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simone_mazerDias atrás tive a oportunidade de conversar com Simone Mazer, brasileira e VP da iStockphoto para a França e a América Latina. Simone está baseada em Paris e pelo Skype pude entender melhor o modelo de negócio da empresa, a qual só conhecia de nome.

A iStockphoto é um business típico de internet, daqueles que veio preencher uma lacuna. Nasceu 2.0, baseada na colaboração e opera com micropagamentos. Vende fotos de qualidade por um preço realmente acessível a blogs, sites e agências. Como funciona?

A empresa, hoje subsidiária da Getty Images, começou em 2000 no Canadá como um site de intercâmbio de fotos. O objetivo era permitir ao fotógrafo amador ou o desenhista hobista, aquele que não é artista em tempo integral, pudesse ter uma plataforma para compartilhar sua produção.

E as imagens que produziam passaram a ser compradas por outros usuários do site, porque eram acessíveis.

Ou seja, você também pode enviar suas fotos ou ilustrações, pelo menos três. Mas que sejam boas, pois serão aprovadas por uma equipe interna. Se passarem no crivo, serão catalogadas e colocadas à venda. E você receberá por elas, se foram compradas.

Segundo a Simone, há fotógrafos vivendo disso, pois o site pode proporcionar vendas em volume em alguns casos. Hoje paga cerca de US$ 1,7 milhão semanalmente aos artistas.

Do lado de quem compra, é simples. Você adquire créditos, busca as imagens que precisa e pode pagá-las descontando de seus créditos. Uma boa foto pode custar entre R$ 5 e R$ 10, digamos, depende do pacote que você comprar. Pode também comprar uma foto de cada vez, quando precisar.

O preço é bom e a política é muito flexível – as fotos podem ficar no seu site o resto da vida. Podem ser usadas em embalagens e cartazes. E também em folhetos, em revistas e por aí vai. Pode muita coisa, o bastante para deixar a criação despreocupada. Os termos estão no site, em português.

Esse modelo de negócio é boa notícia para nós todos que trabalhamos com comunicação e conteúdo.

Muitas vezes não há orçamento para fotos e os bancos de imagens gratuitas não resolvem. Nos sites ligados ao governo sei que este é um problema, devido a políticas de compra muito amarradas.

Por isso perguntei à Simone se muitos amigos que conheço nesta situação poderão ter uma saída. Sim, disse ela, pois estamos estudando a melhor forma de atender o mercado brasileiro e poder iniciar a venda em reais e com nota fiscal. E ter gente em casa para conversar.

É interessante perceber que a a iStockphoto foi adquirida pela Getty Images. Na minha percepção, foi uma iniciativa estratégica em termos de negócios, pois a Getty é old school – vende imagens criadas por grandes fotógrafos e artistas, que são usadas por agências de diretores de arte. Material de qualidade, exclusivo, para projetos que têm orçamento. Está bem em seu nicho de mercado.

E viu a iStockphoto crescer baseada na força da internet – colaboração. Que agora inicia uma ampliação mundial das suas operações, com foco no mercado de 12 países, entre eles o Brasil.

– “Percebemos que muitas compras vêm do Brasil e resolvemos investir no site em português”, conta ela, que de vez em quando lhe foge uma palavra brasileira, por viver tão em francês, e ao mesmo tempo mantém o sotaque do Paraná, quando fala “um copo de leite quente”. [Webinsider]

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Avatar de Vicente Tardin

Vicente Tardin (vtardin@webinsider.com.br) é jornalista e criador do Webinsider. É editor experiente, consultor de conteúdo e especialista em gestão de conteúdo para portais e projetos online.

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2 respostas

  1. Encontrar gente com cara de brasileiro é um problemão. Acho que o iStock no Brasil vai ter mais fotos de ambientes brasileiros, mas não de pessoas. Mesmo bancos de fotos nacionais raramente têm fotos de pessoas. Deve ter alguma complicação de uso, porque imagino ser fácil alguém ir lá posar para as fotos, esquecer que assinou um contrato e ficar bravo vendo seu rosto num banner de campanha x.

  2. O istock sempre foi meu site de imagens preferido, ainda que nos últimos anos o preço tenha subido um bocado – vai ver que foi a política getty! Que bom que eles chegam ao Brasil, um probleminha sempre foi encontrar fotos de pessoas tipo “brazuca”, tudo muito loiro do olho azul, pInta de canadense mesmo!

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