uma marca de cerveja.”.

  2. Olá,

    Só vi este excelente texto agora, por indicação da @fernandaf. Meus parabéns.

    Eu acredito que a tuitada paga dê resultado, sim. Parece-me que a iniciativa local e mais recente para analisarmos seja a do @ClaroRonaldo. Nos próximos meses talvez tenhamos um ótimo case de sucesso – ou não! – desta forma de divulgação/propaganda, do @charliesheen.

    Contudo, penso que o elemento essencial seja a credibilidade. Isto me parece mais claro quando analisamos as diversas críticas feitas à associação da imagem da cantora Sandy à uma marca de cerveja.

    Se a celebridade aceita e promove a tuitada paga, que pelo menos a sua imagem esteja (ou possa ser) associada àquele serviço ou bem anunciado; melhor ainda se tiver conhecimento do assunto, pois, na interação com os possíveis clientes/consumidores/fãs, poderá dar opiniões concretas, ajudar na formação da opinião (e do “buy” ou “not buy”) e criar mais um elemento identificador com o cliente/consumidor/fã.

    Parabéns pelo conteúdo do blog. Os textos são interessantíssimos.

    Abraços!

  3. Muito bom texto Leonardo. Concordo com você e com o Gustavo.
    O uso do twitter deve ser pessoal e não acredito nessas twittadas célebres. O bom do twitter é que vc segue quem gosta e se não gostar “unfollow”, por favor.

    Para dar um exemplo eu não gosto do BBB, não falo, e não estou usando o filtro, parece incrível, não chega na minha TL assunto de BBB.

    Esse é o grande barato do twitter, tem muita informação e eu posso fazer o meu próprio filtro.

  4. Muito interessante sua reflexão Leonardo. Eu penso como você. Um livro que você provavelmente vai gostar é “o show do eu” … fala muito sobre essa necessidade que as pessoas tem e essa busca por uma construção de identidade que não ou nem sempre reflete a realidade.

    Eu parei um pouco de escrever muito porque comecei a perceber que falava muita besteira, só porque achava que era importante falar, ou seja, eu tinha que estar falando, tinha que estar “aparecendo”, mas acho que essa busca é um caminho errado e do ponto de vista do “marketing/publicidade/propaganda” é errado também pensar que isso gera resultado.

    Outro dia mesmo pediram para eu twittar uma informação argumentando que como um tinha um número “grande” de seguidores, isso daria um bom resultado, na prática tivemos algumas poucas visitas, uma taxa de bounce alta e nenhuma conversão. Ou seja .. eu não era um alpha ;-))

    Por isso eu não me preocupo em ter mais ou menos seguidores no twitter e por isso uso o meu twitter de forma pessoal e falo minhas besteiras mesmo, quem não quiser ler que pare de me seguir e acreditem … vou continuar vivendo, feliz e sem frequentar psicanalista, psiquiatra ou psicólogo 😉

    Abraços e muito sucesso,
    Gustavo Loureiro

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