TV digital vai explorar o impulso de comprar

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Claudio Nossa

Interatividade. Esta é a palavra de ordem no mundo virtual. Este ambiente que permite tornar o fluxo da comunicação bi–direcional e obter feed back através do mesmo meio. Realmente é a coisa mais fantástica para um profissional de comunicação: ter resposta quase que instantânea após um apelo e ainda poder mensurar a taxa de retorno.

As ações de marketing direto (mala direta, call center, merchandising) possuem esta característica e se diferenciam, assim, das outras mídias convencionais (massa).

Estes meios permitem efetivar compras por impulso (in store), que estão mais ligadas a produtos que não exigem muito planejamento e movimentam uma grande fatia do comércio mundial. Você talvez não saiba, mas em um supermercado você está exposto a diversas ações que o levam às compras por impulso: uma camisa, um CD ou sapato.

Normalmente este fluxo é criado através de um produto (fornecedor) e um cliente. A decisão da compra deve ser tomada naquele momento e naquele local.

A internet, mesmo sendo uma ferramenta do marketing direto, se diferencia justamente no aspecto desta decisão pela compra. Mesmo que existam apelos para o consumo, a decisão sempre estará nas mãos do consumidor.

Neste caso, existe um cliente que em poucos cliques pode pesquisar e escolher entre os vários fornecedores existentes, mesmo que tenha sido pego por uma ação de um outro concorrente. Ou seja, você pode entrar no Submarino, ver uma propaganda de um CD, se interessar, mas comprar na Som Livre porque tem uma condição especial.

Esta construção que foi feita serve para analisar os aspectos do comportamento do consumidor que deverá alterar, e muito, com a chegada da TV Digital. Uma coisa é TV na internet e outra é internet na TV.

A TV expõe, cria apelo, informa, cria o ambiente que reforça a ação de outras mídias, desenvolve uma relação de compra planejada e não de impulso, estimula o surgimento de desejos e necessidades psicológicas como o status. É também interruptiva, uma vez que para efetivar o processo é necessário que você pare para ouvir o que está sendo dito.

95% dos brasileiros estão expostos à TV. Justamente neste dado está a questão e o problema. Ser um veículo de massa e ao mesmo tempo conseguir criar apelos para compras por impulso é a característica mais feroz que a TV digital terá. Através de um receptor, que poderá ser adquirido por apenas R$ 150,00 e anexado a TV convencional, o brasileiro terá uma verdadeira máquina de consumo fantasiada pela emoção da interatividade nas mãos.

Algumas pessoas acreditam que o brasileiro não vai utilizar tanto este novo equipamento, talvez ao considerar os aspectos culturais existentes, mas segundo um estudo da Jupite MMXI, em 2006 o número de europeus a ver a TV digital será superior ao que utiliza a internet e Metade dos lares britânicos terá acesso à TV digital no fim de 2002 são pequenas amostras do que vem pela frente.

A TV digital continuará sendo uma ferramenta de massa e criadora de cenários e desejos. Porém, passará a interagir com o seu público e poderá vender produtos através de impulso, coisa que não ocorre na TV convencional. A pergunta final é como a TV digital, em uma sociedade capitalista, logo mediática, como a nossa, beneficiará todos nós e quais os aspectos que envolvem a nova forma de apelo promocional direto e digital no comportamento do consumidor?

Mais informações:
www.mc.gov.br

www.faperj.br

www.anatel.gov.br
[Webinsider]

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Artigos de autores diversos.

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