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Desde tempos imemoriais, a indústria de equipamentos de vídeo procurou alternativas para o aperfeiçoamento da imagem doméstica. Nos idos da imagem analógica problemas crônicos como baixa relação sinal/ruído e baixa resolução foram alvo de processadores caríssimos, como os dobradores de linha, e em tempos mais recentes, com a introdução do vídeo progressivo na saída dos reprodutores de DVD, apareceram chipsets que cumpriam esta e outras importantes funções, como os outrora cobiçados processadores Faroudja, com a tecnologia DCDi, na realidade um desentrelaçador que transformava a imagem entrelaçada em progressiva.

Tudo isto morreu com o tempo, da forma como era feito, e nós hoje estamos diante dos mais avançados codecs de vídeo de alta resolução, e a tendência é que esta resolução cresça e novos processadores apareçam.

Se para o usuário final que é também um hobbyista este assunto é particularmente complicado, pode-se imaginar que para o consumidor casual a situação seja ainda pior.

Creio ser iminentemente impossível esclarecer em um único texto todas as dúvidas a este respeito, mas se pode usar o modelo básico de um reprodutor de discos Blu-Ray, de modo a apresentar os principais módulos pelos quais o sinal de vídeo passa, antes de chegar à tela do usuário. Com este modelo em mente, eu pretendo dar destaque, de forma (espero eu) simplificada, aos itens que mais dizem respeito à qualidade da imagem obtida.

E é, por isso, sempre bom começar explicando que o vídeo atual é armazenado nas mídias digitais no formato de vídeo componente. O formato compreende as informações no modelo de cores RGB, nos componentes Y (luminância), Cb (diferença entre azul e a luminância) e Cr (diferença entre vermelho e a luminância).

Vídeo componente em ambiente digital pode ser convertido para vídeo componente analógico (YPbPr), que é a maneira como ele está disponível em todos os reprodutores com este tipo de saída.

Embora YPbPr possa conduzir sinais de alta resolução de até 1080p (“Full HD”), ele é obrigatoriamente restrito ao máximo de 1080i nos reprodutores de DVD e Blu-Ray, por proibição imposta pela Motion Pictures Association of America (MPAA), e há indícios (rumores) que esta proibição vá obrigar a redução da saída de vídeo componente de 1080i para 480i, nos aparelhos reprodutores construídos no futuro.

Por tudo isto, e pela necessidade de se obter a melhor qualidade possível em áudio e vídeo o usuário fica obrigado a usar as saídas HDMI do seu aparelho de reprodutor, e para fins deste modelo, o texto irá se restringir a esta saída, como será visto a seguir.

Decodificadores e processadores de vídeo

O vídeo na forma de YCbCr precisa ser decodificado corretamente, antes de ser submetido a qualquer tipo de processamento. No caso específico do Blu-Ray são admitidos diversos formatos de resolução, cadência (número de quadros por segundo) e relação de aspecto. As especificações das características do sinal da fonte são mostradas no quadro a seguir:

Resolução: Cadência: Relação de Aspecto:
1920×1080 29.97i 16:9
1920×1080 25i 16:9
1920×1080 24p 16:9
1920×1080 23.976p 16:9
1440×1080 29.97i 16:9 (anamórfico)
1440×1080 25i 16:9 (anamórfico)
1440×1080 24p 16:9 (anamórfico)
1440×1080 23.976p 16:9 (anamórfico)
1280×720 59.94p 16:9
1280×720 50p 16:9
1280×720 24p 16:9
1280×720 23.976p 16:9
720×480 29.97i 4:3/16:9 (anamórfico)
720×576 25i 4:3/16:9 (anamórfico)

i = “interlaced” (entrelaçado); p = “progressive” (progressivo).

720 x 480, 29.97i = NTSC; 720 x 576, 25i = PAL

Embora a grande maioria das edições em Blu-Ray tenha consistência no uso destes formatos, uma ou outra edição apresentam partes em vídeo (geralmente nos extras) com conteúdo não convertido para os mesmos. Um exemplo que eu tenho em casa é a edição inglesa do selo Metrodome do filme alemão “North Face”, cujos extras estão todos em PAL (720 x 576, 25i). Se o usuário não tiver um leitor capaz de resolver isto, não conseguirá ver nada. E para evitar supresas deste tipo, é aconselhável consultar um banco de dados sobre o assunto e em discos sem código de região, disposto na Internet, e que vive de pessoas que contribuem com testes.

Depois de identificado e decodificado, o conteúdo de vídeo passa a um processador de imagens, que fará as adaptações e melhoramentos necessários à reprodução do mesmo, na tela escolhida pelo usuário. E é neste último quesito que diferentes modelos de reprodutores de Blu-Ray se distinguem uns dos outros.

Entre os processos de adaptação, um dos mais importantes é o conhecido como “scaling” (ou “escalonamento”). Ele consiste na conversão do número de pixels da fonte de vídeo para o formato de reprodução. Na ampla maioria das vezes, a conversão para um número maior de pixels (“upscaling”) é usada quando a fonte é inferior em pixels em relação à tela onde ela será reproduzida, e o exemplo mais notório é o do DVD (480i), convertido para telas de alta definição (1080i/p).

Mas, os processadores fazem bem mais do que isto: eles aumentam a acuidade da imagem, no que se refere a cor, contraste e detalhamento nas zonas de sombra, entre outros fatores. Na reprodução de fonte de vídeo de alta definição, muitas vezes estes melhoramentos não são percebidos, caso o usuário já esteja usando uma tela de alta performance, cujo processador interno compensa quaisquer deficiências do sinal da fonte.

Existem, é claro, limites sobre o quanto de melhoramentos um processador pode fazer. Muitos discos Blu-Ray são autorados com erros que impedem que a imagem seja corrigida satisfatoriamente.

Por dentro dos Oppo BDP-93 e BDP-95

A Oppo Digital fabrica e vende os modelos BDP-93 e BDP-95, já comentados anteriormente nesta coluna. Estes aparelhos são equipados com o mesmo design de processamento de vídeo, somente diferindo em componentes que afetam a reprodução analógica de áudio.

Os Oppo 93 e 95 usam um processador de vídeo secundário e duas saídas HDMI. O objetivo deste tipo de design é aumentar a capacidade de aplicações do aparelho, desde telas ou projetores convencionais, até o chamado “high end”.

Imediatamente após a leitura do sinal de fonte, os Oppo usam um chip Mediatek MT8530HEFG modificado (OP8531), que faz a decodificação do mesmo. Este chip, no entanto, tem um processador integrado (tecnologia “Single Chip Solution”), e com isto permitindo mais de uma configuração da trajetória do sinal antes da saída de vídeo.

Para que o usuário final possa definir qual processador de vídeo usar, a Oppo adota o recurso chamado de “Primary Output” (do inglês, “Saída Principal”). Nesta saída, existem duas opções, chamadas de “HDMI 1” e “HDMI 2”, mas elas não se referem às respectivas saídas exclusivamente e sim ao trajeto do sinal de vídeo dentro do equipamento:

Se “HDMI 1” for selecionado, o processador interno do chip Mediatek é desabilitado e o sinal decodificado entregue ao processador secundário, o Marvell 88DE8750 Kyoto G2, com tecnologia Qdeo. A saída deste chip é exclusivamente feita através de HDMI 1.

Com o processador Mediatek desabilitado, a saída HDMI 2 é suprida com o sinal da fonte sem qualquer conversão ou melhoramento. O sinal é chamado de “Source Direct” pela Oppo, e se presta inclusive para uso em processadores externos, se o usuário assim o desejar.

Se “HDMI 2” for selecionado, a saída do decodificador para o chip da Marvell é desabilitada, e o processamento de vídeo se faz internamente no chip Mediatek. As saídas HDMI 2 e HDMI 1 são alimentadas por este sinal.

O esquema abaixo resume estes dois tipos de trajetória de sinal:

image001

 

 

A tabela a seguir mostra as funções por chip, de acordo com os ajustes da Saída Principal:

Ajuste da Saída Principal (“Primary Ouput”)

Saída HDMI 1

Saída HDMI 2

HDMI 1 Decod.: Mediatek
Process.: Marvell
Decod.: Mediatek
Process.: nenhum
HDMI 2 Decod.: Mediatek
Process.: Mediatek
Decod.: Mediatek
Process.: Mediatek
Analog Decod.: Mediatek
Process.: Mediatek
Decod.: Mediatek
Process.: Mediatek

Com a introdução de um processador de vídeo secundário, alimentado pelo decodificador, toda vez que o sinal da fonte mudar de resolução haverá uma renegociação de protocolo entre o processador e o decodificador. Na prática, isto implica no desligamento momentâneo da saída de vídeo do processador (as saídas HDMI ficam sem sinal), até que o novo protocolo termine de ser negociado. Por causa disto, não haverá imagem no display.

Ajustando a Saída Primária como “HDMI 1”, na partida (“startup”) dos Oppo BDP-93/95, haverá um aumento de negociações do protocolo na saída HDMI 1, aonde o processador secundário está ligado, e este tempo será proporcional ao número de equipamentos ligados por HDMI a esta saída. O tempo habitual de negociação, em torno de aproximadamente 30 segundos, poderá se estender consideravelmente.

Para evitar isto, e paralelamente aumentar consideravelmente as chances de negociações rápidas e sem falhas, é recomendável ligar a saída HDMI 1 diretamente no display (TV ou projetor). Neste caso, seria ainda recomendável entrar no setup do aparelho e desligar a saída de áudio de HDMI 1. No caso, HDMI 2 deverá ser usado para ligação com um A/V receiver ou processador similar, para se obter o áudio original com qualidade.

Decodificação e processamento de áudio

Diferentemente do tratamento do sinal de vídeo, o áudio é habitualmente lido da mídia e transmitido diretamente a um decodificador externo, caso o usuário faça a conexão entre reprodutor e processador externo via HDMI.

Se não for este o caso, haverá necessidade de se separar o processo de transmissão ou de adaptá-lo ao equipamento ligado ao reprodutor.

Codecs “legacy”, como Dolby Digital ou DTS (MPEG não é mais usado) podem ser transmitidos na forma de bitstream diretamente por saída ótica (Toslink) ou coaxial (SPDIF).

Codecs de outra natureza, tanto os originais do disco Blu-Ray (Dolby HD e DTS HD), quanto os codecs comprimidos de outras mídias (MP3, AAC, etc.) são transformados em PCM e podem ser transmitidos desta maneira por HDMI, ou convertidos internamente para analógico e transmitidos nas saídas estéreo ou multicanal.

Nos aparelhos reprodutores de primeira geração alguns codecs avançados eram convertidos a outro codec, antes da transmissão do sinal. O disco Blu-Ray prevê que todos os codecs avançados tenham embutidos em si um núcleo (“core”), contendo os respectivos codecs legacy. Na prática significa ler, por exemplo, DTS HD MA ou HR e reproduzir DTS convencional. Se o reprodutor não tiver um decodificador interno apropriado, é isto que sairá nas saídas digitais e, convertido, nas analógicas.

Irrespectivo da decodificação interna, todos estes codecs, particularmente aqueles com alto grau de compressão, podem ser submetidos a melhoramentos diversos, de maneira a compensar deficiências como, por exemplo, compressão da dinâmica do programa original, distorção, filtragem, etc.

Media center

Os reprodutores de Blu-Ray vêm gradativamente se transformando nos centralizadores de mídia, permitindo a ligação de dispositivos externos de memória, e processando o seu conteúdo. Além disso, se comunicam com a rede local de computadores do usuário e de lá para a Internet, com aplicativos que variam de acordo com as licenças do fabricante.

É importante notar que estes aplicativos se beneficiam do tratamento a áudio e vídeo do equipamento que reproduz seus conteúdos. Atualizações de firmware poderão aumentar a capacidade de reprodução, pela implementação de novos recursos, disponíveis pelo provedor original.

E poderão, no caso de downloads, permitir que o mesmo seja feito externamente, já que a memória interna de reprodutores Blu-Ray perfil 2.0 (BD-Live) é preferencialmente reservada para o armazenamento de conteúdo de dados dos discos. A opção de trabalho com memórias externas, entretanto, torna estas tarefas bastante flexíveis.

A idéia de tornar o reprodutor de Blu-Ray um reprodutor de mídia interna ou externa tem grandes vantagens, particularmente quando ela se estende a formatos de áudio que estão cada vez mais escassos, como o SACD ou o DVD-Audio. Entretanto, nem todo Blu-Ray player tem previsão para ler estas duas últimas mídias, o que é lamentável.

E é incompreensível que assim o seja, porque os chips decodificadores e processadores prevêem aplicações de quaisquer tipos, bastando ao fabricante usá-las ou não. A honrosa exceção nos dias de hoje está vindo de reprodutores de Blu-Ray da linha Sony, que reproduzem SACD e transmitem o DSD direto na saída HDMI ou convertido para PCM.

E eu acho importante que isto seja ressaltado, porque não é possível ter hardware sem software e vice-versa, e se os fabricantes de reprodutores desistirem do hardware, as chances de sobrevivência do software estarão irremediavelmente perdidas! [Webinsider]

…………………………

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Avatar de Paulo Roberto Elias

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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15 respostas

  1. Olá de novo,

    Eu uso um Oppo BDP-103 como front end, que tem capacidade para ambos os arquivos, inclusive multicanal.

    Porém, eu quero deixar claro o seguinte: este Oppo está conectado por HDMI ao A/V receiver que eu uso, que tem decodificador DSD.

    Sem este decodificador, a única saída seria deixar o Oppo decodificar o sinal e tirá-lo das saídas analógicas (são 7.1 ao todo), com a ajuda de cabos RCA-RCA de boa qualidade. Aí, você precisaria ter uma entrada de pelo menos 5.1 para total aproveitamento deste sinal, mesmo sabendo que o DSD nunca usa o .1, desnecessário para reprodução de música.

    Pessoalmente, eu prefiro conduzir todo o sinal digitalmente (via HDMI) para um decodificador externo, sem usar a conversão prévia para PCM.

    Muita gente poderá não notar diferença entre DSD “puro” e DSD convertido a PCM, e neste caso dependerá de você usar um ou outro.

  2. Olá, Paulo Roberto,

    Obrigado pelo seu grande conhecimento.
    Tenho um receiver 5.1 onde aproveito só o processador digital (dts/ac3), pois ele tem saídas pré para todos os canais, para cada canal estou usando os amplificadores antigos, que pra mim são de boa qualidade.
    Isso gera constante trabalho, pois estou sempre limpando os conectores dos cabos rca.
    Como já percebeu, esse receiver também é antigo, ele tem 3 saídas digitais, sendo duas óticas e uma rca e nenhuma Hdmi.
    Acredito que encontrando um equipamento/servidores de mídia com os codecs dff e dsf, vou poder usufruir desse recurso. Sei que não é o melhor recurso para ouvir áudio high end, mas é o que tenho no momento.
    Você disse que tem um equipamento que reproduz dsf e dff, qual é esse aparelho?
    Baseado no que tenho, esse aparelho serve pra mim?

    Abraço,

    João Cláudio

  3. Olá, João Cláudio,

    Você se importa se eu sugerir a leitura de um outro texto meu sobre isso?

    http://br74.teste.website/~webins22/2013/07/25/dsd-em-arquivos-o-que-sao-e-o-que-fazer-com-eles/

    Para saber com certeza que players, receivers ou servidores de mídia podem reproduzir estes arquivos somente com uma consulta aos manuais ou suporte. Na minha instalação eu tenho um que só lê um tipo e outro que lê os dois (.dff e .dsf).

    Geralmente, portas USB 2.0 são suficientes para a reprodução correta desses arquivos.

    Note, porém, que não basta somente reconhecer a extensão, é preciso que o equipamento seja capaz de ler e passar o sinal em múltiplos canais, caso contrário a reprodução ficará restrita a stereo 2.0.

  4. Boa noite.
    Vou tentar fazer uma pergunta.
    Dsd=dsf e dff (?)
    Tenho alguns arquivos de músicas em dsf e dff que só consigo reproduzir no pc (foobar 2000 Shortcut).
    Há receiver, bru-ray player, media player ou quaquer outro equipamento para eu reproduzir esses arquivos com entrada usb que tenha saída digital?

    Atenciosamente,

    João Cláudio

  5. Olá, Leandro,

    Legal é, mas não acho correto fazer isto com o usuário. Em princípio, o Blu-Ray aceita vídeo de qualquer resolução, e é bastante comum o aproveitamento de material arquivado na produção de discos novos.

    Como o aviso da resolução foi impresso na caixa, o estúdio se protegeu de possíveis queixas na defensoria do consumidor, percebe?

    720p não deixa de ser alta definição, e é usada nos provedores de sinal de TV por assinatura, pois é mais fácil de conduzir do satélite até a casa do cliente. Dentro do receptor há um upsampling para 1080 linhas, geralmente 1080i, que são, por seu turno, convertidos a 1080p dentro da TV, quando for o caso.

    Pessoalmente, acho inaceitável o desperdício da mídia com vídeo de má qualidade, mas ressalto que em alguns casos a fonte foi gravada em um dado formato e o estúdio não pode ou não quer fazer qualquer conversão para outra definição.

    Nesta área de shows, eu tenho DVDs com imagem anamórfica de péssima qualidade. Até parece que a imagem não tem importância, em se tratando de música.

  6. Ontem comprei um bluray musical, e me decepcionei ao ver a resolução na caixa: 720 P. Gostaria de saber porque produzem bluray de baixa definição assim? Eu poderia ter comprado o DVD da mesma banda, só gastei o triplo. É legal fazerem isto? O bluray não deveria ser imagem de alta definição?

  7. Alex,

    No meu comentário anterior eu mencionei a existência de uma flag de programação que impede a reprodução em 1080 linhas nas saídas analógicas.

    O S480 faz isto por conta própria, enquanto que o S350 somente com a leitura da flag de bloqueio.

    A solução para manter o player atual em uso é passar o sinal HDMI por um conversor compatível com HDCP. Veja um exemplo: http://www.monoprice.com/products/product.asp?c_id=101&cp_id=10114&cs_id=1011410&p_id=8125&seq=1&format=2

    Eu dei uma olhada rápida no mercado local e achei um: http://www.cirilocabos.com.br/produto/conversor-hdmi-para-video-componente.html

    Quero lhe alertar, entretanto, que nunca usei este tipo de conversor, e portanto não posso garantir que sejam eficientes. Resta a você contactar a revenda e questionar a compatibilidade com HDCP. Se não houver, não vai adiantar nada.

    Nota: HDCP se refere a High Definition Copy Protection, e é necessário que ele seja reconhecido no receptor para que discos protegidos sejam reproduzidos em 1080i/p.

    Outra solução é usar um computador, com os programas para bloquear o HDCP.

  8. Simplesmente lamentável…. não tem nenhuma forma de “quebrar” isso. Tenho tudo original. E outra coisa voltei o tocador antigo (S350) e os discos passam normalmente em 1080i. só que… o disco que eu colocquei no S480 não passa mais. como pode???? gravaram alguma coisa no disco??? muito obrigado mais uma vez.

  9. Oi, Alex,

    Tudo faz crer que o seu aparelho já foi vítima da anunciada proibição de passar 1080i pela saída de vídeo componente. A redução de resolução diz respeito especificamente ao Blu-Ray comercial, e inclui uma flag que força todos os aparelhos a fazer o mesmo.

    Esta é uma antiga e injustificada paranoia dos estúdios norte-americanos, conhecida com o nome de “analogue hole” (leia sobre isto nesta página: http://crave.cnet.co.uk/homecinema/blu-ray-set-to-hobble-component-outputs-with-standard-def-picture-50002381/).

    Os caras acham que irão impedir a duplicação de material digital pela sua não conversão a sinal analógico de mesma resolução.

    Tecnicamente, a proposta é uma idiotice. Primeiro, porque ninguém vai usar ambiente analógico quando pode usar direto o digital. Segundo, porque com os inúmeros recursos disponíveis hoje em dia, qualquer pessoa dotada de um computador decente copia qualquer Blu-Ray comercial, em 1:1 ou de forma comprimida. Os programas do tipo “ripper” convertem o conteúdo para o formato que o usuário quiser.

    Em outras palavras, a restrição da saída de vídeo componente não resolve a questão da cópia ou conversão, e enquanto isto traz um tremendo inconveniente a quem precisa usar a conexão para assistir o vídeo dentro de casa.

  10. Olá, muito bom seu post.
    porém acabei de adquirir um BD Sony S480. ele está conectado a um projetor Dell por video componente e apresenta saída 1080i, porém quando coloco um BD ele retorna para 480p??? Não acha estranho? Sabe o que se passa? Muito obrigado pela paciência e pelos conhecimentos.

  11. Prezado Profº Paulo Roberto,lhe sou grato por compartilhar seu vasto conhecimento em áudio e video. Estarei acompanhando seu blog.
    Sylvio.

    1. Obrigado, não há de que. É sempre bom saber que o que agente escreve é útil para quem lê. Espero que você ache outros assuntos do seu interesse.

  12. Amigos,

    Infelizmente o espaço de comentários está deixando o nosso editor correndo atrás da configuração correta da paginação e um monte de probleminhas, cuja solução ainda vai demandar trabalho e paciência. Normalmente, quando alguém coloca um comentário eu sou avisado, mas um destes problemas do software novo é não me avisar nada, e com isto eu posso até passar a impressão que não estou dando a devida atenção ao leitor. Por sorte, muitos de vocês me conhecem faz algum tempo, e assim creio que pelo menos neste aspecto eu vou receber o devido desconto!

    Rogério,

    Eu estou indo lá na outra coluna, para dar a resposta. Sobre o Oppo, eu não acredito ser uma empresa que vá ser comprada por outra maior.

    O que acontece nesta área há muitos anos é que empresas como a Oppo ocupam faixas de consumidores fora do mercado de massa. Na prática, isto não afeta a venda das grandes, cujo consumidor na maioria das vezes nem sabe quem é a Oppo.

    A Oppo ganhou prestígio perante a comunidade de audiófilos por trabalhar indistintamente com SACD e DVD-Audio, e como várias empresas andaram vendendo Oppos modificados nesta parte, a própria Oppo trabalhou em cima de um modelo com diferenciação completa na decodificação interna dos 7 canais analógicos.

    Se você parar para pensar, o preço de um Oppo BDP-93 não é tão alto assim. Eu mesmo já gastei uma pequena fortuna com os Panasonic BD-10 e BD-30, que não estão mais comigo, e sem ter valor de revenda algum.

    O chato de se comprar um Oppo é a burocracia da alfândega, dos Correios, e do procedimento de desembaraço por um leigo, que é excruciante. Se alguém não quiser passar por isto, existem algumas revendas on-line que te vendem direto, só que por um preço bem mais alto.

    Se vai compensar ou não, tudo depende de como a pessoa usa este tipo de equipamento. E não pensem que outras empresas não têm algo parecido e tão caro quanto (o Philips BDP-9600 usa um processor Marvell Qdeo também), mas a Oppo se diferencia pela competência do design interno e confiabilidade no suporte.

    Quando eu resolvi escrever este tipo, eu tinha em mente mostrar este aspecto e usar os Oppo como modelo, irrespectivo da performance. E aproveitei para sanar dúvidas de configuração, que pesquisei por conta própria e através de várias trocas de e-mail com a própria Oppo. Estas informações não tem amparo no manual do usuário, e assim eu achei útil postá-las para os seus potenciais usuários.

    Sobre a Philips e a Marantz, esta última continua retendo as decisões sobre design, e seus equipamentos são uma demonstração de o segmento de mercado que eles atendem continuam firmes e fortes.

    Honório,

    Eu sei que os códigos de região atrapalham, mas em termos de Blu-Ray os discos feitos aqui são todos da região A, que inclui a América do Norte. Portanto, nada que possa te preocupar. Aliás, o que eu venho notando é que muitos estúdios já não estão usando código algum. Eles sabem que os consumidores daqui importam de lá ou da Europa. E também que o número de players com recurso para tocar discos de outra região aumentou.

    Sobre DVDs, a inserção de códigos nada tem a haver com a reprodução dos discos. Se for disco americano ou brasileiro o padrão é NTSC, que qualquer TV nossa aceita. Se for disco europeu, será PAL, que muitas das televisões trinorma aceitam também.

    E é preciso notar que no nosso mercado tradicionalmente são vendidos players facilmente convertidos para multiregião, ou seja, não é preciso comprar um aparelho de lá, para conseguir ver o disco. Se você for comprar um player daqui consulte antes o site da VCD Help, no ítem DVD Hacks: http://www.videohelp.com/dvdhacks, que inclui Blu-Ray também. Lá todo mundo publica fórmulas para acabar com isto.

  13. Olá Mestre !
    Graças a intervenção do Celso Daniel junto ao Webinsider estamos podendo postar comentários. Eu já estava chateado em pensar que não poderíamos usufruir mais diretamente dos conhecimentos do grande mestre por esta janela que estava fechada. Então: Bluray dos E.U. roda nos players daqui? Se não rodar “tô ferrado”; comprei na Amazon e já está no Brasil. Deve chegar amanhã em minha casa. Outra pergunta: por lá tem dvd que não saiu no Brasil.Mas os anúncios de dvds de lá trazem na sinopse o alerta para os códigos regionais. Se eu adquirir um dvdplayer região 1, minha tv vai aceitar ? O idioma não será problema, pois notei que tudo lá tem espanhol,idioma que eu domino. Agradeço antecipadamente a atenção que sei que terei como em tantas outras vezes que solicitei seus conhecimentos.

  14. Mestre Paulo:

    É um enorme prazer poder comentar esta matéria (afinal a parte dos comentários dos leitores no site ainda está em fase de ajustes não é ?).
    Mas em relação ao equipamento utilizado nesta reportagem, é uma pena ele ter um custo tão inacessível a maioria dos cinéfilos.
    Andei pesquisando, e ví que esta verdadeira “máquina” é mais destinada para Hi-Ends.
    Mas foi ótimo poder saber que a Oppo está dando uma lavada nas marcas já consagradas no mercado.
    Mas eu aposto que logo logo, alguma grande acabará incorporando-a, e tornado a marca Oppo, como a Philips fez com a Marantz.
    Mas de qualquer forma está de parabêns quem teve a possibilidade de ter um desses.
    Paulo, aproveito para solicitar que veja uma pergunta que postei em outra matéria sua.
    http://webinsider.uol.com.br/2009/04/03/video-componente-dvi-e-hdmi/
    Obrigado

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