Com o crescimento da oferta de linhas telefônicas, a popularização da web e um maior número de pessoas utilizando computadores houve um expressivo aumento dos serviços online como o comércio eletrônico, a declaração de Imposto de Renda e o Internet Banking.
Neste caso, ir até uma agência bancária para muita gente é uma atividade cada vez mais rara; pagar uma conta ou tirar um extrato bancário pode ser um assunto resolvido na própria mesa de trabalho. Filas no caixa nunca mais.
Segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o número de movimentações feitas pelo computador através da internet em 2001 foi de aproximadamente 810 milhões, correspondendo a 4,15 % de um total que ultrapassa os dezenove bilhões de transações. Um crescimento de 121,86 % em relação ao ano anterior.
Já o número de usuários de Home Banking diminuiu nesse período: caiu de 6,8 milhões para 2,4 milhões, uma redução de 64,09 %. Há diferenças entre o Home Banking e Internet Banking. No primeiro, o cliente conecta–se diretamente com o banco através da sua linha telefônica pessoal, discando um número específico, a exemplo do que acontecia com as antigas BBSs (Bulletin Board System). Nesse caso não há nenhum tipo de comunicação com outra rede que não seja a do banco.
Já no Internet Banking, como o próprio nome sugere, as transações são feitas somente pela internet, através de conexões seguras. O caminho natural é a substituição do Home Banking pelo Internet Banking, que já conta com mais de 13 milhões de usuários no Brasil, um crescimento de 56,63 % em relação a 2000, o ano anterior.
Uma pesquisa realizada de 30 de janeiro a 18 de fevereiro de 2003 pelo instituto Qualibest, de São Paulo, nos dá mais algumas pistas sobre esse mercado no Brasil.
A pesquisa ouviu 204 usuários de internet de todo o país para saber, entre outras coisas, o tempo de uso, a freqüência de acesso, os principais serviços utilizados e, principalmente, a opinião dos clientes sobre o sistema. A maioria dos usuários ouvidos é de São Paulo, correspondendo a 47%. Em relação às regiões do país, 30% pertencem ao sudeste, 9% são do sul, 7% estão no centro–oeste, 6% no nordeste e apenas 1% dos usuários estão no norte do país.
Sensação de segurança aumentou. Além da comodidade, a segurança foi um fator importante para o aumento do uso de Internet Banking. Até pouco tempo, o número de usuários era inexpressivo, devido principalmente às dúvidas que muitas pessoas tinham (e algumas ainda têm) em relação ao sistema. Roubo de senha é um dos primeiros itens de uma fila de preocupações. Esse motivo foi citado por 30% dos entrevistados.
Com iniciativas por parte dos bancos e empresas do setor, hoje o quadro da segurança é diferente do que há alguns anos. A confiança aumentou e 70% dos usuários entrevistados afirmaram utilizar os diversos serviços online, como consultas, pagamentos, transferências e até aplicações financeiras. Desse número, 31% afirmaram acessar o serviço todos os dias.
A maioria acessa a internet há mais de três anos (73%), e 55% usa o Internet Banking de um a três anos, o que indica que são pessoas com alguma experiência em web. Do total de usuários entrevistados, 53% são do sexo masculino.
A maior parte dos usuários é relativamente jovem, entre 21 e 30 anos, e tem curso superior, como o estudante de Engenharia da Computação Norton Ji. Para ele a comodidade é o principal fator na hora de acessar sua conta. “Depois de digitar a senha e logar no Internet Banking, você tem acesso a uma gama de informações muito mais rápido do que pelo telefone. Sem contar a opção de pagamentos”.
Mas a segurança também conta muito: “não digito minha senha em nenhum outro computador sem ser o de casa”, completa. [Webinsider]
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