Há algo de estranho no reino da internet brasileira. Nesta semana, num intervalo de 24 horas, li dois interessantes artigos que tratavam de um mesmo assunto: blog e jornalismo. No primeiro, o jornalista Pedro Doria, de NoMinimo, classifica como um mistério o fato de haver tão poucos blogs brazucas voltados para a informação. No segundo, publicado aqui no Webinsider (Jornalismo virou commodity. Aceite e aja, veja ao lado), o também jornalista Julio Daio Borges diz que o blog banaliza a profissão de tal maneira que qualquer pessoa pode ser um jornalista hoje em dia.
Quem está certo ou errado, não sei. Mas que está estranho, isso está. Parece aquela discussão do biscoito: vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais? Na verdade, os dois artigos não explicam nada. Nem a ausência de blogs informativos, muito menos a banalização da profissão. Creio que a questão é bem mais profunda e antiga e não passa por comparações com outros países ou por questões pessoais.
Primeiro é preciso entender como o jornalismo brasileiro absorveu a internet. Sabemos que a rede desfigurou muitas redações, que abriu um importante mercado de trabalho e que possibilitou maior agilidade na apuração e divulgação de uma matéria. Mas ficamos só nisso? Não. A internet deu voz a muita gente boa do mercado, como o próprio Julio Daio, e no vácuo da rede surgiram diversos blogs, zines e revistas abordando temas não muito presentes na grande mídia.
A internet abre portas, possibilita que você expresse seu ponto de vista sem passar pelo editor, o patrão ou o cliente assessorado. Ela é território livre e cabe a cada um escolher sobre o que falar. Se não há muitos blogs informativos no Brasil talvez seja o momento da classe jornalística se unir para discutir o porquê de ainda hoje, nos jornais, as redações online serem discriminadas e seus profissionais tratados como “jornalistas de segunda” pelos colegas de redação “offline“ ou o porquê de muitos desses profissionais colocarem um jornal inteiro no ar na base do Ctrl + C, Ctrl + V e ainda assim terem menos prestígio e ocuparem aquele fundinho de sala da redação. E pior: de serem aqueles que mendigam por uma credencial para eventos que, na maioria das vezes, ignoram totalmente a existência dos veículos web.
Dizer que qualquer um pode ser jornalista porque pode criar um blog é ler de maneira superficial o que de fato é a profissão. Jornalismo com credibilidade exige muito trabalho de redação e apuração, conhecimento de fontes, responsabilidade de saber que o que você publica pode beneficiar e/ou prejudicar alguém. Isso tanto é verdade que atualmente muitos blogs estão sendo alvo de processos judiciais.
Para cativar um público e ter dele respeito é preciso saber informar e isso, creio, não é tarefa para qualquer um. O blog é uma poderosa ferramenta da internet. Há casos de sucesso envolvendo jornalistas, há casos de fugaz notoriedade e há a massa que se diverte no papo de bar. Os motivos que levam os jornalistas a ignorarem esse espaço ou a mal aproveitá–lo merece uma crítica em conjunto dos profissionais. É preciso perder o medo da tecnologia e entender que o processo de comunicar vai além da atuação na rua.
Por outro lado, o blog, pelas oportunidades que cria, não é tábua de salvação para os que não têm espaço na grande imprensa. Mais uma vez, repito: a profissão vai além. É preciso buscar alternativas. Mas acima de tudo é preciso zelar pelo que é feito e, principalmente, respeitar e encorajar aqueles que almejam, como nós almejamos, abraçar a profissão. [Webinsider]
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Nara Franco
Nara Franco (narafranco@gmail.com) é jornalista e trabalha como gerente de comunicação integrada na FSB Comunicações.
10 respostas
Blog-Uma outra realidade Jornalística.
Apesar do mundo da web facilitar a linguagem e ação Jornalística com a chegada dos blogs, notamos claramente uma dificuldade de encontrar somente o bom jornalismo na internet.
Porém quando o profissional é competente ele consegue expor sua opinião e trabalho seja online ou não, adequando assim a tecnologia da web a seu perfil profissional.
O grande problema dos blogs jornalísticos é confundir informação com entretenimento,por isso cria-se mais uma vez a divisão de classes e linguagens deixando assim transparecer a deficiência da língua culta que raramente é usada causando um vício de gírias, abreviações e erros ortográficos que prejudicam muito o desempenho de um jornalista.
Mas como não só os blogs, e sim a internet em si está evoluindo e criando cada vez mais uma característica culta temos de olhar além e acreditar que o jornalismo pode modificar e crescer junto com a web trazendo melhorias profissionais.
Internet e Blog- O real significado
Surgida em 1999, a abreviatura de weblog quer dizer um tipo de site fácil de ser atualizado, aberto à participação dos visitantes na internet. Pode não só ser lido, como comentado por amigos ou desconhecidos publicamente. Justamente aí reside a beleza dos blogs: o exercício da sabedoria coletiva sem censura. Em altíssima velocidade.
O que muitos profissionais da área de comunicação ainda não perceberam e não somente eles foi que a invenção dessa nova ferramenta é a continuação de um processo complexo jamais mensurável: o conhecimento.
Não importa como, quando ou de onde surja.O indivíviduo que possuir a necessidade de saciar a sede por cada vez informações (conhecimento) encontrará na cultura digital todas as respostas aos seus questionamentos.
Seja através, dos Blogs, do Orkut, Google, das home pages ou quaisquer outros links, a Internet proporcionará ao usuário, profissional ou não um repertório gigantesco de conhecimentos úteis ou inúteis.Cabe a ele somente diferencia-lo.
O ciberespaço, como Pierre Lévy nos mostra através, de seus estudos se tornará cada vez mais universal mais nunca totalizável. Esse é o verdadeiro significado da expansão tecnológica, na qual estamos inseridos e que a internet possui papel primordial.
O blog surgiu como um espaço onde podemos dividir idéias com outras pesoas.
Atualmente muitos jornalistas utilizam esse espaço para trazerem informações sobre diversoas assuntos. as pessoas que realmente sabem utilizar bem a internet e sabem pesquisar conseguem tirar proveito do que o blog oferece.
no caso de dizerem que o blog banaliza a profissão de jornalista, depende do ponto de vista. Como já foi dito pode ser um meio desses profissionais mostrar seu trabalho e serem reconhecidos de alguma forma.
Se o jornalista for realmente competente, ele vai ser bom naquilo que faz, tanto na internet como na redação.
Os profissionais da área de jornalismo devem crais mais blogs informativos e mostrar que o mundo acompanha a tecnologia e que isso é uma consequência do que vivemos.
Jornalistas podem invadir a rede!
A internet nasceu e com ela o web-jornalista que ainda parece estar confuso, não sabe se a
rede é para entretenimento ou se pode ser também fonte para levar informação.
Segundo um artigo publicado no Observatório da Imprensa por Luciano Martins Costa (para
ler acesse o link ) http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=393SAI002
a internet é o meio que mais cresce, e porque os jornlistas não aproveitam esse
oportunidade para difundir seus conhecimentos? Já sabemos que público a rede tem basta
divulgar seus sites, os blogs jornalistas ajudam o internauta se informar e formar sua opinião
de maneira rápida, já que as notícias aumentam constantemente.
No universo blogueiro ou melhor cibernético é possivel criar vários perfis e consequentemente
se passar por jornalista, pois bem os jornalistas precisam invadir a internet e mostrar um
jornalismo no mínimo ético. Por outro lada, cabe a cada usuário determinar o que bom para si,
sabendo distinguir o joio do trigo. Deixar de perder tempo com cafonices de blogs e flogs
oba-oba já é um bom começo, pense num livro ninguém pega ou compra um livro porque
achou ele bonito, grande ou pequeno adquirimos o produto em busca de informação e
conhecimento, com a internet deveria ser a mesma coisa. Mas esse mundo é tão surreal (para
ver uma imagem surreal e poder compriendar melhor o que digo entre no link
http://www.deskpicture.com/DPs/Art/DaliTable.jpg que conseguiu juntar o útil ao agradável,
agora falta a cada um demoninar o tempo de determinada atividade.
A questão do desenvolvimento jornalístico neste ciberespaço está diretamente ligado com a tecnologia e adaptação das informações ao veículo midiático. A Internet e principalmente o jornalismo na rede, foram adequados à cultura local sob a influência da mídia americana.
Alguns jornais usam constantemente os recursos hipertextuais, disseminando os recursos multimídias que a rede oferece. Esses recursos multimídia presente no espaço hipermidiático são representações e a ligação entre o público e o produtor.
Dessa forma o internauta interage de uma maneira diferente de leitura, que é a leitura não-linear. Permitindo que o receptor defina qual a forma e a ordem para visualizar as matérias. Assim, a estrutura da notícia deverá ser cuidadosamente preparada para que não se obstrua o pensamento não-linear do leitor, induzindo-o a uma suposta conclusão ou redundância sobre o assunto.
O jornalismo encontra-se em um momento de redefinição, ajustando-se a um grande debate sobre as questões de controle, credibilidade e lucratividade.
A mais recente tecnologia da era digital, permitiu o surgimento dos blogues que são páginas na Internet onde o indivíduo tem livre acesso para escrever e expressar o que quiser sem passar pela censura.
Muitos jornalistas tradicionais fazem pouco caso dos jornalistas participativos, principalmente os blogueiros. As diferenças mais comuns entre o jornalismo participativo e o jornalismo tradicional são as estruturas e organizações que as produzem.
As mídias tradicionais são criadas por organizações hierárquicas, construídas para o comércio, concentrando seus lucros provenientes da publicidade.
O blogue por ser uma ferramenta de baixo custo, permite o acesso à Internet por qualquer pessoa que poderá usá-lo para informar ou opinar nas mais diversas áreas de interesse.
Por isso, popularizou-se. Acredito que já exista a invasão de jornalistas na rede (claro, uma pequena parcela, mas existe) que na condição de integrador das várias mídias (imagem, som, texto) deu a Internet a condição de revolucionar e criar novas indagações sobre como fazer jornalismo.
Abrindo-se a questão da banalização da profissão e da não exigência do diploma. Os grandes favorecidos são os donos das empresas de comunicação, que pela não exigência do diploma, sentem-se no direito de pagar o salário que quiserem.
Conseqüentemente, o resultado não beneficiará a sociedade, e sim somente os donos das empresas de comunicação.
A questão que se chega é que escrever não é um papel que cabe a qualquer um, ainda mais quando não se sabe de onde vem à fonte.
Informar com veracidade é a obrigação mínima que um jornalista tem não somente diante da telinha de um computador como qualquer outra forma de levar a informação ao público leitor.
Um blog não define um jornalista
Quem diz que qualquer um pode ser jornalista porque escreve um blog, acredito ser leigo a respeito do que é um bom jornalismo, pois faze-lo com responsabilidade e de boa qualidade não é trabalho para qualquer um. Postar informações em blogs, para mim, não é sinônimo de ser jornalista, mas sim uma atitude comum de um internauta que quer interagir com a rede e ter total liberdade para se expressar.
O universo da internet, caracterizado pela interatividade, nos dá inúmeras opções do que fazer, visitar e ler, temos então, a opção de absorver dela aquilo que é produtivo, ou não.
Quanto ao atraso dos blogs informativos, me parece ser uma questão falta de costume dos jornalistas brasileiros, o que nos torna atrasados mais uma vez, pois o blog informativo é um ótimo exercício para a profissão.
Li também o artigo ?O jornalista virou comodity. Aceite e aja?,do mesmo site, do qual eu não concordo com as idéias do autor,em relação a banalização da profissão.Como já disse anteriormente, acho sim que a internet da total liberdade para qualquer um escrever e opinar a respeito daquilo que bem entender, mas não que os blogueiros sejam jornalistas.
O mercado jornalístico na internet, ainda é muito discriminado e pouco conceituado, mas concordo que isso ainda seja resistência dos tradicionais meios de comunicação, pois defendo a idéia de que as novidades geram conflitos e demoram certo tempo para serem aceitas.
Blog ? Ferramenta em crescimento
Os blogs invadem a internet de maneira rápida e assustadora. Milhares deles, de assuntos variados, são criados a cada mês. Os internautas, com os blogs, têm a oportunidade de expressar suas opiniões referentes a qualquer tema, seja algo polêmico ou um fato corriqueiro. Pena que a realidade que vivemos não é esta.
A maioria dos criadores de blogs usa-o apenas como forma de passatempo, expor imagens de festas e baladas, com textos mal escritos em uma linguagem totalmente desconjuntada. Pouquíssimos praticam o lado crítico e fazem desse espaço virtual uma ferramenta de construção de idéias e divulgação de opiniões e críticas.
O profissional, formado ou não, que trabalha na área de Humanas, tem o dever de saber escrever bem e colocar em evidência suas opiniões. Portanto é esta classe que deveria dominar o mundo dos blogs. A pessoa que lida com a linguagem tem maior facilidade em deter de um local apropriado para mostrar seu lado ?intelecto?.
Ao fuçarmos pelos links e sites de busca nos deparamos com blogs feios, ?poluídos? visualmente e escritos em linguagem chula. A minoria possui boa qualidade e serve de estudo e de espelho para outros internautas. Um dos fatores para explicar a existência de um blog bom e de um blog ruim é que na internet, qualquer um é livre.
Podemos, claro que sem abusar, expor nossas idéias, criticar aquilo que não achamos correto e opinar sobre um fato que mexeu com o povo. É a liberdade dentro da internet. E no blog tudo isto é possível.
Fácil de ser manejado e sem a necessidade de inserção de links, como visto nos sites e portais, o blog permite ao internauta agilidade e rapidez na divulgação de uma informação. Por fim, a nova modalidade dentro da rede está se expandindo e criando adeptos a cada ?piscada de olhos?.
Os blogs como técnica de expansão da imprensa clássicas
Os blogs podem ser elementos de diversão e superexposição do usuário,mas também podem ser utilizados como meio para divulgação de idéias sérias, tudo depende de quem o utiliza.
No caso dos blogs jornalísticos, o que é proposto é a divulgação de textos que agregam algum conhecimento, mas não é necessário ser jornalista para escreve-lo, o que os blogs jornalísticos fazem é aproximar o leitor do conhecimento que ele só encontraria em sites mais sérios, o blog cria um espaço lúdico para exposição de idéias consistentes.
O blog jornalístico pode ser considerado uma extensão da imprensa tradicional para jornalistas ou leitores, pois é um espaço de livre acesso e de expansão constante .
Desde o surgimento da internet imprensa tradicional passa uma decadência e vem tentando se reformular, mas o tradicionalismo impede uma mudança tão drástica e rápida, os blogs jornalísticos podem ser considerados uma peça fundamental para essa mudança.
Nem todos os blogs com intuito de disseminar conhecimento na rede são escritos com qualidade, encontrar os bons blogs disponíveis depende também do conhecimento de quem os procura, o blogs tendem a democratizar e facilitar o conhecimento mas assim como nem todas as enciclopédias são boas nem todos texto de blogs atendem as exigências primordiais para que um texto de qualidade.
A internet é a mídia mais democrática que possuímos, os blogs são uma ferramenta dessa mídia, são uma das muitas técnicas de expansão, nem boa nem má, pois depende do contexto em que ela se encontra.
Os blogs acima de tudo atendem a uma necessidade do leitor da imprensa clássica : a interatividade, o leitor do blog jornalístico mantém uma relação muito mais próxima do autor dos textos, pode comentar, sugerir, interagir de uma forma muito mais ampla, o jornal imprenso é da categoria dos dispositivos comunicacionais: um-todos, enquanto na internet, a categoria é de todos-todos, assim o leitor faz parte do texto e seu comentário é uma extensão do texto.
A segunda necessidade que o blog supre é da agilidade, é muito fácil e rápido navegar em um blog, muito mais fácil até que no site do próprio jornal, pois como já disse anteriormente, a decadência da imprensa clássica se dá pela sua dificuldade de mudança, embora existam os sites dos jornais impressos eles ainda não são tão interativos e ágeis quanto os blogs que na verdade aproximam muito mais emissor e receptor.
Podemos tomar como exemplo o caso do programa ?Domingo Espetacular? exibido aos domingos pela ?TV Record?, o programa mantém um Blog interativo ao invés de um site, além desse exemplo temos muitos outros, alguns jornalistas possuem blogs, e também publicam seus textos na rede .
O blog que surgiu como diário virtual, esta tomando muitas outras funções e está diversificando a comunicação e os meios de mídia clássica,não só a imprensa, mas também a televisão e o rádio, já existem blogs que compartilham músicas e vídeos, tornando a interação ainda mais completa.
Existe uma liberdade nos blogs que nem mesmo os sites oficiais possuem, existe uma proximidade infinita, os blogs destotalizam qualquer informação neles divulgada.
Essa destotalização pode agregar incredibilidade, mas esse é um problema que toda a rede informacional enfrenta por possuir mensagem em rede móvel, essa é a principal característica do blog e toda de a rede, a credibilidade se agrega de acordo com o autor dos textos, é a inteligência coletiva agindo para o bem e pára o mal .Um bom texto só é bom por que foi escrito por um bom autor e essa regra vale não só na internet mas também em todos as outras mídias.
Os blogs jornalísticos tem tudo para expandirem e se relacionarem com as mídias clássicas, tudo depende de uma aceitação e de uma reformulação dos meios de comunicação convencionais, em especial da imprensa.
No Reino das Bananeiras
Colocar à prova o efeito tostines no mundo de babaquices que habita o espaço virtual é mais ou menos como procurar uma agulha no palheiro, não vale a pena perder tanto tempo não é?
Agora, que existem blogs, textos, artigos e matérias interessantíssimas, concebidos por gente de cabeça feita, não há dúvida.E muitas vezes, gente que nem mesmo o diploma de jornalista tem, mas que convive com o mundo real, interage e o retrata com exatidão mesmo aqui no reino virtual.
Aliada a este respeito pelo que é digno e correto para o bem informar ao público alvo está a responsabilidade e a ética para que, com coerência ser usada a arte para sim informar e bem, sendo ele diplomado ou um mero usuário e expectador do sistema.
Ao contrário do antigo dito popular e mesmo bíblico que a minha avó já dizia é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus, aqui neste mundo virtual, o mal é que entram todos indistintamente, e isso lógico que provoca um conflito de ditos, de compilados e de não ditos…
Explicam-se : os ditos seriam de quem sabe o que faz e o que quer, ou seja, aqueles que sempre agem com ética, bom senso e responsabilidade, este seria então na minha visão o perfeito Jornalista on-line.
Já os compilados seriam dos amantes do Ctrl +C e Ctrl +V, aqueles que apenas saem por aí (aqui no caso), copiando tudo sem uma análise mais profunda e ética, e isso muito mais para picar o cartão e se aparecer já que hoje, está na moda ser um mauricinho, mas que numa dessas acabam acertando algumas ainda que esporadicamente.
Os últimos são os piores, os não ditos seriam aqueles que dizem por dizer, ou seja, chutam e jogam o jogo (a profissão) sem nenhuma carta (bagagem) e ainda se sentem no direito de trucar (mal informar) e prejudicar o parceiro (o leitor).Depois quando a bomba estoura, apenas dizem que não disseram nada ou descaradamente negam a autoria enquanto os processos se avolumam.
Como na vida nem tudo pode ser bom ou ruim, cada reino tem o seu céu e o seu inferno, e cabe a nós usuários e formadores de opinião, nos direcionarmos para atingir o alvo desejado, ou seja este céu ou o inferno.
Assim como a salvação só será conseguida por quem seguir os preceitos da sua, seja ela qual for, religião; no mundo virtual só será considerado mesmo como jornalista, o que já não basta como bem relatou Julio Borges sobre a banalização dos diplomas, porque é preciso também ter crédito e ser respeitado como tal, ou seja, é preciso ser um Jornalista com J maiúsculo.
Mas sem querer ultrajar com tanto rigor, desculpando-me do trocadilho, se as universidades incluírem nas suas grades os cursos de Jornalismo Eletrônico não apenas num esboço como a maioria faz e sim na prática; os sindicatos da classe agirem com maior eficiência; e os próprios usuários do meio respeitarem os seus públicos, a situação poderá melhorar e muito neste Reino das Bananeiras.
Assim, cada Jornalista terá o seu espaço com maior qualidade e credibilidade, não importando muito se serão eles os tostines da vida; os São Luis das mercearias; ou mesmo um passatempo da Nestlé nos hipermercados, afinal, assim como todos os biscoitos tem as suas qualidades e dependem apenas dos seus consumidores para fazer sucesso, cada jornalista on-line ou blogueiro, terá também a sua parcela de sucesso garantida.
Com tamanho avanço tecnológico, qualificar e melhorar conceitos nos status quo onde virtualmente vivemos, tudo bem, agora, querer reverter um processo irreversível neste mundo louco, frenético e alucinado que é o mundo virtual, seria loucura ainda maior de quem se habilitar.Até porque, uns gostam de banana nanica, outros da prata e outros da maçã, o que vale mesmo é o gosto de cada um.
Diante disso, basta que cada um use palavrinhas como se fosse uma bula para exercer o bom Jornalismo eletrônico : Bom senso e Ética, o resto do jogo a gente joga, ainda que seja no Reino das Bananeiras e assim cada macaco no seu galho, aliás, também já diziam os nascidos antes deste mundo virtual que :nem tudo que reluz é ouro, e de fato.
Por JuliãoPitbull – Julio César Faria
Comunicação Social – Código de aluno 19981807
Noturno – Campus III
Olá Nara Franco
Parabéns pelo artigo.
Como trabalho de Webjornalismo do 6o período de Jornalismo da UNIRP (São José do Rio Preto), nós, alunos, estaremos postando um artigo comentando o seu artigo.
Blog ? O caminho entre a futilidade e a informação
Blog é sinônimo de facilidade. E de liberdade também. Por isso tanta gente o utiliza para fins diversos. Postar fotos e escrever diários já integram a vida do jovem diante do computador. Usar o espaço para informar e criticar não faz parte da realidade dos internautas que possuem blogs.
A moçada ? maioria esmagadora dos ?blogueiros? ? usa e abusa do espaço virtual por puro passatempo, postam comentários e frases pífias, e não se aprofundam em idéias concretas. Se analisarmos bem, nesses blogs-adolescentes tudo é bonito, o mundo é lindo e cor-de-rosa (com plumas voando) e há apenas ?puxasaquismo? dos amigos.
A minoria dos internautas que se dedicam a um blog visando um meio a mais para difundir pensamentos e praticar o lado crítico não é composta por jornalistas. Para mim, não é preciso ser jornalista para manter um blog. Existem milhares de indivíduos que não tem formação na área de Humanas e são responsáveis por blogs notórios e bons para adquirir conhecimento.
É da própria internet abrir portas para a informação; portanto qualquer um tem a liberdade de criar blogs e sites com a intenção de informar e mostrar lados diferentes de um fato já divulgado. Claro que, para ter sucesso, é necessário ter visão ampla, boa escrita e vontade de se expressar. O território é livre e vasto.
Aqueles que trabalham (e ganham seu dinheiro) fazendo blogs ou atualizando sites é visto como preguiçoso e que ?possui um emprego fácil?, talvez por três motivos: o indivíduo não atua ?em campo?, escreve alguns comentários e ?caça? matérias pelo mundo da internet. Mas é uma profissão que cresce diariamente ? e com certeza será a profissão do futuro, já que especialistas apontam que as mídias tradicionais tendem a sumir do mapa.
Ter um blog para expressar sua opinião sobre qualquer tema de qualquer área é, para mim, dever número 1 tanto dos formandos em Jornalismo quanto dos jornalistas. O formando aprende a lidar com o universo das matérias, e o formado pratica e adquire mais experiência.