Aos 17 anos, entrando no terceiro ano do ensino médio, eu não tinha idéia do que iria “fazer da minha vida”. Havia um grande ponto de interrogação na minha cabeça sobre o que deveria cursar e que trabalhar escolher. Na escola me recomendaram um teste vocacional com uma psicóloga. Mesmo não acreditando muito, não é que eu fui?
O resultado foi uma surpresa e não tem nada a ver com o que eu faço atualmente. Dizia lá que poderia ser um bom advogado… Com todo respeito aos advogados, eu jamais me imaginei fazendo Direito e, felizmente, não segui o que dizia o teste vocacional.
Antes disso eu já era um aficionado por computadores e informática. Comecei muito cedo a tomar contato com linguagens de programação e mais tarde fui atraído pela internet e seu novo “mundo de possibilidades”. Mas sempre ouvia que isso deveria ser apenas um hobby e que deveria procurar uma “profissão séria” depois.
De lá para cá vieram tendências e caíram tendências. Bolhas estouraram mas sempre resistiu em mim a necessidade de evoluir cada vez mais dentro desta área, a “Tecnologia da Informação”. Fiz uma boa escolha.
O mercado de TI está cada vez mais variado e maduro. Surgiram inúmeras especializações, áreas de pesquisa e oportunidades de trabalho (web, jogos, design digital, arquitetura da informação, entre outras…). A mudança derrubou muitos conceitos e também forçou a evolução de muitos profissionais de outras áreas (você acha que o Autocad não revolucionou a Engenharia?).
A maturidade do mercado de TI também exige que os profissionais busquem conhecimento e especialização. Neste aspecto, sinto ainda um grande “desleixo” por parte de muitos que não se reciclam, não buscam cursos (ou apenas fazem cursos técnicos, sem se preocuparem também com a diferenciação).
Um bom profissional de TI não é apenas um excelente técnico. Como o próprio nome já diz, ele trabalha com Informação. Sim, é necessário enxergar isso em um sentido bem mais amplo.
Questionar e entender o negócio da empresa onde você trabalha ou dos seus clientes é um bom começo. Entender porque você está desenvolvendo aquele sistema, ou layout, vai auxiliar muito a sua capacidade de encontrar soluções e resolver problemas.
Conhecer metodologias e padrões de projeto, ler sobre casos e práticas de sucesso, estudar um (ou mais) idiomas estrangeiros são iniciativas que vão lhe garantir uma bagagem decisiva em seu futuro profissional.
E o mais importante de tudo: gostar muito do que você faz e não escolher determinada profissão apenas porque ela está na moda ou porque “dá dinheiro”.
Com essa base você poderá chegar longe. [Webinsider]
Guilherme Schneider
Guilherme Schneider (@guilhermebarcha) é executivo na área de consultoria e tecnologia da informação e mantém um blog pessoal.