Pela primeira vez essa semana, dois meses depois de comprar um Pocket com rede wi–fi, notei que em alguns dias não usei o notebook, principalmente em casa.



E–mail, contatos, calendário, browser, Windows Media Player, Real Player, ICQ, Messenger, editor de textos, Acrobat Reader… o básico já está na palma da mão.



E também outras coisas não tão básicas assim: servidor http e ftp, cliente ftp, player de ppt com saída SVGA para monitor ou projetor. Até Flash Player versão 6 já rola sem problemas no Internet Explorer do Pocket PC!



O processador de 400 MHz da Intel segura bem vários aplicativos abertos e rodando ao mesmo tempo. Escuto MP3 com o media player sem cortes enquanto estou no ICQ, verificando e–mails automaticamente e com o browser aberto para navegar. (Repare na foto da tela o ICQ aberto…)



Os limites para produção de qualquer coisa além de texto ainda são grandes. E mesmo para textos, a entrada de dados é demorada e exige treino para chegar num ponto produtivo. Por isso já sei que meu próximo acessório será um teclado para Pocket PC…



Wi–fi local. Aqui vão algumas das experiências que estou tendo com o modelo e755 da Toshiba. O primeiro tabu a ser quebrado é que o sucesso do wi–fi depende do número de hotspots (lugares públicos com conexão sem fio) que serão criados em bares, cafés, etc. Estou 100% satisfeito com a
brincadeira sem nunca ter ido a um hotspot. Em casa, tenho uma conexão banda larga com roteador wireless criando uma rede wi–fi local com o notebook e Pocket PC:



Rede local: com o File Explorer do Pocket PC 2002 você até consegue enxergar, copiar e colar arquivos entre os computadores, mas não consegue executar arquivos da rede… talvez seja melhor um pouco na versão Mobile 2003… Por enquanto resolvi o problema instalando um programinha shareware chamado PE Explorer, que além de resolver muito bem a rede local, ainda traz FTP client e um ZIP viewer (como o XP, você não precisa descomprimir um zip para ver os arquivos).



Agora consigo ouvir no Pocket PC os MP3 ou WMA que estão no meu HD externo ligado via firewire no notebook! E como o Pocket PC tem saída de áudio, liguei no aux do meu aparelho de som na sala e pimba: 20 GB de música disponíveis na minha sala! Logicamente, não é só para música que é bom… é ótimo poder acessar no pocket TODO o conteúdo disponível em seu notebook.



Muita memória: sem usar a rede, mas usando cartões Compact Flash ou Secure Digital, é possível colocar mais de 20 discos no pocket. Já andei de bicicleta por horas, durante vários dias, usando o Pocket PC como “pocket–man”, e ainda não precisei renovar os arquivos.



(Usar o Pocket PC para ouvir música andando de bicicleta é muito bom, mas causa uma estranha sensação de subutilização do aparelho, um certo receio de que um acidente pode destruir não apenas um MP3 player, mas um aparelho cheio de funções.)



Servidor http: esse eu curti. Instalei um programinha freeware chamado Pico Server para Pocket PC e pimba: transformei o pocket num servidor http portátil, um servidor de bolso e sem fio! Fiz um port forward da porta 80 no roteador para o IP do Pocket PC e tudo maravilha. Deixei a porta 8080 para o servidor Tomcat no notebook e todos vivem felizes juntos!



Apresentações Powerpoint em projetor: com um opcional acoplado à base do Pocket PC é possível ter saída VGA ou SVGA para um monitor, projetor ou telão. Tela cheia, qualidade de imagem perfeita. Pode esquecer o notebook
para viagens de apresentações com Powerpoint. [Webinsider]

Guilherme Coelho

<strong>Guilherme Coelho</strong> (coelho@zeroum.com.br) é sócio da <a href="http://www.zeroum.com.br" rel="externo">ZeroUm Digital</a> e CEO do <a href="http://www.aprex.com.br" rel="externo">Aprex</a>.